Advisor(s)
Abstract(s)
Objective: to determine the possibility of functional results in patients with infantile and longstanding
esotropia, with no previous signs of binocularity and well above the conventionally accepted
age for sensorial recovery
Design: Retrospective observational cohort study
Participants: 45 patients with infantile and long-standing esotropia
Methods: Patients who were operated with at least 6 years of follow-up and obtained binocularity
above 9 years of age, were enrolled. Medical records were reviewed and evaluated, including outcomes
and parameters being analyzed.
Main outcome measures: Level and age of emergence of stereopsis, visual acuity, final stable
alignement and length of follow-up.
Results: Amblyopia was treated with normal isoacuity, the majority reached a stage of fusion in real
space ( 62.2%), fusion and stereopsis in 14 patients (31.1% and only 3 remained with simultaneous
perception (6.7%). The time lag between the first appointment and first signs of binocularity varied
between 5-16 years and follow-up between 6-36 years.
Conclusion: Cases that might otherwise be seen as of psycho-social outcome may achieve a functional
rehabilitation, even after a follow-up as long as 16 years, something that is relevant in a disease
like strabismus that affects 2-5 % of the population in Europe and the USA.. This can be far-reaching
in consequences not only for patients but for their social role and integration, thus for quality of life. It
also reinforces the notion of brain and visual system plasticity well above the accepted (7 years of age)
period of recovery.
Objetivo: Determinar a possibilidade de obter resultados funcionais em pacientes com esotropia infantil e de longo curso, sem prévia binocularidade e muito acima da idade convencionalmente aceite para uma recuperação sensorial. Formato: Estudo de coorte observacional e retrospectivo. Métodos: Foram incluidos pacientes operados a estrabismo que posteriormente obtiveram binocularidade e cumpriram pelo menos 6 anos de acompanhamento. Os seus ficheiros clínicos foram reavaliados relativamente aos parâmetros em estudo. Registos principais de avaliação: Foram estudados o alinhamento pós-operatório, o tempo de acompanhamento, a análise moto-sensorial, a idade de surgimento da função binocular e tempo até aí decorrido. Resultados: A ambliopia foi tratada com isoacuidade final dentro da normalidade. A maior parte obteve fusão (62.2%), fusão e estereopsia foram alcançadas em 14 paciantes (31.1% e apenas 3 assinalaram somente percepção simultânea( 6.7%). O intervalo entre o primeiro exame e a ocorrência de binocularidade variou entre 5-16 anos e o acompanhamento entre 6-36 anos. Conclusão: Casos de estrabismo que seriam classificáveis como apenas de resultado psicosocial revelaram poder ser tratados com reabilitação sensorial, mesmo depois de acompanhamento muito longo, inclusivamente de 16 anos, o que é sobretudo relevante numa doença como o estrabismo, que afecta 2-5% da população na Europa e EUA. Estes resultados reforçam a noção de plasticidade no cérebro e sistema visual acima da idade estabelecida de recuperação do sistema nervoso e podem revelar-se de grande impacto para os próprios pacientes, para a sua integração social e qualidade de vida.
Objetivo: Determinar a possibilidade de obter resultados funcionais em pacientes com esotropia infantil e de longo curso, sem prévia binocularidade e muito acima da idade convencionalmente aceite para uma recuperação sensorial. Formato: Estudo de coorte observacional e retrospectivo. Métodos: Foram incluidos pacientes operados a estrabismo que posteriormente obtiveram binocularidade e cumpriram pelo menos 6 anos de acompanhamento. Os seus ficheiros clínicos foram reavaliados relativamente aos parâmetros em estudo. Registos principais de avaliação: Foram estudados o alinhamento pós-operatório, o tempo de acompanhamento, a análise moto-sensorial, a idade de surgimento da função binocular e tempo até aí decorrido. Resultados: A ambliopia foi tratada com isoacuidade final dentro da normalidade. A maior parte obteve fusão (62.2%), fusão e estereopsia foram alcançadas em 14 paciantes (31.1% e apenas 3 assinalaram somente percepção simultânea( 6.7%). O intervalo entre o primeiro exame e a ocorrência de binocularidade variou entre 5-16 anos e o acompanhamento entre 6-36 anos. Conclusão: Casos de estrabismo que seriam classificáveis como apenas de resultado psicosocial revelaram poder ser tratados com reabilitação sensorial, mesmo depois de acompanhamento muito longo, inclusivamente de 16 anos, o que é sobretudo relevante numa doença como o estrabismo, que afecta 2-5% da população na Europa e EUA. Estes resultados reforçam a noção de plasticidade no cérebro e sistema visual acima da idade estabelecida de recuperação do sistema nervoso e podem revelar-se de grande impacto para os próprios pacientes, para a sua integração social e qualidade de vida.
Description
Dissertação de mestrado
apresentada no ISPA
Instituto Superior de Psicologia Aplicada
para obtenção de Mestrado na área
de Neurociências Cognitivas e Comportamentais
Keywords
Esotropia infantil Binocularidade potencial no estrabismo Visão binocular Estereopsia Plasticidade neural Infantile esotropia Potential binocularity in strabismus Binocular vision tereopsis neural plasticity