Advisor(s)
Abstract(s)
A simulação é um dos comportamentos mais esperados de ocorrer durante uma avaliação
psicológica em contexto forense. A perspetiva teórica dos profissionais condiciona o seu enfoque e procedimentos a seguir. Contudo uma visão rígida poderá condicionar uma recolha de maior qualidade sobre o sujeito avaliado. Procurou-se analisar a literatura referente a dois
conceitos estritamente associados aos comportamentos de simulação, o impostor, advindo de um substrato teórico de origem psicanalítica, e o malingering, fundamentado pela perspetiva comportamental. Pensa-se que será a coesão de mais saberes que proporcionará uma compreensão de maior qualidade sobre o fenómeno em que o sujeito simulador está circunscrito. Assim, foi feita uma revisão dos pressupostos da avaliação psicológica em âmbito forense, da inimputabilidade no sistema jurídico português e dos conceitos impostor e
malingering, onde o objetivo é o de juntar esforços e promover a interacção de profissionais da psicologia forense, ainda que, com quadros teóricos de referência diferentes. As conclusões chegadas sugerem a necessidade de olhar o sujeito não só como um estudo de características de personalidade, mas sim pela compreensão destas características no seu funcionamento
psíquico. É ao compreender como funciona o sujeito que poderemos observá-lo de modo
detalhado, inserindo caracterialmente os seus traços comportamentais na dinâmica analítica do seu mundo externo e interno.
Description
Dissertação de Mestrado apresentada ao ISPA - Instituto Universitário, na especialidade de Psicocriminologia.
Keywords
Simulação Impostor Malingering