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Objetivo: Avaliar a QDV das mulheres angolanas, diagnosticadas com cancro da mama,
tratadas no Centro Nacional de Oncologia (CNO)/Luanda e identificar o papel das
variáveis sociodemográficas e clínicas, uma vez que as causas da observância
desproporcional da morbimortalidade entre mulheres brancas e negras com essa doença,
ainda não estão bem definidas, e as desvantagens apontadas na literatura como estando na base dessa desproporção, não estão bem explicadas.
Método: A avaliação foi realizada através de um questionário sociodemográfico e o
questionário da Organização Europeia para a Pesquisa e Tratamento do Cancro
(EORTC QLQ-C30) e o módulo para o cancro da mama (QLQ-BR23). Foram avaliadas 55 mulheres angolanas escolhidas mediante o método da amostragem intencional. As idades variaram entre os 24 e 89 anos, essencialmente viúvas (29,1) maioritariamente da etnia Umbundo (40,0%), e de raça negra (94,5%).
Resultados: a maioria das mulheres, avaliou a sua QDV como sendo boa. A avaliação
negativa foi mais frequente em pacientes mais velhas, não casadas e que realizaram
mastectomia. A “Imagem Corporal” (BRBI) surgiu como uma associação positiva.
Encontrou-se, no entanto, uma associação negativa nas subescalas de “Funcionamento
Social” (SF), “Fadiga” (FA) e “Prazer Sexual” (BRSEF). Com menor significância, surgiram também a “Diarreia” (DI), e a “Preocupação com a Queda de Cabelo” (BRHL).
Conclusão: Embora grande parte das mulheres tenham relatado a sua QDV como sendo boa, o tratamento sistêmico e a mastectomia, surgiram como preditores negativos de
QDV, pelo que maiores e mais aprofundados estudos dever-se-á realizar, para a
melhoria da assistência médica oncológica.
Description
Dissertação de Mestrado em Psicologia da Saúde apresentada ao ISPA - Instituto Universitário
Keywords
Cancro da mama Tratamentos Qualidade de vida