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Novo papel do pai na educação dos filhos: Coparentalidade e diferenciação

dc.contributor.advisorRamalho, Glóriapor
dc.contributor.authorBalancho, Maria Leonor Janeiro Segurado de Falé
dc.date.accessioned2011-01-14T11:52:32Z
dc.date.available2011-01-14T11:52:32Z
dc.date.issued2001
dc.descriptionDissertação de mestrado em Psicologia Educacionalpor
dc.description.abstractA paternidade é um processo dinâmico, influenciado por factores históricos, culturais, sociais, pessoais, familiares. As relações deste processo com a maternidade e com as funções e expectativas sociais associadas ao homem e à mulher são óbvias, e as mudanças que têm surgido nestas áreas questionam se houve efectivas e concomitantes transformações na forma de ser pai. A indiscutível importância e impacto do pai na vida dos filhos, e a ausência clara do homem na educação da prole na era pós industrial -hoje tão bem documentadas pela investigação científica – estimulam a necessidade de perceber se e quanto o pai de hoje está mais conscientemente envolvido na vida dos filhos. A presente investigação busca uma comparação intergeracional da percepção do papel do pai na educação dos filhos e a tentativa de compreensão da estabilidade ou da transformação nos últimos 40/50 anos no desempenhar dessa função. Debruça-se sobre as perspectivas relativas à paternidade de pais, avós e crianças. Pretende caracterizar as percepções relativas aos significados, funções e valorações inerentes à actual paternidade, na sociedade portuguesa e num grupo social e económico específico, comparativamente com as significações, funções e valorações dos seus ascendentes e dos seus descendentes. Estuda assim o discurso descritivo de um grupo de pais (com idades compreendidas entre os 33 e os 42 anos), da geração anterior à sua (os seus próprios pais, agora avós, e com idades compreendidas entre os 59 e os 81 anos) e da geração a que deu vida (os seus próprios filhos, com idades compreendidas entre os 6 e os 10 anos). A partir destas percepções avalia como cada um vê, vivência, experimenta, experimentou ou imagina experimentará a paternidade, para identificar e particularizar eventuais mudanças ao longo das últimas duas gerações, indo em busca de um possível novo pai, diferente e renovado. São objectivos do estudo que os pais portugueses podem usufruir do conhecimento de qual é a sua actual identidade, o que mudou - se mudou - na forma de ser pai, e para onde querem caminhar no desempenhar dessa função; que os cientistas sociais precisam perceber se a mudança na forma de ser pai - de passivo a activo, de periférico a central, de distanciado a íntimo, de disciplinador a agente de amor - é uma realidade ou mera intenção associada às expectativas sociais; que as mães precisam saber se devem esperar e catapultar mudanças ou desacreditar na utopia de um pai diferente; e que a sociedade em geral, e nela em particular aqueles que são responsáveis pelas políticas sociais, precisa perceber quanto as estruturas laborais, legais, económicas e familiares devem ser um suporte firme, e não mais um entrave ao crescimento de um pai envolvido, interveniente e disponível na relação com a sua prole. Para recolher os dados foram realizadas36 entrevistas semi-directivas (12 a avós, 12 a pais e 12 a filhos) e utilizada uma abordagem qualitativa fenomenográfica para as analisar. Os resultados encontrados vão no sentido de confirmar uma transformação na concepção da paternidade. Assim, o pai da actualidade é considerado importante, por vezes mesmo visto como fundamental e insubstituível, e é descrito como mais afectivo, mais activo, mais envolvido, mais dialogante, mais aberto, mais compreensivo, mais descontraído e mais democrático do que o pai da anterior geração. Define-se e é definido como partilhando com a esposa, de forma intermutável, as tarefas da família, em particular as domésticas e as de educação dos filhos, o que contrasta com as auto definições dos pais da geração anterior, que consideram ter partilhado pouco esse tipo de tarefas com a mulher. O pai actual obtém um grande prazer com as actividades lúdicas e de expressão afectiva com os filhos, sentimentos em que é plenamente correspondido pela sua prole. Considera que os aspectos que melhor definem a paternidade actual é a expressão de afecto e a função educativa/formativa junto dos filhos. A função de "ganha pão" é completamente subvalorizada na imagem actual que o pai moderno, do grupo que estudámos, tem de si e é substituída por uma imagem de afectividade, educação e brincadeira. Pais actuais e filhos pequenos estão tendencialmente em consonância naquilo que pensam sobre a paternidade, mais do que acontece entre os pais e os avós. A excepção a esta regra surge quando comparam o pai contemporâneo com o pai da geração passada. Desejamos que, apesar da sua pequenez e insignificância, e perante a quase ausência, em Portugal, de estudos empíricos que acompanhem a exuberância da investigação internacional sobre a paternidade, o presente trabalho possa ajudar a perceber o que se tem passado com o pai português nos últimos anos e para onde caminham, na forma de ser, reagir, sentir, pensar, aqueles que, no masculino, deram e estão a dar vida ao futuro.por
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10400.12/335
dc.language.isoporpor
dc.publisherInstituto Superior de Psicologia Aplicadapor
dc.subjectPsicologia educacionalpor
dc.subjectEducational psychologypor
dc.titleNovo papel do pai na educação dos filhos: Coparentalidade e diferenciaçãopor
dc.typemaster thesis
dspace.entity.typePublication
oaire.citation.conferencePlaceLisboapor
rcaap.rightsopenAccesspor
rcaap.typemasterThesispor

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