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- O impacto da mindfulness disposicional na relação entre a personalidade e satisfação com a carreiraPublication . Gonçalves, Sara Filipa Simões; Ribeiro, Rui BártoloO presente estudo teve como objetivo não só verificar o impacto que a Personalidade tem na Satisfação com a Carreira, mas também explorar o possível efeito mediador ou moderador que a Mindfulness Disposicional poderá ter nessa relação. Pretendeu-se também fazer um estudo comparativo entre duas escalas de mindfulness. Na presente investigação colaboraram 287 participantes (180 do sexo feminino e 107 do sexo masculino), com idades compreendidas entre os 18 e os 69 anos. A participação foi voluntária, através do preenchimento de um questionário online. De forma a mensurar a Personalidade, foi utilizada a escala proposta por Rammstedt e John (2007) – BFI-10 – traduzida e adaptada para a língua portuguesa por Bártolo-Ribeiro (2017). A Satisfação com a Carreira foi avaliada através da escala unidimensional proposta por Greenhaus, Parasureman e Wormley (1990), adaptada para a língua portuguesa por Ribeiro (2013). A Mindfulness Disposicional foi avaliada numa vertente mais cognitiva, numa escala proposta por Pierson e colaboradores (2012)- Langer Scale – e devidamente traduzida e adaptada para a língua portuguesa por Silva (2017); e numa perspetiva mais tradicional, apresentada por Cardaciotto, Herbert, Forman, Moitra, Farrow (2008) – Philadelpia Mindfulness Scale (PHLMS)- e adaptada à população portuguesa por Teixeira, Ferreira e Graça Pereira (2017). Os resultados apontam para uma relação positiva e significativa existente entre a a Personalidade (Conscienciosidade e Amabilidade) e a Satisfação na Carreira. Foi também verificado o efeito moderador que a Mindfulness (através da escala de langer) apresenta na relação entre a Conscienciosidade e a Satisfação na Carreira. Ainda se constatou a existência de uma mediação total pelo Engagement da escala de Langer, na relação entre a Amabilidade e a Satisfação com a Carreira. As escalas de Mindfulness não apresentaram uma correlação significativa entre si.
- A persuasão do terapeuta como capacidade preditora de resultados clínicos em psicoterapiaPublication . Mourato, João André CordeiroObjectivo: A literatura tem vindo a revelar que grande parte dos resultados clínicos podem ser explicados por um conjunto de fatores transversais a qualquer abordagem terapêutica. A pessoa do terapeuta surge neste contexto como um dos fatores que mais influencia o processo e os resultados terapêuticos (Baldwin & Imel 2013). No entanto, ainda pouco se sabe quanto aos factores que moderam estes efeitos do terapeuta e o que poderá ser feito para os potenciar (Cuijpers, 2018a). A literatura disponível sugere que uma atitude persuasiva do terapeuta em contexto clínico poderá influenciar significativamente os resultados terapêuticos (Anderson et al., 2013). Assim sendo, este estudo pretende investigar, detalhadamente, o impacto da persuasão no processo terapêutico, focando o comportamento persuasivo do terapeuta e o impacto desse comportamento no cliente, ao longo acompanhamento. Método: Foram selecionadas de forma aleatória vinte e sete gravações em vídeo de sessões psicoterapêuticas de nove díades, cada uma constituída por um cliente e um psicoterapeuta, tendo sido analisadas três sessões de psicoterapia por díade. Os principais instrumentos para recolha de dados foram o Psychotherapy Persuasiveness Scale (PPS), Symptom Checklist-90-R (SCL-90-R) e Penn State Worry Questionnaire PSWQ. Os dados foram analisados através de procedimentos estatísticos com recurso ao programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). Resultados: Os resultados obtidos revelam que a persuasão se encontra associada aos resultados terapêuticos obtidos, sendo capaz de prever estes mesmo resultados de forma significativa, em sensivelmente 17%. Emergiram ainda outros resultados pertinentes no contexto desta investigação, como é o caso dos resultados que revelam uma forte associação entre o nível de persuasão dos psicoterapeutas ao longo das sessões terapêuticas e o resultado clínico após a intervenção. Conclusões: A persuasão parece constituir-se como uma capacidade interpessoal facilitadora do psicoterapeuta relevante no contexto clínico, ao longo do processo terapêutico, contribuindo para uma melhoria dos resultados terapêuticos
- O assalto sexual no campus universitário portuguêsPublication . Fernandes, Rita Almada Burguete; Ornelas, José H.Ainda existem poucos estudos em Portugal sobre a violência sexual no ensino superior e, face às percentagens de vitimização de violência sexual nas estudantes universitárias internacionalmente, este estudo tem como principal objetivo avaliar a situação da violência sexual em Portugal, tentando perceber as suas consequências, fatores de risco e a existência de programas de prevenção e intervenção neste tipo de violência, bem como a eficácia dos mesmos. A amostra neste estudo é composta por 104 estudantes universitários com idades superiores a 17 anos que responderam a um questionário online. As variáveis neste estudo foram avaliadas com o instrumento “Violence Prevention Survey”. Os resultados obtidos demonstram que 4.8% da amostra foram vítimas de violência sexual e 1.9% foram perpetradores, bem como uma percentagem de 40.4% de vítimas de violência no namoro e 27.9% de perpetradores desta mesma violência. Foram encontradas consequências da violência sexual a nível académico, físico e emocional. Foram considerados fator de risco para perpetração de violência sexual aceitar os mitos da violação (p>0.005) e as afirmações da discriminação das mulheres (p<0.001). Metade da amostra não participou em qualquer programa de prevenção e intervenção na violência. Pode concluir-se que é urgente aplicar programas de prevenção e intervenção na violência de forma a formar os jovens o significado de consentimento, prevenindo a existência de agressores e ensinando os que rodeiam a vítima como intervir se necessário.
- ECS : escala de competências sociais : construção de uma escala para a população portuguesa. Estudo exploratório das qualidades psicométricas. Um contributoPublication . Coelho, Carla do Céu RamosCapital Humano é um investimento prioritário para as organizações que querem estar na “crista da onda”. Para lidar com a demanda de negócios e da economia da sociedade de hoje, os profissionais de gestão de negócios e recursos humanos procuram cada vez mais indivíduos altamente qualificados na área social. O uso de escalas psicométricas por profissionais que avaliam pessoas é prática comum. No entanto, não existe uma escala que avalie competências sociais, desenhada de raiz para a população Portuguesa. Neste estudo, projetámos a construção de um instrumento de avaliação de competências sociais, centrado na cultura Portuguesa. Para este objetivo, realizaram-se quatro aplicações experimentais e uma final que envolveram um total de 1562 participantes. Os resultados da análise fatorial confirmatória , evidenciam uma escala tridimensional, avaliadora de competências sociais na dimensão Sociabilidade com cinco itens, Gestão de Conflitos com quatro itens e Reivindicação de Direitos com três itens. Encontrou-se uma fiabilidade de 0.86 para a Sociabilidade, 0.85 para a Gestão de Conflitos e de 0.80 para a Reivindicação de Direitos. Os estudos de validade convergente e discriminante são descritos.
- Origem, características e conteúdo das vozes em pessoas com experiência de doença mentalPublication . Teixeira, Carlota Maria Gonçalves; Ornelas, José H.O presente estudo tem como tema principal a experiência de ouvir vozes, consistindo numa investigação colaborativa com os participantes, ouvintes de vozes, através da organização de base comunitária AEIPS. A sua colaboração no processo de construção do guião da entrevista foi um contributo fundamental, em prol da desmistificação da experiência. A pertinência de tal estudo advém da vasta relevância que esta temática tem vindo a ganhar nos últimos 30 anos junto da comunidade científica. Assim sendo, o principal objetivo deste estudo consiste em compreender a perspetiva dos indivíduos acerca da experiência e o impacto de tal compreensão, através da aplicação de entrevistas a 5 participantes. Para a análise das entrevistas foi utilizada a metodologia de análise temática. Deste modo, este estudo comprovou a pertinência em se explorar a perspetiva dos ouvintes acerca das vozes e assim melhorar os processos interventivos junto dos ouvintes.
- Nunca se perde só um irmão: Experiência subjetiva de vivenciar a morte de um/uma irmão/irmãPublication . Peixoto, Sara Lima; Rodrigues, Vitor AmorimEnquadramento: a morte de um irmão assinala o fim de umas das relações mais duradouras de um ser humano, podendo causar um grande sofrimento emocional, sendo por isso um tema de extrema importância para os profissionais de saúde. Problema: falta de estudos fenomenológicos que permitam compreender a experiência subjetiva do processo de luto de um irmão. Objetivo: compreender a experiência subjetiva de sujeitos que vivenciaram a morte de um/uma irmão/irmã, as temáticas presentes nesta vivência e como estas se manifestam e influenciam a experiência individual do/da irmão/irmã que fica. Método: estudo qualitativo e transversal, tendo por base o método fenomenológico descritivo, no qual participaram oito sujeitos, com idades entre os 22 e os 57 anos, sendo quatro do sexo feminino e quatro do sexo masculino. Resultados: os participantes afirmam ter uma relação com os irmãos que faleceram, desenvolvendo uma reação à sua morte e um processo de luto, sendo este influenciado pela vivência da família, pelas cerimónias fúnebres, pelas estratégias do processo de luto e pelos grupos de entreajuda/acompanhamento psicológico, tendo esta perda impacto nos participantes e na sua família. Conclusão: os resultados deste estudo estão em linha com a literatura, na medida em que foi possível perceber que a experiência da morte de um irmão é influenciada por diversos fatores e tem um grande impacto na vida dos participantes, sendo que estes desenvolvem estratégias adaptativas.
- Ilusões de aprendizagemPublication . Machado, Eliana Filipa Ferreira; Garcia-Marques, TeresaSabias que observação repetida de outros promove uma ilusão de aquisição de competências? Diversos estudos comparam a sensação de aprendizagem e a execução de uma aprendizagem. Neste estudo procuramos averiguar se o diferente envolvimento com a aprendizagem (i.e., imaginar, rever, ler-sistematizar e simular) tem impacto na forma como o individuo sente a sua aprendizagem, e na relação que esse sentir estabelece com o desempenho. Especificamente, procurámos evidências de ilusões de aprendizagem passíveis de afetar o trabalhador. Assim, através de uma tarefa típica do contexto laboral, o nosso estudo compara quatro grupos com duas variáveis dependentes, uma é a estimativa de aprendizagem, a outra é a aprendizagem real. Apesar de os nossos resultados não seguirem exatamente as nossas hipóteses, verificamos que de facto quanto mais as pessoas observam outros, mais acreditam que podem desempenhar a tarefa elas próprias, e que basta uma pequena sensação de realizar a tarefa para baixar as suas expetativas de sucesso. Os nossos resultados são discutidos tendo por base investigações anteriores que exploram as ilusões de aprendizagem e à luz da teoria dos sentimentos-como-informação e do efeito de Dunning- Kruger. Limitações do estudo são discutidas e direções futuras são fornecidas.
- As relações entre espontaneidade, ansiedade, depressão e stressPublication . Calisto, Raquel Marisa Ferreira; Gonzalez, António José César de AlmeidaA espontaneidade é um conceito controverso tanto na sua definição quanto nas suas implicações para a prática clínica. Presentemente, cada vez mais surge o interesse do papel que variáveis como a ansiedade, a depressão e o stress poderão ter na saúde mental e no bem estar. O presente estudo tem como objetivo entender as correlações entre a espontaneidade, a ansiedade, a depressão e o stress, efetuando também comparações entre as mesmas, o género, as habilitações literárias e outras variáveis. Para tal, recolheu-se uma amostra de 439 adultos, entre os 18 e os 64 anos de idade (M= 25.55), no ISPA - Instituto Universitário de Ciências Psicológicas, Sociais e da Vida (ISPA-IU), na Faculdade de Motricidade Humana (FMH) e através de um formulário online. A espontaneidade foi medida através do Revised Spontaneity Assessment Inventory (SAI-R) e a ansiedade, a depressão e o stress foram medidos através da escala de Ansiedade, Depressão e Stress (EADS- 21). A espontaneidade, teve uma correlação significativa negativa com a ansiedade a depressão e o stress. A ansiedade, a depressão e o stress tiveram entre si correlação significativa positiva. Os resultados reforçaram a relevância da espontaneidade em contexto clinico e enquanto moderadora de estados de ansiedade, depressão e stress, o que contribui para um maior aprofundamento a nível do conhecimento da saúde mental.
- O ter e o fazer da personalidade no bem estar : traços disposicionais e projectos pessoais na produção do bem-estar psicológico numa amostra de senioresPublication . Barros, Ana Rita e Silva da Rocha; Gonzalez, António José César de AlmeidaO facto de as pessoas viverem mais tempo exige que se continue a investigar sobre o que contribui para o seu bem-estar. A personalidade, numa perspectiva integrativa, demonstra ser um aspecto relevante. Baseando-se no modelo ecológico-social de desenvolvimento humano, o objectivo deste estudo é explorar de que modo os diferentes níveis de análise da personalidade se articulam na produção de bem-estar. Especificamente, procurou-se confirmar o efeito directo dos traços disposicionais (de acordo com o modelo dos cinco factores) no bemestar psicológico (BEP), e estudar em que medida os projectos pessoais medeiam e/ou moderam a relação entre traços disposicionais e o BEP. 100 participantes (81% mulheres; M=71.81; DP=5.23) preencheram o NEO Five-Factor Inventory, o Personal Projects Analisys e a Psychological Well-Being Scale (instrumentos de auto-relato que avaliam os traços disposicionais, projectos pessoais e BEP, respectivamente). Os resultados confirmam o efeito directo dos traços disposicionais no BEP, mas não o efeito indirecto. Os cinco domínios da personalidade emergiram como predictores das dimensões domínio do meio, relações positivas com outros, objectivos na vida e aceitação de si. Com a excepção da amabilidade, os restantes quatro domínios da personalidade surgiram como predictores do BEPGlobal. Encontraram- se, ainda, efeitos de interacção entre alguns domínios da personalidade (extroversão, abertura à experiência) e número de projectos pessoais na produção de BEPGlobal. Estes resultados contribuem para o actual conhecimento no âmbito do bem-estar e informam acerca da relação entre as variáveis da personalidade e o BEP, demonstrando o papel predictivo dos traços disposicionais e o papel moderador dos projectos pessoais.