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- Relações entre Amizade, Regulação Emocional e Autoestima na AdolescênciaPublication . Oliveira, Soraia Cristina Santos; Santos, António José Freitas dosA adolescência é um período de desenvolvimento bastante complexo e significativo na vida do indivíduo sendo que ocorrem diversas mudanças a níveis biológicos, comportamentais, psicológicos, entre outros, sendo que algumas destas dizem respeito à qualidade da amizade, regulação emocional e autoestima. Diversos autores revelam que a amizade está bastante relacionada com a regulação emocional e a autoestima. Ademais, estudos indicam que as jovens do género feminino apresentam qualidades de amizade superiores, não existe consenso sobre qual o género que apresenta melhor capacidade de regulação emocional e os rapazes apresentam melhor autoestima. O presente estudo, foca-se em compreender estas variáveis, como é que elas interagem uma com as outras e averiguar se existem diferenças de género e de idade. Deste modo, foi aplicado um inquérito a adolescentes dos 15 aos 19 anos onde foram aplicados o Friendship Quality Questionnaire, o Emotion Regulation Questionnaire for Children and Adolescents e o Self Perception Profile for Adolescents. Como resultados descritivos deste trabalho, a qualidade da amizade, a regulação emocional e a autoestima estão correlacionadas, as raparigas demonstram níveis mais elevados de qualidade da amizade e os adolescentes mais novos apresentaram níveis mais altos no conflito e traição e na capacidade de resolução de problemas. Análises de regressão revelaram que a regulação emocional é um mediador entre a qualidade da amizade e a autoestima.
- Ser pessoa na relação e na mudança - Um estudo qualitativo com clientes pós terapiaPublication . Lopes, Ana Rita Ribeiro da Costa Candeias; Neto, David Manuel DiasProblema: Os estudos realizados sobre o processo terapêutico têm procurado compreender as mudanças resultantes da psicoterapia. No entanto, não foi suficientemente explorada a perceção dos pacientes acerca das suas mudanças retrospetivamente aos seus processos terapêuticos, após o seu término. Paralelamente, é importante abordar o papel da relação terapêutica como um fator impulsionador de transformação psíquica. Objetivo: O presente estudo pretende compreender de que forma é percecionada a mudança em psicoterapia, em retrospetiva, tendo por base o impacto da relação terapêutica no processo de mudança de jovens adultos. Método: Foram realizadas oito entrevistas a pacientes que terminaram o seu processo terapêutico, tendo sido analisadas segundo o método de análise temática. Resultados: Os resultados foram analisados, permitindo identificar dois temas relativos às mudanças: “Ser pessoa antes da mudança” e “Ser pessoa com a mudança”. Adicionalmente, a perceção da relação terapêutica enquanto propulsora foi dada por um tema: Relação como impulsionador de mudança psíquica”. Discussão: A psicoterapia e a relação terapêutica estabelecida exerceram uma influência decisiva nos processos de mudança psíquica dos participantes, refletindo-se tanto do ponto de vista intrapessoal, quanto interpessoal.
- Diferenças de Género nas Decisões Sentenciais de Figuras Parentais que Cometeram Crimes de Violência Severa Contra Menores a CargoPublication . Cabral, João Esteves Nunes Tavares; Rodrigues, Andreia Luísa Gonçalves Teixeira CastroOs estudos sobre diferenças de género no contexto judicial têm vindo a produzir descobertas enquadradas numa de três grandes teorias – a hipótese do cavalheirismo, o paternalismo familial e a teoria da dupla desviância/ hipótese da mulher malvada – que defendem que, dentro do sistema de justiça, as mulheres podem ser protegidas ou demonizadas. Tendo por base estas teorias, o presente trabalho propôs-se a analisar a maneira como figuras parentais que cometeram crimes de violência severa contra menores a cargo são representadas nas decisões sentencias. Como tal, foram selecionados 100 acórdãos para análise temática, tendo o pull final sido constituído por 66 acórdãos analisados segundo o método de análise temática de Braun & Clarke. Os resultados do estudo indicam-nos que o discurso das decisões sentencias é composto maioritariamente por três grandes subgrupos – “Descrição do Ato”; “Justificações do Tribunal para as suas Escolhas”; e “Agravantes”. Complementarmente, as descobertas deste estudo indicam-nos que, comparativamente às figuras paternas, as figuras maternas tiveram mais menções de atenuantes e uma maior menção de aspetos acerca da sua personalidade, quais as suas motivações para o cometimento do crime e quais as suas perceções acerca da saúde das suas vítimas; tendo, no entanto, sido subjetivamente mais punidas e criticadas pelos seus delitos o que, consequentemente, deu suporte à teoria da dupla desviância/ hipótese da mulher malvada.