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- Revistas predadoras: as implicações para os profissionais da informaçãoPublication . Antunes, Maria Da Luz; Lopes, Carlos; Sanches, TatianaA publicação dos resultados de investigação numa revista científica requer tempo e recursos, desde o processo de submissão até à publicação. Existem muitos obstáculos na publicação, sendo que alguns são inerentes ao processo em si, mas outros são criados justamente pela sociedade. O fenómeno das revistas predadoras surgiu há alguns anos, quando as revistas começaram a cobrar aos autores taxas de publicação – article processing charges (APC). O seu crescimento também foi facilitado pela transição das revistas impressas para as revistas eletrónicas, alterando o modelo de receitas das revistas impressas. Após o ano 2000 surgiram muitas revistas que asseguravam uma publicação rápida, taxas de aceitação elevadas e reduzidos APC aos autores. Pressionados pelo imperativo de publicar (publish or perish), este cenário atraiu os investigadores, alguns com recursos limitados para pagar os elevados APC das revistas mais respeitadas e reputadas. A falta de conhecimento e de sensibilização sobre as práticas predadoras de revistas pode comprometer os investigadores e o seu trabalho quando não leem atentamente o que assinam, não verificam a autenticidade do website da revista, esquecendo que, com o atual desenvolvimento tecnológico, é muito fácil simular uma imagem credível na Internet.
- Modulating vigilance : the differential contributions of fear chemosignals and group contextsPublication . Nuno Miguel de Jesus Gomes; Semin, Gün R.; Soares, Sandra C.; Smeets, Monique A. M.Noutras espécies sociais que não a humana, as estratégias individuais de monitorização de risco (i.e. vigilância) e a capacidade de detetar e evitar estímulos ameaçadores são moduladas pelos co-específicos. Por um lado, a presença de co-específicos resulta numa diminuição dos recursos atencionais alocados pelo indivíduo à vigilância, permitindo um maior investimento noutras atividades (e.g., procura de alimento). Por outro lado, co-específicos expostos a uma fonte de perigo, emitem pistas sensoriais (e.g., sons ou odores corporais) que alertam/preparam o indivíduo para lidar com eventos ameaçadores. Pretende-se, no presente trabalho, explorar o papel direto (pela presença) e indireto (através de odores corporais de medo) que os co-específicos assumem ao modular estratégias individuais de vigilância e deteção de ameaça na espécie humana. No primeiro estudo, investigou-se se os humanos usariam estratégias de vigilância semelhantes a outras espécies sociais. Com recurso a um paradigma que permite o estudo das estratégias de vigilância mediante a utilização de um eye-tracker, demonstrou-se que a presença de co-específicos (vs. condição individual), tal como noutras espécies sociais, diminui os recursos alocados à vigilância, permitindo um investimento maior noutras atividades, embora prejudicando a capacidade de detetar/evitar ameaças. No segundo estudo foi investigado se, tal como noutras espécies, a redução de vigilância poderia estar associada a um sentimento acrescido de segurança despoletado pela presença dos outros. Os resultados obtidos parecem confirmar este efeito, na medida em que para um indivíduo, imaginando-se na presença de co-específicos (2 amigos ou 2 estranhos vs. sozinho), era menor o sentimento de ameaça assim como a probabilidade percebida de sair magoado de situações ambíguas de perigo. O terceiro estudo centrou-se nos efeitos modulatórios de diferentes contextos de grupo nas estratégias de vigilância. Os resultados obtidos indicam que perceber co-específicos como cooperadores ou competidores (vs. mera presença) não modula, de forma distinta, o comportamento de vigilância. Sob a égide de literatura anterior, é possível especular que o efeito destes contextos de grupo poderá ser observado tão-somente perante situações em que indivíduo e co-específicos presentes podem observar-se e interagir entre si. No quarto estudo, que visou compreender de que forma a exposição a odores corporais de medo poderia modular estratégias de vigilância e a capacidade de detetar e evitar eventos ameaçadores, concluímos que esta pista sensorial (vs. odores corporais neutros e ausência de odores) não modula diretamente as estratégias de vigilância, mas parece induzir um estado de preparação/prontidão nos seus recetores, levando-os a detetar e reagir mais rapidamente a eventos ameaçadores. O último estudo replica literatura anterior, demonstrando que a exposição a odores corporais de medo ativa mecanismos associados a um aumento da aquisição sensorial. Evidenciou-se ainda que amostras de suor podem ser reutilizadas após uma primeira utilização de 20 minutos, permitindo especular sobre as propriedades de volatilidade das moléculas que transportam informação associada ao medo. Em conclusão, os resultados obtidos nesta tese sugerem que co-específicos modulam, direta e indiretamente, as estratégias individuais de vigilância e deteção de ameaça. Destaca-se assim a importância de variáveis sociais para o estudo e aprimoramento da monitorização do risco nas sociedades contemporâneas.
- Modulating vigilance : the differential contributions of fear chemosignals and group contextsPublication . Gomes, Nuno Miguel de Jesus; Semin, Gün R.; Soares, Sandra C.; Smeets, Monique A. M.Noutras espécies sociais que não a humana, as estratégias individuais de monitorização de risco (i.e. vigilância) e a capacidade de detetar e evitar estímulos ameaçadores são moduladas pelos co-específicos. Por um lado, a presença de co-específicos resulta numa diminuição dos recursos atencionais alocados pelo indivíduo à vigilância, permitindo um maior investimento noutras atividades (e.g., procura de alimento). Por outro lado, co-específicos expostos a uma fonte de perigo, emitem pistas sensoriais (e.g., sons ou odores corporais) que alertam/preparam o indivíduo para lidar com eventos ameaçadores. Pretende-se, no presente trabalho, explorar o papel direto (pela presença) e indireto (através de odores corporais de medo) que os co-específicos assumem ao modular estratégias individuais de vigilância e deteção de ameaça na espécie humana. No primeiro estudo, investigou-se se os humanos usariam estratégias de vigilância semelhantes a outras espécies sociais. Com recurso a um paradigma que permite o estudo das estratégias de vigilância mediante a utilização de um eye-tracker, demonstrou-se que a presença de co-específicos (vs. condição individual), tal como noutras espécies sociais, diminui os recursos alocados à vigilância, permitindo um investimento maior noutras atividades, embora prejudicando a capacidade de detetar/evitar ameaças. No segundo estudo foi investigado se, tal como noutras espécies, a redução de vigilância poderia estar associada a um sentimento acrescido de segurança despoletado pela presença dos outros. Os resultados obtidos parecem confirmar este efeito, na medida em que para um indivíduo, imaginando-se na presença de co-específicos (2 amigos ou 2 estranhos vs. sozinho), era menor o sentimento de ameaça assim como a probabilidade percebida de sair magoado de situações ambíguas de perigo. O terceiro estudo centrou-se nos efeitos modulatórios de diferentes contextos de grupo nas estratégias de vigilância. Os resultados obtidos indicam que perceber co-específicos como cooperadores ou competidores (vs. mera presença) não modula, de forma distinta, o comportamento de vigilância. Sob a égide de literatura anterior, é possível especular que o efeito destes contextos de grupo poderá ser observado tão-somente perante situações em que indivíduo e co-específicos presentes podem observar-se e interagir entre si. No quarto estudo, que visou compreender de que forma a exposição a odores corporais de medo poderia modular estratégias de vigilância e a capacidade de detetar e evitar eventos ameaçadores, concluímos que esta pista sensorial (vs. odores corporais neutros e ausência de odores) não modula diretamente as estratégias de vigilância, mas parece induzir um estado de preparação/prontidão nos seus recetores, levando-os a detetar e reagir mais rapidamente a eventos ameaçadores. O último estudo replica literatura anterior, demonstrando que a exposição a odores corporais de medo ativa mecanismos associados a um aumento da aquisição sensorial. Evidenciou-se ainda que amostras de suor podem ser reutilizadas após uma primeira utilização de 20 minutos, permitindo especular sobre as propriedades de volatilidade das moléculas que transportam informação associada ao medo. Em conclusão, os resultados obtidos nesta tese sugerem que co-específicos modulam, direta e indiretamente, as estratégias individuais de vigilância e deteção de ameaça. Destaca-se assim a importância de variáveis sociais para o estudo e aprimoramento da monitorização do risco nas sociedades contemporâneas.
- Horizontal asymmetries derived from script direction : consequences for attention and actionPublication . Mendonça, Rita Duarte; Semin, Gün R.; Garrido, Margarida V.; Wänke, Michaela ,A direção de leitura e escrita estabelecem uma trajetória preferencial de exploração do espaço que é reforçada por diversas regularidades culturais consistentes com essa direccionalidade. A correlação espaço-movimento cria um esquema para a ação que enviesa a representação da agência humana, estendendo-se à representação de outros conceitos abstratos que não possuem bases sensoriomotoras. A dimensão horizontal é recrutada para melhor compreender estes conceitos, sendo ancorados de acordo com a direção de escrita e leitura da nossa língua. A assimetria espacial que esta direccionalidade induz constitui um contributo crucial para a área do embodiment, tendo sido demonstrado que afeta processos sociais e cognitivos. Contudo, os processos específicos que estas assimetrias ativam permanecem pouco explorados. Em sete estudos, esta dissertação investiga de que forma as assimetrias espaciais afetam inferências sociais e a performance visuo-motora para com estímulos ancorados na dimensão horizontal. O primeiro estudo indica que inferências sociais relacionadas com agência são preferencialmente atribuídas a faces de perfil orientadas para a direita (versus esquerda). Em duas experiências, o segundo estudo mostra que faces orientadas para a direita servem como pistas para a orientação de atenção. Faces orientadas para a direita, que traduzem a direção utilizada para representar a agência humana, facilitam a atenção para e deteção de alvos no campo visual direito, comparativamente a faces orientadas para a esquerda no campo visual esquerdo. No terceiro estudo, as faces foram substituídas por palavras temporais auditivas e visuais, que se sabe serem ancoradas horizontalmente. A assimetria espacial foi testada em duas experiências em comunidades com direções de leitura e escrita opostas (Português e Árabe). Observou-se uma ancoragem contrária do conceito abstrato ‘tempo’ entre as duas amostras (Português: passado-esquerda/futuro-direita; Árabe: passado-direita/futuro-esquerda). Adicionalmente, uma performance assimétrica reversa entre as duas comunidades linguísticas confirma que o mapeamento do tempo é enviesado pelos hábitos ortográficos e pela representação cultural da agência humana. Isto é, palavras temporais que coincidem com a direção induzida por ambos os sistemas de escrita (i.e., palavras relacionadas com futuro), dão origem a vantagem à direita na amostra Portuguesa, e vantagem à esquerda na amostra Árabe. O quarto estudo estendeu estes resultados à categoria da política, tipicamente representada através de coordenadas de esquerda e de direita. Respostas manuais e atencionais foram mais rápidas para alvos localizados à direita após terem sido apresentadas termos políticos de direita (versus alvos à esquerda após termos políticos de esquerda), que correspondiam à direção em que habitualmente se representa movimento. O quinto e último estudo demonstrou que a apresentação de palavras temporais simultaneamente com um tom auditivo não-espacial impede os efeitos de emergirem. Estas pistas bimodais revelaram as condições limitativas dos efeitos da assimetria espacial. Em conclusão, esta dissertação demonstra que existe uma propriedade genérica de movimento que deriva da direção ortográfica e que é transversal à representação de estímulos distintos, em várias tarefas e modalidades sensoriais. Estes resultados oferecem uma perspetiva mais abrangente sobre o impacto prevalente que uma característica da língua aparentemente irrelevante tem em processos cognitivos fundamentais de perceção, atenção, e julgamento.
- Avaliação da intervenção assistida por animais em pessoas com demência em estádio moderado e severoPublication . Mendes, Rita Maria Ventura; Nunes, Maria Vânia SilvaIntrodução: a elevada prevalência de sintomas comportamentais e psicológicos é uma característica presente nas pessoas com demência, agravando-se no decurso da doença. A intervenção assistida por animais atua na gestão destes sintomas, nos parâmetros da agitação, comportamento social, humor, bem-estar, qualidade de vida e atividade motora, com robusta evidência nos estádios ligeiro e moderado, e com pouca evidência nos estádios mais avançados ou severos, respondendo à necessidade de investigação para validação de terapias não farmacológicas na demência. Metodologia: através de um estudo observacional, observou-se o comportamento de 16 pessoas com demência (8 em estádio moderado e 8 em estádio severo), com recurso ao preenchimento de uma check-list de observação de comportamentos, por 2 observadores em simultâneo, durante 3 momentos: 1 hora antes da intervenção assistida por animais, durante a intervenção assistida por animais e 1 hora depois da intervenção assistida por animais, durante 9 sessões. Resultados e conclusões: os resultados evidenciaram diferenças nos 2 grupos (demência em estádio moderado e severo), nos vários domínios: aumento na comunicação, aumento da atividade motora, redução da sintomatologia associada ao humor/depressão e aumento do bem-estar e qualidade de vida durante a intervenção, tendo-se esta eficácia mantido no tempo em todos estes domínios principalmente no estádio severo. A intervenção assistida por animais tem um impacto positivo na gestão dos sintomas comportamentais e psicológicos na demência sendo a sua eficácia mais evidente no estádio severo da demência, justificando a necessidade de mais investigação nesta área.
- Development and validation of the achieved capabilities questionnaire for community mental health (ACQ-CMH)Publication . Sacchetto, Beatrice Ilaria Mariasole; Ornelas, José H.A presente Tese de Doutoramento, intitulada “Desenvolvimento e Validação do Questionário das Capacidades Alcançadas para a Saúde Mental Comunitária (QCA-SMC)” consiste numa investigação que procura contribuir para a avaliação e inovação dos programas comunitários de saúde mental, através de uma nova medida baseada no referencial teórico das capacidades e construída de forma colaborativa. Assim, foram definidos dois objetivos principais, nomeadamente: desenvolver uma medida inspirada na abordagem das capacidades, através de um processo colaborativo entre académicos e utilizadores de serviços; validar a medida construída, analisando as qualidades psicométricas e a estrutura fatorial. Para atingir estes objetivos, foram desenhados estudos e etapas sequenciais com amostras independentes. O primeiro estudo consiste na construção colaborativa do questionário e abrange diversas fases, como a realização de focus group para a recolha dos dados; a constituição de um steering committee composto por 3 utilizadores e 2 académico para a análise dos dados e a formulação dos itens; a análise da validade facial com um grupo de 15 utilizadores voluntários. O questionário obtido é composto por 104 itens organizados em 10 capacidades teóricas listadas pela autora Nussbaum. O segundo estudo avaliou a validade de conteúdo envolvendo um painel de 3 utilizadores, 3 profissionais de serviços e 2 académicos, reduzindo a medida para 98 itens. O processo participativo permitiu identificar indicadores relevantes e adequadamente formulados para a população em estudo. Desta forma, promoveu-se a validade ecológica do instrumento, a transformação dos papéis tradicionais de investigação e o empowerment dos/as participantes. No terceiro estudo, foi realizada uma análise fatorial exploratória que permitiu identificar uma estrutura de 6 componentes e 48 itens. Seguiram-se análises de confiabilidade (inclusive test-retest) e validade de constructo, observando a associação com escalas de qualidade de vida, recovery, empowerment e distress psicológico. Por fim, no quarto estudo, através da análise fatorial confirmatória, resultou uma solução de 43 itens e 5 dimensões. Realizaram-se análises de confiabilidade, sensibilidade e validade discriminante dos fatores, bem como de validade convergente e divergente. Estes dois últimos estudos revelaram bons resultados psicométricos do QCA-SMC, e possibilitaram uma adaptação das 10 capacidades teóricas, produzindo dimensões relevantes para o contexto que podem ser utilizadas como linhas orientadoras para avaliar em que medida os programas promovem as capacidades das/os suas/seus participantes, bem como para promover uma mudança transformativa do sistema de saúde mental. O relatório de Tese é composto por três partes principais. A primeira é a Introdução Geral, que realça a) a inovação do referencial teórico das capacidades, tendo em conta o background histórico e atual do sistema de saúde mental, bem como a interligação com a psicologia comunitária; b) a pertinência da abordagem colaborativa na investigação e avaliação na área da saúde mental. Na primeira seção também são apresentados o desenho e o contexto de investigação, os métodos e procedimentos, as medidas e análises aplicadas. A segunda parte consiste na Seção Empírica e apresenta três artigos que refletem os estudos realizados. Por fim, as Conclusões Gerais resumem e discutem os resultados e as suas implicações para uma mudança transformativa, bem como as reflexões sobre limitações e estudos futuros.
- Novas tecnologias : uma trajetória para problemas nas relações amorosas e na sua sexualidadePublication . Fuzeiro, Vanessa Alexandra PereiraA adicção às novas tecnologias, nomeadamente ao smartphone, redes sociais e videojogos tem vindo a ser estudada e associada a algumas perturbações psicológicas, tais como depressão, ansiedade, stress, dificuldades interpessoais e solidão. Todavia, a relação entre as diferentes novas tecnologias, as relações amorosas e a sexualidade é ainda escassa na literatura. Este estudo tem como objetivo analisar as inter-relações entre essas variáveis e compreender se a sua utilização tem um impacto negativo na qualidade das relações amorosas e na sua sexualidade. A amostra deste estudo foi constituída por 415 indivíduos, 318 deles mulheres e 97 homens. Para este estudo foi utilizado um Questionário Sociodemográfico, a versão reduzida da Escala de Adicção ao Smartphone, a escala de Adicção à Internet adaptada às redes sociais, o questionário de Adicção aos videojogos, o Inventário de Componentes Percebidos da Qualidade das Relações, a escala Partner Phubbing- Pphubbing, o Índice de Funcionamento Sexual Feminino, a Escala de Distress Sexual Feminino – Revisto, o Índice Internacional de Função Erétil e a Ferramenta de Diagnóstico de Ejaculação Precoce. Para ambos os sexos maior adicção ao smartphone e às redes sociais correlacionaram-se com pior qualidade da relação e funcionamento sexual. Para ambos os sexos o phubbing do(a) parceiro(a) correlacionou-se com pior qualidade da relação e pior funcionamento sexual, com resultados mais inconsistentes na amostra masculina. Os resultados confirmam que o uso excessivo de novas tecnologias está associado a problemas do foro sexual e relacional. Foram discutidas limitações e implicações clínicas do estudo.