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- Será que a comunicação online aumenta o sentimento de solidão em jovens adultos?Publication . Figueiredo, Ana Carolina de Almeida; Costa, Rui Miguel dos Santos AmaroEstudos prévios mostram associações entre solidão percebida e uso problemático da internet que se manifesta grandemente pelo uso de redes sociais. Esta associação existe independentemente da frequência de contactos face-a-face e do suporte social, o que sugere algo de intrínseco à comunicação online que aumenta os sentimentos de solidão em quem não está objectivamente só. Um estudo laboratorial anterior mostrou que a comunicação online pode aumentar a solidão subjectiva. O presente estudo tem como objetivo perceber o impacto da comunicação online, mais especificamente, através do Facebook, em sentimentos de solidão. Num estudo laboratorial com três condições experimentais (comunicação online via Facebook), comunicação face-a-face e leitura de um artigo, procurou-se perceber como as três condições diferem na sua capacidade de suprimir - sentimentos de solidão induzidos. A amostra foi composta por 68 participantes que foram alocados para uma das três condições. A solidão subjectiva foi avaliada pela University of California Loneliness Scale (UCLA), a qual foi passada imediatamente após uma indução de solidão que teve lugar antes da alocação para cada uma das três condições. A seguir a estas o UCLA foi novamente passado. Os resultados demonstraram que comunicação face-a-face demostra maior capacidade em suprimir sentimentos de solidão comparativamente à comunicação online e à leitura de um artigo. Os resultados são discutidos em termos de o organismo humano ter evoluído para se sentir acompanhado quando recebe uma qualidade de informação sensorial que está ausente na comunicação online, a qual por isso não tem a mesma capacidade de suprimir os sentimentos de solidão.
- Mind online, body offline : adicção às redes sociais, consciência interoceptiva e funcionamento sexualPublication . Martins, Catarina Santos; Costa, Rui Miguel dos Santos AmaroA adicção às redes sociais tem vindo a ser associada com diversas perturbações psiquiátricas, baixa auto-estima, solidão e a diferentes traços de personalidade. No entanto, a relação da adicção às redes sociais, funcionamento sexual e consciência interoceptiva é ainda escassa na literatura. Este estudo visa analisar as inter-relações entre essas variáveis e perceber se a consciência interoceptiva é mediadora da relação entre adicção às redes sociais e funcionamento sexual. A amostra deste estudo foi constituída por 421 indivíduos (310 mulheres e 111 homens), e por uma subamostra dos sujeitos com relações sexuais com o sexo oposto nas últimas 4 semanas integrando um total de 281 indivíduos (209 mulheres e 72 homens). Utilizou-se um Questionário Sociodemográfico, a escala Internet Adiction Test (IAT), adaptado às redes sociais, a escala de Avaliação Multidimensional da Consciência Interocetiva (MAIA), o Índice de Funcionamento Sexual Feminino (FSFI), a Escala de Distress Sexual Feminino (FSDS-R), o Índice Internacional de Função Erétil (IIEF) e por fim a Ferramenta de Diagnóstico de Ejaculação Precoce (PEDT). Os resultados demonstraram correlações entre maior adicção às redes sociais e pior funcionamento sexual feminino. Nos homens, maior adicção associou-se a menor desejo e menor satisfação com a relação sexual. A consciência interoceptiva não mediou a relação descrita anteriormente, embora maior consciência interoceptiva esteja associada a melhor funcionamento sexual em algumas dimensões e em ambos os sexos. Limitações e implicações clínicas são discutidas. Assim, o presente estudo indica que tanto adicção às redes sociais como a consciência interoceptiva têm implicações no funcionamento sexual.
- A relação entre o funcionamento familiar e a ego-resiliência infantil numa amostra de crianças entre os 10 e os 15 anos de idade e os seus respetivos cuidadoresPublication . Morais, Inês da Silva Pedro Lopes; Leal, Isabel PereiraIntrodução: A resiliência familiar consiste na capacidade das famílias para enfrentarem e ultrapassarem crises, surgindo com mais recursos após as mesmas (Walsh, 2016). A egoresiliência é uma característica de personalidade que permite a adaptação a stressores externos e internos (Block & Block, 1980). Estes construtos são interdependentes (Masten & Monn, 2015). Contudo, ainda não existem estudos suficientes que promovam uma integração entre ambos. Método: O presente estudo tem como objetivo validar e adaptar a Escala de Resiliência Familiar da Walsh e a Escala de Ego-resiliência Infantil para uma amostra de crianças e jovens entre os 10 e 15 anos de idade e os seus cuidadores, assim como explorar a relação entre o funcionamento familiar e a ego-resiliência infantil. A amostra foi constituída por 367 participantes, 230 cuidadores e 137 crianças e jovens que responderam a questões sociodemográficas e preencheram a versão portuguesa das escalas. Foram realizadas análises fatoriais confirmatórias para avaliar a validade fatorial. Averiguaram-se também a fiabilidade das escalas, a validade convergente e a validade discriminante. Foram realizadas regressões lineares para explorar o impacto do funcionamento familiar na ego-resiliência infantil. Resultados: As análises fatoriais confirmatórias não suportaram os modelos originais. O modelo final da Escala de Ego-resiliência Infantil apresentou índices de ajustamento aceitáveis e qualidades psicométricas sofríveis. O modelo final da Escala de Resiliência Familiar da Walsh apresentou índices de ajustamento sofríveis e boas qualidades psicométricas. O funcionamento familiar apresentou um impacto significativo na ego-resiliência infantil. Conclusão: Estes instrumentos consistem em ferramentas úteis que podem ser utilizadas em intervenções que promovam a resiliência.
- Mind the body : as inter-relações entre mindfulness disposicional, consciência interocetiva e funcionamento sexualPublication . Rodrigues, Vera Nunes Gonçalves de Carvalho; Costa, Rui Miguel dos Santos AmaroIntrodução: A maior parte dos estudos sobre a associação entre Mindfulness e Funcionamento Sexual Feminino são realizados com mulheres que têm problemas e/ou disfunções sexuais. Tal é uma lacuna, pois também é importante perceber quais os fatores relevantes no desenvolvimento sexual de pessoas sem queixas. O presente estudo visa examinar inter-correlações entre mindfulness disposicional, consciência interocetiva, e funcionamento sexual feminino, assim como testar os efeitos do treino mindfulness nestas variáveis. Método: Realizaram-se dois estudos numa amostra da população geral feminina. O Estudo 1 foi correlacional contando com uma amostra por conveniência de 660 mulheres, com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos. Utilizaram-se a Escala de Avaliação Multidimensional da Consciência Interocetiva (MAIA), o Questionário das Cinco Facetas de Mindfulness (FFMQ), o Índice de Função Sexual Feminina (FSFI), a Escala de Distress Sexual Feminino - Revisto (FSDS-R) e um questionário sobre a Qualidade da Fase de Resolução. O Estudo 2 teve um design quase-experimental tendo participado 16 mulheres entre os 22 e os 31 anos. Avaliaram-se as mudanças nas medidas usadas no Estudo 1 causadas por uma intervenção de treino mindfulness durante um mês. Resultados: No Estudo 1 encontraram-se correlações entre mindfulness disposicional, consciência interocetiva e funcionamento sexual, mantidas após se controlar a prática de exercícios mindfulness. No Estudo 2, o treino de mindfulness aumentou aspetos do mindfulness disposicional e da consciência interocetiva. Conclusão: O funcionamento sexual poderá ser melhorado pelo desenvolvimento de consciência interocetiva e de atenção não reativa.