PCOM - Tese de doutoramento
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Browsing PCOM - Tese de doutoramento by Field of Science and Technology (FOS) "Ciências Sociais::Psicologia"
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- Contributos do modelo "Empowerment - Comunidade" para a mudança transformativa na saúde mental comunitária : Análise comparativaPublication . Monteiro, Maria Fátima Jorge; Ornelas, José H.A presente Tese designada Contributos do Modelo “Empowerment-Comunidade” para a Mudança Transformativa na Saúde Mental Comunitária: Análise Comparativa é um estudo transversal usando metodologias e técnicas mistas (quantitativas e qualitativas). A investigação assentou no pressuposto de que, adoptando processos organizacionais transformativos, as organizações comunitárias de saúde mental poderão funcionar como contextos relacionais mediadores do empowerment individual e, consequente facilitadores do recovery e da integração comunitária. Com o propósito geral de avaliar os resultados da participação das pessoas com experiência de doença mental em intervenções de saúde mental consideradas transformativas foram estabelecidos três objectivos gerais: 1 - adaptar o modelo conceptual dos contextos comunitários empoderadores para os serviços de saúde mental enquanto recurso para prática da intervenção e da investigação e testar a validade de aplicação através de um estudo de caso; 2 - adaptar para a Língua Portuguesa e validar as medidas de empowerment e de recovery para a utilização no contexto da saúde mental comunitária; 3 - avaliar o impacto do modelo de intervenção: a) nos resultados individuais de empowerment, recovery e integração comunitária dos participantes e b) na implementação e envolvimento de participantes em programas com elevada orientação para o recovery, tais como a habitação independente e o emprego apoiado. O desenho misto da investigação foi aplicado através dos seguintes instrumentos de recolha de dados: Entrevista por Questionário e a Entrevista Qualitativa que podem ser consultados no Anexo 1 e Anexo 2 da Tese. Em termos da recolha de dados, esta decorreu em cinco organizações comunitárias de saúde mental com respostas articuladas dos sectores da saúde e sector social (âmbito do DC nº 407/98), constantes numa lista de organizações filiadas na entidade representativa das organizações não governamentais (Federação Nacional das Entidades de Reabilitação de Doentes Mentais) a prestarem serviços de saúde mental na comunidade à data do estudo. Os resultados permitiram sustentar a proposição teórica de que os programas de saúde mental na comunidade podem e devem encetar mudanças transformativas organizacionais adoptando um funcionamento empoderador e centrado na comunidade (EMP-COM), o qual tem um efeito transformativo na vida das pessoas com experiência de doença mental. As análises confirmaram também a validade das medidas de empowerment (ES-P) e de recovery (RAS-P) para a respectiva utilização no contexto português da saúde mental comunitária. A investigação realizada permitiu extrair conclusões e implicações para a prática da intervenção e da investigação no âmbito do sistema de saúde mental. O relatório de Tese foi composto nas seguintes partes: a Introdução Geral, onde se apresenta a revisão da literatura geral organizada por temáticas dominantes (o empowerment e os contextos comunitários empoderadores, a orientação de recovery na saúde mental, a integração comunitária), os Procedimentos Gerais onde se descreve o desenho geral, os objectivos gerais); a Secção Empírica, organizada em quatro capítulos relativos às análises principais desta investigação em formato de artigo; a Discussão Geral, as Conclusões e Implicações para a Prática, e os Anexos.
- Development and validation of the achieved capabilities questionnaire for community mental health (ACQ-CMH)Publication . Sacchetto, Beatrice Ilaria Mariasole; Ornelas, José H.A presente Tese de Doutoramento, intitulada “Desenvolvimento e Validação do Questionário das Capacidades Alcançadas para a Saúde Mental Comunitária (QCA-SMC)” consiste numa investigação que procura contribuir para a avaliação e inovação dos programas comunitários de saúde mental, através de uma nova medida baseada no referencial teórico das capacidades e construída de forma colaborativa. Assim, foram definidos dois objetivos principais, nomeadamente: desenvolver uma medida inspirada na abordagem das capacidades, através de um processo colaborativo entre académicos e utilizadores de serviços; validar a medida construída, analisando as qualidades psicométricas e a estrutura fatorial. Para atingir estes objetivos, foram desenhados estudos e etapas sequenciais com amostras independentes. O primeiro estudo consiste na construção colaborativa do questionário e abrange diversas fases, como a realização de focus group para a recolha dos dados; a constituição de um steering committee composto por 3 utilizadores e 2 académico para a análise dos dados e a formulação dos itens; a análise da validade facial com um grupo de 15 utilizadores voluntários. O questionário obtido é composto por 104 itens organizados em 10 capacidades teóricas listadas pela autora Nussbaum. O segundo estudo avaliou a validade de conteúdo envolvendo um painel de 3 utilizadores, 3 profissionais de serviços e 2 académicos, reduzindo a medida para 98 itens. O processo participativo permitiu identificar indicadores relevantes e adequadamente formulados para a população em estudo. Desta forma, promoveu-se a validade ecológica do instrumento, a transformação dos papéis tradicionais de investigação e o empowerment dos/as participantes. No terceiro estudo, foi realizada uma análise fatorial exploratória que permitiu identificar uma estrutura de 6 componentes e 48 itens. Seguiram-se análises de confiabilidade (inclusive test-retest) e validade de constructo, observando a associação com escalas de qualidade de vida, recovery, empowerment e distress psicológico. Por fim, no quarto estudo, através da análise fatorial confirmatória, resultou uma solução de 43 itens e 5 dimensões. Realizaram-se análises de confiabilidade, sensibilidade e validade discriminante dos fatores, bem como de validade convergente e divergente. Estes dois últimos estudos revelaram bons resultados psicométricos do QCA-SMC, e possibilitaram uma adaptação das 10 capacidades teóricas, produzindo dimensões relevantes para o contexto que podem ser utilizadas como linhas orientadoras para avaliar em que medida os programas promovem as capacidades das/os suas/seus participantes, bem como para promover uma mudança transformativa do sistema de saúde mental. O relatório de Tese é composto por três partes principais. A primeira é a Introdução Geral, que realça a) a inovação do referencial teórico das capacidades, tendo em conta o background histórico e atual do sistema de saúde mental, bem como a interligação com a psicologia comunitária; b) a pertinência da abordagem colaborativa na investigação e avaliação na área da saúde mental. Na primeira seção também são apresentados o desenho e o contexto de investigação, os métodos e procedimentos, as medidas e análises aplicadas. A segunda parte consiste na Seção Empírica e apresenta três artigos que refletem os estudos realizados. Por fim, as Conclusões Gerais resumem e discutem os resultados e as suas implicações para uma mudança transformativa, bem como as reflexões sobre limitações e estudos futuros.
- Modelo Housing First como percursor da mudança social transformativa: Uma perspectiva ecológica sobre o impacto da percepção da qualidade da casa e da escolha na integração comunitária, no recovery e na qualidade de vidaPublication . Martins, Paulo Daniel Fernandes; Ornelas, José H.A presente Tese designada Modelo Housing First como percursor da mudança social transformativa: Uma perspectiva ecológica sobre o impacto da percepção da escolha e da qualidade da casa na integração comunitária, no recovery e na qualidade de vida consiste num estudo transversal que recorre a metodologias mistas (de foro quantitativo e qualitativo). A investigação pretendeu analisar o impacto a nível individual do modelo Housing First, enquanto exemplo de inovação social baseado nos fundamentos da Psicologia e da Ciência Comunitária. Este modelo defende a criação de programas orientados para o recovery, assentes numa cultura de empowerment ao providenciarem o acesso a habitações individuais, permanentes e dispersas pela comunidade a pessoas que se encontram em situação de semabrigo com problemáticas adjacentes de saúde mental e/ou problemáticas adictivas. Assim, a análise a nível individual do impacto desta abordagem, reúne as bases necessárias para uma reflexão analítica das ramificações deste modelo no plano organizacional e político de forma a produzir a mudanças sociais transformativas como a criação e difusão de políticas de inclusão e de diversificação. Com o propósito geral de avaliar os resultados a nível individual da eficácia e do impacto do programa “Casas Primeiro”, baseado no modelo Housing First, foram equacionados três objectivos gerais: 1 – Analisar a mudança inerente às experiências vivenciadas no período de situação de sem-abrigo e no período após entrada no programa “Casas Primeiro” pelos diversos residentes, ao nível da integração comunitária, através de uma perspectiva ecológica; 2 – Avaliar através de uma leitura ecológica, o papel e a importância da percepção da escolha e da qualidade da casa na potenciação do recovery; 3- Aprofundar o conhecimento existente acerca da importância do modelo Housing First na catalisação da integração comunitária, do recovery e da qualidade de vida dos residentes. O desenho misto da investigação foi aplicado através dos seguintes instrumentos de recolha de dados: a Perceived Housing Quality (PHQ-PT); a Recovery Assessment Scale (RAS-PT); o Quality of Life Index (QOLI-PT); a Community Integration Scale (CIS-.PT) e a entrevista semi-estruturada de cariz qualitativo, cujos intrumentos podem ser consultados no Anexo 1 e Anexo 2 da Tese. Em termos da recolha de dados, a mesma decorreu no âmbito do programa “Casas Primeiro”, onde participaram 45 residentes nesta investigação. Os resultados permitiram sustentar teóricamente que o modelo Housing First ao adoptar valores orientados para o recovery baseados nos fundamentos da Psicologia Comunitária, como a adopção de uma perspectiva ecológica e o direito à escolha individual que respeite as preferências habitacionais de cada pessoa, contribui em larga medida para a promoção da integração comunitária e do processo de recovery. Verificou-se igualmente que a qualidade de vida pode ser maximizada de acordo com o nível de integração comunitária, uma vez que ao estarem integrados, os residentes demonstram maiores índices de satisfação com a sua vida. A investigação realizada permitiu extrair conclusões e implicações para a prática da intervenção e da investigação no âmbito visando a replicação e consolidação desta abordagem no plano organizacional e político. O relatório de Tese foi composto pelas seguintes partes: a Introdução Geral, onde é apresentada uma Revisão da Literatura geral organizada pelas temáticas dominantes (a operacionalização e framework sócio-politico do modelo Housing First, assim como o efeito desta abordagem na fomentação da integração comunitária, do recovery e da qualidade de vida), os Objectivos e Procedimentos Gerais onde se inscreve o desenho geral da investigação; a Secção Empírica, organizada em Três Capítulos relativos às principais análises desta investigação em formato de artigo; as Conclusões Gerais e Implicações para a Prática, e os respectivos Anexos.
- As mudanças na área da violência doméstica contra as mulheres em PortugalPublication . Cardoso, Raquel Cristina Paulo Pinheiro Vieitas; Ornelas, José H.A investigação descrita nesta tese, intitulada “As Mudanças na Área da Violência Doméstica Contra as Mulheres, em Portugal “, foi elaborada tendo em vista uma análise e reflexão sobre a criação de respostas na área da violência doméstica contra as mulheres, em Portugal. Este é um estudo transversal, onde se procura analisar os vários componentes do processo de mudança, tendo por pressuposto que, a violência doméstica contra as mulheres é um problema que afeta toda a sociedade devendo, como tal, ser objeto de profundas mudanças culturais e de intervenções abrangentes, promotoras do fortalecimento das sobreviventes. Recorrendo a uma abordagem multi-métodos, pretendeu-se percecionar as perspetivas de profissionais sobre os acontecimentos cruciais no processo de mudança da resposta à violência doméstica contra as mulheres em Portugal; percecionar a perspetiva das sobreviventes de violência doméstica sobre o impacto dessas mudanças nas suas vidas e explorar a prontidão dos profissionais para intervirem nestas situações. Para recolha de informação proveniente de várias fontes foi implementado um processo por etapas visando: a recolha de evidências documentais; a realização de entrevistas a profissionais(n=20) provenientes dos vários sistemas que são chamados a intervir (Justiça, Policias, Saúde e Organizações de Base Comunitária), sobre os eventos críticos que mais contribuíram para as mudanças na área da violência contra as mulheres em Portugal; a realização de entrevistas a mulheres sobreviventes de situações de violência doméstica (n=12), focando no impacto das reformas implementadas no seu percurso de vida e, a tradução, validação e aplicação do Physician Readiness to Manage Intimate Partner Violence Survey (PREMIS) a profissionais (n=585) da Rede Nacional de Apoio a Vítimas de Violência Doméstica. Os resultados obtidos permitem-nos afirmar que em Portugal tem havido mudanças significativas na área da violência doméstica contra as mulheres, ao nível das políticas públicas; da legislação; dos serviços e recursos de apoio e de campanhas para a sensibilização da opinião pública. No entanto, a intervenção continua a ser individual ou familiar, reativa, centrada nos profissionais, sendo as sobreviventes percecionadas como recetoras passivas dos serviços. Assim, continua a ser necessário promover mudanças na área da violência doméstica pois é fundamental que as respostas se tornem mais flexíveis tendo em conta a diversidade de cada sobrevivente, que os profissionais passem a considerar as sobreviventes como colaboradoras ativas dos processos de mudança, investir no desenvolvimento de parcerias colaborativas promotoras do empowerment comunitário e investir numa abordagem pró-ativa, através de estratégias de prevenção.
- Parcerias jovens-adultos nas organizações : Contributos para o desenvolvimento positivo dos jovensPublication . Lucchesi, Micaela; Ornelas, José H.Esta investigação pretende estudar a participação cívica e comunitária dos jovens em organizações que lhes proporcionem oportunidades de participação na tomada de decisões, mas que também envolvam os adultos nas suas estruturas. Estudos anteriores acerca das parcerias entre jovens e adultos (Y-AP) mostraram que, quando os jovens participam nos processos de tomada de decisão tanto nas organizações, como na comunidade em que estão envolvidos, num processo não hierárquico de colaboração com os adultos, melhoram o seu nível de confiança, empowerment, agency e de ligação à comunidade. O estudo procura compreender a qualidade das relações entre jovens e adultos nessas organizações e como estas influenciam ambos os grupos. Além disso, pretende-se analisar como a participação e as parcerias entre jovens e adultos têm impacto no Desenvolvimento Positivo dos Jovens (PYD), nomeadamente no empowerment e nos níveis de psychological agency e de ligação com a comunidade. Esta investigação recorre a métodos múltiplos, de forma a combinar as abordagens qualitativa e quantitativa e a maximizar as valências de ambas. A estratégia global é definida como exploratória sequencial. Numa primeira fase procedeu-se à recolha de dados e análise qualitativas, seguida por uma segunda fase de recolha de dados e análise quantitativas. Na fase qualitativa realizaram-se focus groups com jovens entre os 14 e os 24 anos de idade, entrevistas individuais com os profissionais e os membros da direção das organizações nas quais estes jovens estão envolvidos e, por fim, entrevistas com informadores-chave que foram questionados sobre a visão político-social sobre os jovens e sobre a sua participação cívica. Esta fase permitiu criar um questionário que deu origem à segunda fase da investigação: a fase quantitativa, que consistiu na análise dos dados obtidos após a administração do dito questionário a 278 jovens. Foi testada a validade interna do instrumento e explorada a contribuição da qualidade do programa para o PYD, particularmente quanto às parcerias entre jovens e adultos em organizações e associações de base comunitária. A qualidade do programa aliada ao contexto contribuiu melhor para o empowerment do que apenas o contexto. O componente que mais contribuiu para a previsão do empowerment foi o envolvimento dos jovens no programa da organização. Além disso, a qualidade do programa foi preditora da psychological agency e da ligação à comunidade além das medidas do contexto. Em ambos os casos, a voz dos jovens na tomada de decisões teve mais peso do que os outros constructos da qualidade do programa. O modelo que melhor predisse boas psychological agency e ligação à comunidade foi o que teve em conta tanto o contexto, como a possibilidade de os jovens exprimirem a sua voz no processo de tomada de decisão. Concluiu-se que acrescentar a qualidade do programa ao contexto melhorou todas as variáveis (empowerment, psychological agency e ligação à comunidade).