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- Estilos educativos parentais e a sua influência na autoestima e na prática de comportamentos autolesivos sem intenção suicida na adolescênciaPublication . Sousa, Maria Isabel Cavalheiro e; Jesus, Artur Miguel Trigo Cândido da Silva deIntrodução: Os Comportamentos Autolesivos Sem Intenção Suicida (CALSIS) têm vindo a constituir um problema de saúde pública crescente. Ainda que tenham uma reduzida taxa de letalidade, os CALSIS têm, por norma, consequências bastante negativas a médio e a longo prazo, como por exemplo, o aumento de risco de psicopatologia e de suicídio. Os adolescentes constituem o grupo etário com uma maior prevalência de CALSIS, sendo, na maioria das vezes, esta a idade de começo desta prática. Objetivos: Esta investigação visa estudar a influência dos estilos educativos parentais na autoestima e na prática de CALSIS por parte dos adolescentes. Pretende-se, ainda, avaliar a influência dos níveis de autoestima na prática de CALSIS. Método: Participaram neste estudo 301 jovens estudantes do concelho de Ourém, com idades compreendidas entre os 14 e os 18 anos, sendo que, 134 foram recrutados na Escola A e 167 na Escola B, ambas de ensino público. De modo a recolher-se os dados necessários para a presente investigação, foram aplicados cinco questionários: (1) Questionário Sociodemográfico (QSD); (2) Questionário de Caracterização de Comportamentos Autolesivos Sem Intenção Suicida; (3) Questionário de Estilos Educativos Parentais – Revisto (QEEP-r); (4) Questionário de Impulso, Auto-dano e Ideação Suicida na Adolescência (QIAIS-A); (5) e a Escala de Autoestima de Rosenberg (EAR). Resultados: Observou-se que os estilos educativos parentais exercem uma influência nos níveis de autoestima dos adolescentes e na prática de CALSIS dos mesmos. Apurou-se também que os níveis de autoestima dos adolescentes influenciam a prática de CALSIS por parte dos mesmos.
- The Portuguese open dialogue pilot project – Evaluation of effectivenessPublication . Ribeiro, Joana Rei; Ferreira, Carolina Seybert do Amaral Pinto; Pereira, João G.; Tavares, SofiaObjectivo: Este projecto-piloto de Diálogo Aberto (DA) em Portugal faz parte de um protocolo de investigação multi-nível baseado em Pocobello et al. (2016, manuscrito não publicado), que pretende avaliar a transferibilidade da abordagem DA para o contexto dos serviços de saúde mental do Norte Alentejano. Este trabalho avalia a efectividade do DA com foco na análise exploratória dos resultados clínicos pré e pós-intervenção. Método: Os 7 participantes foram avaliados pré e pós- intervenção. As escalas aplicadas foram as Clinical Outcome Routine Evaluation - Outcome Measure (CORE-OM), Brief Symptom Inventory (BSI), Global Assessment of Functioning (GAF), Lubben Social Network Scale (LSNS6) e um questionário de satisfação. Devido à pandemia de COVID-19, os contactos com os candidatos e os participantes, o processo de inscrição, as reuniões de DA e os procedimentos de avaliação foram realizados na sua maioria remotamente. Resultados: Diminuição da sintomatologia e melhoria do funcionamento global e da perceção do apoio social. O sofrimento psicológico (CORE-OM) correlaciona-se positivamente com a idade, melhores níveis de funcionamento (GAF) com educação superior e estatuto de empregado/estudante e percepção de apoio social (LSNS6) negativamente com o número de reuniões atendidas. O estado civil verificou-se ser um predictor significativo da participação nas reuniões DA. As prescrições psiquiátricas foram mantidas. Os participantes casados reportaram maior sintomatologia, comprometimento do funcionamento, risco de isolamento social e compareceram a mais reuniões. O programa recebeu uma avaliação muito positiva por parte dos utilizadores. Conclusões: A diminuição da sintomatologia e a melhoria do funcionamento global vão ao encontro do reportado anteriormente na literatura sobre DA em relação a outcomes promissores, sendo interpretados como sugestões encorajadoras para investigação futura. Como limitações, sublinha-se principalmente a dimensão muito pequena da amostra, a curta duração do projeto, a falta de aleatorização e de comparação com outras formas de tratamento ou grupo de controlo, que impedem a significância e a generalização dos resultados. A disseminação do projecto, a acessibilidade e a adesão dos participantes, bem como o contexto das reuniões foram indubitavelmente afectados pela pandemia de COVID-19.