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- “Porquê que reajo assim?” Estilos Parentais, Reações às Emoções Negativas e Regulação Emocional de Crianças em Idade Pré-EscolarPublication . Mendes, Inês Caetano; Schiro, Eva Diniz Bensaja DeiAs figuras parentais constituem-se como os agentes primordiais de socialização das emoções da criança, contribuindo para a sua capacidade de regulação emocional (RE). No entanto, sabe-se pouco sobre como a mãe e o pai, diferentemente, contribuem para a RE do seu filho/a. O presente estudo teve como objetivo compreender como os estilos parentais e as reações dos pais às emoções negativas dos filhos se relacionam com a capacidade de RE de crianças em idade pré-escolar. Participaram 80 mães (M = 36.76; DP = 5.67) e 80 pais (M = 38.23; DP = 6.27) de crianças (M = 4.78; DP =.83) que frequentam o pré-escolar. Os resultados demonstraram que as mães tendem a adotar mais o estilo parental autoritativo, assim como, reações centradas na emoção e reações centradas no problema, enquanto os pais, apesar de recorrerem mais a reações de encorajamento expressivo, demonstram maior propensão para adotar estratégias negativas, nomeadamente, reações de minimização e punição. Ademais, verificou-se que os estilos parentais e as reações às emoções negativas explicam uma quantidade significativa da capacidade de RE/labilidade da criança, na perspetiva da mãe e do pai. Contudo, verificou-se que as dimensões dos estilos parentais e das reações às emoções negativas que explicam a RE da criança variaram dependendo da figura parental envolvida. Estes resultados evidenciam a complexidade e a variedade de abordagens parentais, ressaltando a necessidade de uma análise mais aprofundada das dinâmicas familiares individuais.
- Sexualidade e expressão sexual em mulheres com experiência de doença mental: uma abordagem de investigação colaborativaPublication . Sanches, Eduarda Garcia; Ornelas, José Henrique PinheiroA presente investigação aborda a temática da sexualidade e expressão sexual das mulheres com experiência de doença mental. O estudo pretende, a partir do método de investigação colaborativa e da análise temática, obter conhecimento e fornecer uma visão geral quanto a vivência da sexualidade e expressão sexual deste grupo. A pertinência se dá pela limitação da bibliografia existente na área no que diz respeito a população feminina e a métodos qualitativos de pesquisa. O instrumento utilizado foi a entrevista semiestruturada, construída em colaboração com o Grupo de Mulheres da AEIPS (Associação para o Estudo e Integração Psicossocial), e foram realizadas e analisadas respostas individuais de 10 mulheres participantes. A análise temática identificou 3 categorias principais baseadas no tema da Sexualidade (Obstáculos, Características e Orientação para o Futuro), que possibilitaram melhor entendimento das necessidades não atendidas em relação à sexualidade, expressão sexual e intimidade desta população. Os resultados encontrados permitiram reconhecer a mulher com experiência de doença mental como uma pessoa sexual, com experiências e vivências específicas, porém com valores e direitos sexuais frequentemente ignorados e incompreendidos. O estudo encontrou também a influência da construção dos relacionamentos íntimos e românticos para uma vivência positiva da sexualidade e a importância da questão reprodutiva por trás da expressão sexual das mulheres com experiência de doença mental. Foi possível concluir que a expressão sexual tem influência no recovery das mulheres com experiência de doença mental, e que este grupo demonstra disponibilidade e interesse em contribuir com conhecimentos que podem vir a possibilitá-las uma vivência mais digna da própria sexualidade.