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O stress em trabalho por turnos nos enfermeiros especialistas do Hospital JĂșlio de Matos

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Abstract(s)

ApĂłs descrição das caracterĂ­sticas da sociedade actual, que favorecem a existĂȘncia de situaçÔes stressantes com uma intensidade e permanĂȘncia nunca antes registadas, analisa-se o conceito de stress, nas perspectivas fisiolĂłgica e psicossocial, assim como a evolução ocorrida no seu estudo. As medidas de stress foram consideradas nas suas caracterĂ­sticas e condiçÔes de aplicabilidade. Considerando as nefastas consequĂȘncias da existĂȘncia de situaçÔes conducentes Ă  situação quase permanente de stress crĂłnico, com repercussĂ”es ao nĂ­vel da saĂșde, no desempenho individual, na competitividade organizacional e econĂłmica, identificaram-se as principais fontes de stress e os respectivos factores moderadores ao nĂ­vel individual, grupal e organizacional. De seguida, analisaram-se as caracterĂ­sticas do trabalho por turnos rotativos indutoras de stress no trabalho e de produtividade. O stress no trabalho por turnos rotativos foi estudado numa amostra de enfermeiros especialistas do Hospital JĂșlio de Matos, com o objectivo de estudar a variabilidade dos nĂ­veis de stress, variĂĄvel dependente, em função das variĂĄveis independentes, tipo de horĂĄrio de trabalho (fixo e por turnos) e dos turnos de trabalho (manhĂŁ, tarde e noite). A presente investigação Ă© composta por trĂȘs estudos. Estes tĂȘm como objectivo a identificação e anĂĄlise das fontes de stress no dia a dia, da experiĂȘncia de stress e das consequĂȘncias do stress ao nĂ­vel da interferĂȘncia cognitiva. Foram utilizados como instrumentos respectivamente o diĂĄrio de acontecimentos stressantes, a entrevista e o teste de Stroop. Ao nĂ­vel das fontes de stress no dia a dia a globalidade dos sujeitos registou uma maior frequĂȘncia de acontecimentos stressantes extra-organizacionais, com destaque para os inerentes Ă  sobredensidade populacional e os consequentes problemas de trĂąnsito. Os enfermeiros especialistas trabalhando em regime de turnos rotativos foram os que atribuĂ­ram maior intensidade aos acontecimentos stressantes ocorridos em contexto organizacional. De entre estes destacaram em especial a sobrecarga de trabalho. Para os que trabalham em regime de horĂĄrio fixo a principal fonte de stress advĂ©m da imprevisibilidade e agressividade comportamental dos doentes. A experiĂȘncia de stress evidenciou a importĂąncia dos stressores extra-organizacionais jĂĄ referidos, sendo o stress no trabalho moderado pela participação nas tomadas de decisĂŁo e pela existĂȘncia dum bom suporte social, tendo com base o bom relacionamento interpessoal entre os enfermeiros especialistas. Para os inquiridos, o trabalho por turnos rotativos apresenta como principal vantagem a compensação monetĂĄria, repercutindo-se no entanto negativamente no relacionamento familiar e na saĂșde, destacando-se nesta as perturbaçÔes do sono. Os nĂ­veis de stress registados, atravĂ©s de medida de interferĂȘncia cognitiva fornecida pelo teste de Stroop, no inĂ­cio e fim de cada perĂ­odo/turno de trabalho, revelaram nĂŁo existir diferenças significativas entre os registados pelos enfermeiros que trabalham em horĂĄrio fixo e os em turnos rotativos (manhĂŁ, tarde e noite). Estes dados constituem um indicador da relevĂąncia das fontes de stress extra-organizacionais para esta população.

Description

Dissertação de Mestrado em Comportamento Organizacional

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Instituto Superior de Psicologia Aplicada

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