Browsing by Issue Date, starting with "2022-09-21"
Now showing 1 - 4 of 4
Results Per Page
Sort Options
- Punição física: Crenças dos cuidadores e práticas educativas utilizadas em PortugalPublication . Rancheiro, Telma Gonçalves; Veríssimo, Manuela; Guedes, MaryseA investigação demonstrou consistentemente que a punição física é prejudicial ao desenvolvimento infantil (Heilman et al., 2021), apesar de continuar a ser culturalmente aceite em muitos países (United Nations Children's Fund, 2014). Em Portugal, poucos estudos examinaram a utilização da punição física e as crenças que lhe estão associadas. Esta dissertação teve como objetivos descrever os relatos das mães portuguesas acerca da utilização e(in)adequação de diferentes práticas educativas parentais e acerca das suas crenças em relação à punição física e examinar a variabilidade inter-individual nestes relatos, em função das características das crianças, das mães e do agregado familiar. Um total de 280 mães portuguesas de crianças entre os 5 e os 14 anos completaram a Escala de Crenças sobre a Punição física (Machado et al., 2000) e o Inventário de Práticas Educativas Parentais (Machado et al., 2000). Os resultados mostraram que mais de metade das mães relatou ter utilizado a prática de bater no rabo com a mão. Esta prática punitiva foi mais prevalente nas mães mais novas, que relataram menor qualidade da relação conjugal, ter mais filhos e crianças mais novas. Contudo, a maior aceitabilidade em relação à punição física foi o fator que se associou à utilização de práticas punitivas de forma mais consistente. Além da menor escolaridade e estatuto socioeconómico, estes fatores também se associaram a uma maior aceitabilidade da punição física. Estes resultados sublinham a importância de considerar as crenças parentais acerca da punição física na investigação futura e no desenvolvimento de práticas baseadas na evidência.
- Espiritualidade, experiências místicas e atribuição de sentido à vida: Qual a sua associação com o medo da morte e os estados de humorPublication . Simões, Carolina Carvalhinho Lopes; Costa, Rui Miguel dos Santos AmaroNeste estudo procurou-se perceber se maiores níveis de espiritualidade e experiências místicas se associam a menor medo da morte e a menor ansiedade, stress e depressão A amostra internacional contou com 286 participantes (216 mulheres, 70 homens). A espiritualidade foi medida através da Escala de Transcendência Espiritual que integra três subescalas: Universalidade, Oração/Meditação e Ligação. Também foi criada uma escala de Êxtase de forma a avaliar a propensão para experiências místicas, composta por três itens da Escala de Transcendência Espiritual. Adicionalmente, a intensidade de experiências místicas ao longo da vida foi medidas através da Escala de Misticismo de Hood que engloba três dimensões: Misticismo Introvertido, Misticismo Extrovertido e Interpretação. O humor foi avaliado através da Escala de Stress Ansiedade e Depressão. O medo da morte e o medo de morrer foram avaliados pela Escala do Medo da Morte de Collet-Lester. A atribuição de sentido à vida foi avaliada pela Escala de Atribuição de Sentido à Vida. Maiores níveis de Oração/Meditação associaram-se a menos depressão. Menos medo da morte e menos medo de morrer associaramse a maior propensão para experiências místicas avaliada pela escala de Êxtase. Mais depressão e ansiedade associaram-se a mais misticismo introvertido. Menos medo da morte associou-se independentemente a idade mais velha, sexo masculino, menor busca de sentido da vida, maior propensão para estados místicos avaliada pela escale de Êxtase e menos experiências místicas avaliadas pela escala de misticismo introvertido. Menos medo de morrer associou-se independentemente a idade mais velha, sexo masculino e mais Êxtase.
- O papel da regulação emocional na relação entre esquemas emocionais e a sintomatologia obsessiva-compulsivaPublication . Cabral, Inês Rodrigues; Neto, David DiasProblema: A forma como um indivíduo interpreta e perceciona as emoções está intimamente relacionada com processos de regulação emocional e com a psicopatologia. Estudos anteriores, revelaram associações entre esquemas emocionais e sintomatologia obsessiva-compulsiva, bem como, associações entre a dificuldade de regulação emocional e perturbação obsessiva-compulsiva. Na perturbação obsessiva-compulsiva, a dificuldade de regulação emocional é muito visível através das compulsões, que surgem como uma forma de regulação emocional disfuncional. No entanto, sendo a Perturbação Obsessiva-compulsiva a quarta perturbação mental mais comum, e devido à escassez de estudos que relacionem estas variáveis, torna-se essencial analisar o papel da Dificuldade de Regulação Emocional como variável mediadora desta relação, para aumentar conhecimentos nesta área. Objetivo: O principal objetivo é avaliar o papel mediador da dificuldade de regulação emocional, na relação entre esquemas emocionais e sintomatologia obsessiva-compulsiva. Método: A amostra não clínica é composta por 1219 participantes, avaliados num só momento. As variáveis do estudo são: esquemas emocionais, dificuldade de Regulação emocional e sintomatologia Obsessiva-compulsiva. Resultados: Foi demonstrado que a dificuldade de Regulação Emocional tem um papel mediador entre todos os esquemas emocionais e sintomatologia obsessiva-compulsiva, à exceção do esquema emocional dificuldade de Reavaliação, onde a dificuldade de Regulação Emocional não apresenta um papel mediador. Conclusão: Os resultados destacam a importância do papel da dificuldade de regulação emocional na compreensão da influência dos esquemas emocionais na sintomatologia obsessiva-compulsiva, salientando para a conveniência de focar a atenção, em psicoterapia, determinados esquemas emocionais, como: avaliação negativa da emoção; visão simplista; naturalização próprios sentimentos e necessidade ser racional.
- O efeito mediador da alexitimia na relação entre o stress percebido, e a ansiedade e a depressão em pessoas com doenças autoimunesPublication . Cardeira, Patrícia Isabel Silva; Ramos, CatarinaIntrodução: A presente investigação tem como objetivo avaliar a manifestação das variáveis: stress percebido, alexitimia, ansiedade e depressão em pacientes com doenças autoimunes e avaliar se existe um possível efeito mediador da alexitimia na relação entre o stress percebido e a ansiedade e a depressão. Método: Este estudo conta com 347 participantes (Midade = 39,60; DP = 12,38) e a amostra é não probabilística e por conveniência. Procedeu-se à aplicação de um questionário online, constituído pela Escala de Ansiedade e Depressão Hospitalar, a Escala de Stress Percebido, e a Escala de Alexitimia de Toronto. Resultados: Verificou-se que as variáveis em estudo se encontram correlacionadas positiva e significativamente entre si. Adicionalmente, tanto o stress percebido como a alexitimia têm efeitos diretos, totais e indiretos significativos na depressão e na ansiedade. Observou-se que o stress percebido é um preditor mais elevado de ansiedade (βalexitimia = 0,22; p ≤ 0,001; βstress percebido = 0,62; p ≤ 0,001) e depressão (βalexitimia = 0,21; p ≤ 0,001; βstress percebido = 0,56; p ≤ 0,001), do que a alexitimia. Discussão: Este estudo permite elucidar sobre um mecanismo de gestão de stress percebido dos pacientes com doenças autoimunes, bem como o efeito de mediação parcial do stress percebido no aumento do impacto da alexitimia na ansiedade e na depressão.