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Da destrutividade à violência: O papel da experiência traumática no continnum dinâmico

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A violência, agora como sempre, continua a preencher os conteúdos dos meios de comunicação e a suscitar variadas discussões no seio da sociedade. No âmbito da psicanálise, ao longo do tempo, o tema foi conhecendo várias aproximações em virtude quer dos desenvolvimentos da própria teoria, quer das posições pessoais dos vários autores. No nosso entender, é já altura para que o tema conheça uma nova conceptualização. Essa ambição passa, invariavelmente, pela (re)actualização da teoria instintivo-pulsional, fazendo não só jus à proposição do antagonismo pulsões de vida - pulsões de morte, mas atribuindo também à energia do Ego um papel preponderante no jogo de forças da vida psíquica humana. Neste modelo de entendimento, a tendência operante global e soberana das pulsões de morte é a destrutividade. É desta que, directa ou indirectamente, deriva a violência: ao serviço da destruição inata da espécie ou da conservação essencial do indivíduo. No processo dinâmico em causa, a experiência traumática assume um papel determinante no continuum de derivação e emergência da violência, enquanto manifestação na realidade concreta. Para sustentar a nossa tese, neste trabalho recorremos à apresentação, exploração e discussão de um caso real – um caso limite, no seu desfecho – e percorreremos os caminhos do psiquismo para por aí perscrutarmos as inscrições quer genéticas, quer histórico-biográficas da violência, no intuito de assim podermos compreender o quanto esta dimensão matriz do ser humano, quando dinamizada pela experiência traumática, encontra no presente não só expressão para um passado individual, mas também para uma herança colectiva de destrutividade.
ABSTRACT: Violence, now as always, continues to fulfill the media and raising various discussions in society. In the context of psychoanalysis, over time, the issue has known different approaches, whether because of the developments of the theory itself, or due to the personal opinions of several authors. In our view, it is now time for a new conceptualization of this theme. This ambition requires, invariably, the (re)update of instinctual-drive theory, not only doing justice to the proposition of the antagonism “life drives – death drives”, but also giving the energy of the Ego a leading role in the game of forces of psychic human life. In this model of understanding, the sovereign and overall functioning trend of the death drive is destructiveness. It is from this trend that, directly or indirectly, violence derives: at the service of innate destruction of the specie or assuring the essential conservation of the individual. In this dynamic process, the traumatic experience plays a determinant role in the derivation and emergence continuum of violence, as a manifestation in concrete reality. To support our thesis, we based on the presentation, exploration and discussion of an actual case - a limit case, in its outcome - and stroll the paths of the psyche so we can investigate both genetic and historic-biographical inscriptions of violence, to understand how this matrix dimension of the human being, when energized by a traumatic experience, finds expression in the present, not only for an individual's past but also for a collective heritage of destructiveness.

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Destrutividade Violência Experiência traumática Vida Morte Destructiveness Violence Traumatic Experience Life Death

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