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Quem arisca não petisca: Uma interpretação bioniana da anorexia nervosa

dc.contributor.advisorDias, Carlos Amaralpor
dc.contributor.authorBrito, Maria João Sousa e
dc.date.accessioned2011-01-20T16:37:29Z
dc.date.available2011-01-20T16:37:29Z
dc.date.issued1999
dc.descriptionDissertação de mestrado em Psicopatologia e Psicologia Clinicapor
dc.description.abstractA dissertação é uma reflexão metódica sobre o acompanhamento psicoterapêutico, realizado através de entrevistas clínicas, de casos de anorexia nervosa. A metodologia utilizada baseia-se na teoria psicanalítica de Bion, que é sistematicamente esclarecida median¬te a comparação com a de Freud. Começa-se por caracterizar a entrevista clínica como método fundamental da psicanálise que visa compreender casos individuais enquanto o próprio objecto do conhecimento científico. Através da entrevista desenvolve-se um processo analítico que é pensado por Freud como um processo de transferência e por Bion — e por Amaral Dias — como processo conducente ao «at— —one—ment» ou à «comunhão». O esquema analítico interpretativo de partida é desenvolvido através de um estudo dos aspectos metodológicos e das referências à anorexia em Freud e em Bion. Freud parte do positivismo filosófico, pelo que a dimensão hermenêutica da sua teoria só se revelou progressivamente ao próprio, como uma imposição derivada das dificuldades em enquadrar os resultados alcançados no modelo científico do positivismo. Distinguem-se assim três fases da metodologia freudiana caracterizadas por três obras: Projecto para uma Psicologia Científica (1895), A Interpretação dos Sonhos (1900), e os Escritos de Metapsicologia (1914—17). Mantém-se em Freud uma tensão entre a inspiração determinista de partida, que se pode reconduzir ao modelo da lei causal que se exprime sobretudo no princípio de constância do «Projecto», e a progressiva introdução de elementos hermenêuticos, que se reconduzem esquematicamente à realização de finalidades. Estudam-se seguidamente as referências de Freud à anorexia como sintoma ou aspecto de quadros clínicos mais complexos. Uma vez que temos a transcrição de uma supervisão feita por Bion de um caso de anorexia nervosa, estuda-se o pensamento de Bion quer quanto à técnica analítica, quer quanto ao fun¬cionamento mental da anorética analisanda, na forma de um comentário às teses formuladas por Bion nessa supervisão. Apresentam-se em seguida três casos clínicos de anorexia nervosa. Finalmente, tiram-se conclusões de uma reflexão crítica sobre os casos clínicos. Confirma-se assim a aplicabilidade dos concei¬tos interpretativos de Bion na análise da anorexia nervosa. Nomeadamente, o conceito de uma parte psicótica da perso¬nalidade que se manifesta na recusa do real, quer quanto ao pró¬prio corpo, quer quanto à sexualidade. Comum aos casos clínicos estudados é a recusa do próprio corpo, especialmente dos seus aspectos femininos, ligada a uma recusa mais geral da diferença dos sexos e da própria sexualidade. As anoréticas ficam envolvidas com uma imagem impossível de ser um bebé perfeito de uma mãe que lhe devolve um olhar perfeito. Exclui-se assim a sua própria pessoa. Em todos estes casos, a psicoterapia encaminha-se para que a anorética em companhia do analista seja capaz de pensar o real negativo da própria existência.por
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10400.12/371
dc.language.isoporpor
dc.publisherInstituto Superior de Psicologia Aplicadapor
dc.titleQuem arisca não petisca: Uma interpretação bioniana da anorexia nervosapor
dc.typemaster thesis
dspace.entity.typePublication
oaire.citation.conferencePlaceLisboapor
rcaap.rightsopenAccesspor
rcaap.typemasterThesispor

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