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- Mães ideais ou mulheres possíveis : Um estudo qualitativo sobre amamentação e estereótipos de gêneroPublication . Linhares, Gabriela Jucá; Leal, Isabel PereiraA amamentação é uma prática amplamente estudada e incentivada, baseada nos benefícios para a saúde do bebê. Em contrapartida, o impacto na saúde mental das mães sinaliza uma inconsistência entre aquilo que é delas solicitado e o suporte oferecido. O objetivo do presente estudo é compreender o impacto psicológico dos estereótipos sociais de gênero sobre o ideal de maternidade na manutenção da amamentação como escolha de alimentação do bebê. O desenho da investigação é qualitativo, exploratório, transversal e retrospetivo. A amostra, não probabilística, por conveniência e bola de neve, compõe-se de 36 mulheres, com idade média de 35,19 anos, residentes em Portugal e que amamentaram nos últimos dois anos. Os dados foram coletados com entrevistas semiestruturadas, por videochamadas, respeitando os aspectos éticos e deontológicos. As entrevistas foram gravadas, transcritas e analisadas de forma indutiva com o método da Análise de Conteúdo e com o auxílio do software MAXQDA. Foram criadas três categorias principais: dificuldades na amamentação, manutenção da amamentação e estereótipos de gênero. Os conteúdos das dificuldades e dos estereótipos foram identificados na maioria das entrevistas e contemplam as cinco subcategorias com maior frequência de citações. Observou-se que a amamentação é atravessada por dificuldades, sobretudo psicológicas, relacionando-se com o lugar socialmente atribuído à mulher na maternidade. Sentimentos como medo, culpa e frustração, associaram-se ao confronto com o ideal de maternidade, interferindo assim na manutenção da amamentação. A investigação elucidou a relevância do aperfeiçoamento das intervenções nessa área, tornando-as mais direcionadas às idiossincrasias de mulheres que decidam ou não pela amamentação.
- As relações familiares e a conciliação entre a vida profissional e familiar no contexto militar portuguêsPublication . Santos, Sara Rafaela Ramos Monteiro dosOs contextos militar e familiar são de extrema exigência física e emocional por parte do militar. Contudo as relações mais importantes estabelecem-se no seio familiar, refletindo a preocupação que os militares têm para com os seus familiares além da preocupação com a sua carreira militar. Devido à dificuldade de conciliação equitativa da vida familiar e profissional verifica-se um conflito bidirecional. Este conflito surge devido às elevadas exigências de disponibilidade, mobilidade e de risco a que estes profissionais estão expostos como dano ou morte. Este conflito pode ser agravado em famílias militares monoparentais ou com os dois elementos do casal militares. O objetivo deste estudo foi avaliar se a carreira militar resulta na existência de conflitos nas relações familiares, conjugais e profissionais. Os participantes foram 102 militares, 98 do exército português e 4 da força aérea. O método de recolha foi misto (quantitativo e qualitativo), em modo questionário. Questionário esse composto pela Escala de Avaliação da Satisfação em Áreas da Vida Conjugal (EASAVIC), Escala de Ajustamento Diádico (EAD-R), Escala Conflito trabalho-família (CTF-R) e Conflito família-trabalho (CFT-R), Escala do sentimento de culpa trabalho-família (SCTF-R) e o sentimento de culpa família-trabalho (SCFT-R) e ainda questões abertas. A recolha dos dados foi presencial e online. Não se verificaram alterações significativas nas relações conjugais e no conflito trabalho-família, exceto aquando existem filhos no seio do casal. Os casais sem filhos apresentam níveis mais elevados de satisfação nas relações conjugais e menos conflito trabalho-família e família-trabalho comparativamente a casais com filhos.