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- It takes a village: práticas parentais, suporte socialPublication . Esperanço, Tatiana Domingues; Veríssimo, ManuelaAs práticas parentais são um conceito determinante para o desenvolvimento do ser humano, que nasce absolutamente dependente do meio e das pessoas que o rodeiam. Existem vários fatores que têm impacto nas práticas parentais, tanto do foro intrapessoal dos próprios pais, como do foro extrafamiliar e contextual. Deste modo, surge um conceito relevante para as práticas parentais que apresenta ainda alguma escassez de investigação no âmbito do desenvolvimento infantil: o suporte social percebido. Com um contexto mundial pandémico pela COVID-19, que obriga ao isolamento, distanciamento social e quarentena, a investigação sobre estes dois conceitos torna-se ainda mais relevante e levanta-se a questão da eventual relação que a pandemia terá para com os mesmos. Este estudo tem como objetivos avaliar a relação entre as práticas parentais e o suporte social percebido e avaliar a relação das dificuldades experienciadas no primeiro confinamento por COVID-19 com as práticas parentais, bem como com o suporte social percebido. A amostra foi constituída por 151 mães de crianças entre os 3 e os 7 anos. Os instrumentos utilizados foram o Questionário de dados sociodemográficos, o Modified Child Rearing Practices Report Questionnaire (CRPR-Q), o Personal Resource Questionnaire – Parte 2 (PRQ-Parte 2), o The Coronavirus Health Impact Survey Parent/Caregiver Short Form e o The Coronavirus Health Impact Survey Adult Short Form. Os resultados revelaram que as práticas parentais apresentam uma relação com o suporte social percebido, mas apenas na dimensão «afetuosidade». Relativamente à experiência inerente à pandemia COVID-19 no primeiro confinamento, verificam-se relações significativas tanto com as práticas parentais, como com o suporte social percebido. Deste modo, observamse resultados pertinentes no âmbito das práticas parentais, levantando-se fatores que se encontram relacionados com as mesmas, tal como o suporte social percebido e a vivência pandémica que, ao influenciarem as práticas parentais, influenciam também o desenvolvimento infantil. Devido à escassez de estudos acerca destes conceitos em Portugal, é importante a replicação do presente estudo com amostras mais heterogéneas e de maiores dimensões.
- The psychotherapist´s persuasiveness in anxiety disorders: scale development and relation to the working alliancePublication . Afonseca, Margarida Nunes dos Santos de; Sousa, Daniel Cunha Monteiro deA persuasão do psicoterapeuta é proposta como um determinante dos resultados da psicoterapia, que promove as expectativas, autoeficácia e envolvimento do cliente, e ajuda a estabelecer a aliança terapêutica. No entanto, permanece uma das capacidades interpessoais do psicoterapeuta menos investigada, sem uma escala validada. Objectivos: O presente estudo observacional e correlacional desenvolveu uma escala de avaliação da persuasão do psicoterapeuta e examinou a relação entre a persuasão do psicoterapeuta e a aliança terapêutica. Método: Com base numa revisão da literatura sobre a persuasão do psicoterapeuta, a Therapist’s Persuasiveness Rating Scale (TPRS) foi desenvolvida. Dezessete gravações de sessões de psicoterapia foram utilizadas na validação da escala mediante análise fatorial exploratória e confirmatória, e avaliação da validade, confiabilidade e sensibilidade. Catorze gravações de sessões de psicoterapia com clientes com ansiedade foram cotadas com a TPRS e o Working Alliance Inventory-Observer Version-Short Form (WAI-O-S) para examinar a relação das variáveis. Resultados: Do processo de validação resultou uma escala com 4 subescalas e 10 itens. Exceptuando a validade discriminante, que se revelou inadequada, a TPRS mostrou-se uma escala válida, confiável e sensível da persuasão do psicoterapeuta. Apesar da correlação não significativa encontrada na correlação de Spearman, o modelo de regressão linear sugere que a persuasão do psicoterapeuta explica 65.1% da aliança terapêutica no início da sessão Conclusão: A TPRS revelou boas qualidades psicométricas, sendo uma escala promissora para avançar o estudo da persuasão do psicoterapeuta. Existe uma sugestão do efeito da persuasão do psicoterapeuta na aliança terapêutica, mas o resultado não detectou significância estatística.