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O modelo informação-motivação-aptidões comportamentais: Estudo dos determinantes dos comportamentos preventivos na transmissão do VIH em jovens adultos

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Abstract(s)

Esta investigação teve como objectivo o estudo dos determinantes dos comportamentos preventivos associados à transmissão do Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH), através do teste empírico do Modelo Informação-Motivação-Aptidões Comportamentais (Fisher & Fisher, 1992), o qual postula que a informação relativa à prevenção da SIDA, a motivação para desempenhar comportamentos preventivos e as aptidões comportamentais para o desempenho desses comportamentos são preditores dos comportamentos preventivos ao nível da transmissão do vírus. Participaram neste estudo 412 jovens adultos, 80 do sexo masculino e 332 do sexo feminino, com uma média de idades de 24.6 anos (DP = 4.6 anos), os quais frequentavam os vários anos do curso de Psicologia numa universidade de Lisboa. Após o seu consentimento informado, todos os participantes preencheram um protocolo de investigação constituído por uma folha de dados demográficos, por um questionário para avaliar a informação relativa à prevenção da SIDA, a motivação para desempenhar comportamentos preventivos, as aptidões comportamentais e os comportamentos preventivos relacionados com a transmissão da doença (Misovich, Fisher & Fisher, 1998) e por uma escala para avaliar a desejabilidade social (Ballard, 1992). Foram excluídos do estudo 62 estudantes, a maior parte devido a nunca terem tido qualquer relação sexual. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os participantes da amostra inicial e os participantes incluídos relativamente às características demográficas da, amostra. O estudo das características psicométricas do questionário construído com base no modelo revelou valores de consistência interna, dados pelo α de Cronbach, entre 0.74 (Percepção de Dificuldade) e 0.98 (Uso de Preservativos). viu A análise multivariada da variância (MANOVA) efectuada com o objectivo de determinar a existência de diferenças nas variáveis em estudo em função do sexo e dos níveis de desejabilidade social (alta versus baixa) revelou um efeito multivariado significativo para a desejabilidade social λ Wilks = 0.913;F(13; 286) = 2.101; p= 0.014) mas não para o sexo (λ Wilks - 0.978; F(13; 286) = 0.495; p = 0.927) nem para a interacção entre a desejabilidade social e o sexo (λ Wilks = 0.951; F(13; 286) = 1.132; p = 0.332). Os resultados obtidos mostraram ainda a não existência de diferenças de género no que se refere à informação relativa à prevenção da doença, à motivação para desempenhar comportamentos preventivos, às aptidões comportamentais, aos comportamentos preventivos da transmissão da SIDA e à desejabilidade social (λ Wilks = 0.973; F(14; 335) = 0.655; p = 0.817). O estudo das associações entre a informação, a motivação, as aptidões comportamentais e os comportamentos preventivos de acordo com o sexo, mostrou, no caso dos participantes do sexo masculino, a existência de correlações positivas e estatisticamente significativas entre a motivação para desempenhar comportamentos preventivos e as aptidões comportamentais (r = 0.34) e entre a motivação e os comportamentos preventivos (r = 0.53), ambas significativas para p < 0.01. No caso dos participantes do sexo feminino, foram obtidas correlações também positivas e estatisticamente significativas entre a informação e as aptidões comportamentais (r = 0.19), entre a motivação e as aptidões comportamentais (r = 0.20) e entre estas e os comportamentos preventivos (r = 0.21), todas significativas para p < 0.01. A análise discriminante multivariada efectuada com o objectivo de analisar as variáveis que melhor discriminavam os participantes que não usavam preservativos, os participantes que os utilizavam esporadicamente e os que os utilizavam consistentemente revelou a existência de duas funções estatisticamente significativas (para a primeira função, λ Wilks = 0.388; χ² (8) = 273.923; p = 0.000 e, para a segunda função, λ Wilks = 0.954; χ² (3) = 12.244; p = 0.007), mostrando que os não utilizadores de preservativos se discriminavam dos utilizadores esporádicos e dos utilizadores consistentes relativamente ao acesso aos preservativos, às intenções comportamentais, às conversas sobre sexo seguro, às normas subjectivas e às atitudes acerca dos actos de prevenção. Os utilizadores esporádicos de preservativos discriminaram-se dos não utilizadores e dos utilizadores consistentes no que se refere à percepção de eficácia e de dificuldade, O teste do modelo Informação-Motivação-Aptidões Comportamentais em amostras separadas de homens (N = 67) e mulheres sexualmente activos (N = 235) revelou valores de χ² = 11-26; gl = 7; p = 0.128. O RMSEA foi de 0.06 (p = 0.129), com um intervalo de confiança de 0 a 90%, o GFI foi de 0.99 o NNFI foi de 0.86, o CFI foi de 0.92 e o RH foi de 0.76, todos revelando que os dados se ajustavam adequadamente ao modelo. Concluímos apresentando as implicações dos resultados encontrados para investigações futuras e para o desenvolvimento de estratégias de educação e prevenção na área dos determinantes psicológicos dos comportamentos preventivos na transmissão do VIH.

Description

Dissertação de mestrado em Psicologia da Saúde

Keywords

Psicologia da saúde SIDA VIH Modelos Prevenção Motivação Informação Comportamento sexual Health psychology AIDS HIV Models Prevention Motivation Information Sexual behaviour

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Publisher

Instituto Superior de Psicologia Aplicada

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