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- The meaning of the coach: opapel moderador da relação treinador-atleta na perceção de justiça e no compromisso de jogadores de futebol e futsal com os respectivos clubesPublication . Costa, João Braga; Almeida, Pedro Henrique Garcia Lopes deEste estudo, procura compreender o impacto que o treinador tem no comportamento dos atletas, percebendo até que ponto consegue intervir na relação entre a perceção de justiça dos atletas com o clube e o compromisso destes com o mesmo. Sendo assim possível formular as seguintes hipóteses: (I) “A perceção de justiça do atleta com o clube está positivamente relacionada com o compromisso do atleta com o clube”, (II) “A perceção de justiça do atleta com o clube está positivamente relacionada com a dinâmica com o treinador”, (III) “A dinâmica com o treinador está positivamente relacionada com o compromisso dos atletas com o clube”, (IV) “A dinâmica com o treinador modera a relação entre a perceção de justiça do atleta com o clube e o compromisso deste com o mesmo”. Para avaliar esta relação, construiu-se um questionário com as escalas que avaliam os três constructos em estudo (perceção de justiça; compromisso; dinâmica com o treinador). O estudo contou com a participação de 110 atletas (94 atletas de futebol e 16 atletas de futsal) todos do sexo masculino. Os resultados propõem não só que existem relações positivas entre todas as variáveis, com exceção da relação entre a perceção de justiça estrutural e a dinâmica com o treinador que não se mostrou significativa. Verificou-se ainda que existe efeito moderador parcial da variável dinâmica com o treinador na relação entre a perceção de justiça do atleta com o clube e o seu compromisso também com o clube, uma vez que apenas se verifica efeito moderador para uma das dimensões da perceção de justiça (justiça estrutural). Por fim os resultados propõem ainda que a variável com mais impacto na relação de moderação, ainda que esta não seja estatisticamente significativa, é a perceção de justiça.
- Sobrequalificação, suporte da chefia e oportunidades de carreira: efeitos de moderaçãoPublication . Flores, Maria Francisca Rosa; Cesário, Francisco José SantosA presente dissertação pretende averiguar formas de diminuir a perceção de sobrequalificação e simultaneamente as suas consequências, especificamente no engagement. Foram testadas as oportunidades de carreira e o suporte da chefia para estudar se tinham duplo efeito como antecedentes da sobrequalificação e moderadores da relação com o engagement. Participaram 115 colaboradores de diversas organizações, com idade média de 43 anos, entre os quais 73 do sexo feminino e 42 masculino; 26,1% têm habilitações literárias iguais ou abaixo do 12oano, e 73,9% têm um nível igual ou superior à licenciatura. A análise das qualidades métricas das escalas utilizadas permitiu verificar que a escala de sobrequalificação é composta pelas dimensões desajustamento e não-crescimento e que a escala de suporte da chefia é composta pelas dimensões de suporte afetivo e suporte cognitivo, oengagement e as oportunidades de carreira são unidimensionais. Os resultados revelaram que as oportunidades de carreira exercem um efeito negativo tanto no desajustamento como no não-crescimento, que o suporte afetivo influencia negativamente o não-crescimento e o suporte cognitivo afeta negativamente o desajustamento. Por sua vez, o desajustamento, bem como o não-crescimento, têm um efeito negativo no engagement. Quanto aos efeitos de moderação, apenas foi possível identificar o efeito moderador do suporte afetivo na relação entre o desajustamento e o engagement. A amostra revelou um nível de sobrequalificação inferior ao ponto médio da escala, o que pode ter levado a que a relevância de alguns efeitos não tenha surgido.
- Sobrequalificação percebida e o job crafting: qual a relaçãoPublication . Soares, Diogo Militão; Cesário, Francisco José SantosA presente investigação tem como principal objetivo perceber se a perceção de sobrequalificação prediz comportamentos de job crafting de tarefa, de cognição e de relação, com o fim de acrescentar conhecimento à literatura existente de ambos os construtos. Como tal, construiu-se a seguinte hipótese: Quando os trabalhadores se sentem mais sobrequalificados, tendem a desenvolver mais comportamentos de job crafting. Para o avanço do estudo colaboraram 271 participantes, com idades compreendidas entre os 18 e os 61 anos, selecionados a partir da população portuguesa, com habilitações académicas diferenciadas e que se encontrassem a exercer funções profissionais. Para medição das variáveis utilizaram-se dois instrumentos: a escala “Perceived Overqualification” (POQ) desenvolvida por Johnson, Morrow e Johnson (2002) e a escala “The Job Crafting Questionnaire” (JCQ) desenvolvida por Slemp e Vella-Brodrick (2013), ambas adaptadas à população portuguesa. Os resultados obtidos permitiram confirmar parcialmente a hipótese formulada, demonstrando que a Sobrequalificação prediz comportamentos de job crafting, nomeadamente comportamentos relacionados com as tarefas e com as relações no local de trabalho.
- A aprendizagem significativa no Ensino Superior: A utilização de mapas de conceitos no curso de terapia ocupacionalPublication . Pestana, Susana Cristina Costa; Peixoto, FranciscoO presente trabalho inscreve-se na problemática da aprendizagem significativa em alunos do Ensino Superior. Centrámo-nos nos mapas de conceitos que representam uma estratégia de aprendizagem, assente na teoria da aprendizagem significativa de Ausubel, e que foram introduzidos no processo de ensino e aprendizagem dos alunos do Curso de Licenciatura em Terapia Ocupacional de um Instituto Politécnico. Como principais objetivos do presente trabalho pretendeu-se perceber se a introdução de mapas de conceitos como estratégia de aprendizagem, produzia mudanças no rendimento académico e na motivação intrínseca dos alunos. Pretendemos, também, perceber quais as competências de estudo mais utilizadas pelos alunos com a introdução dos mapas de conceitos como estratégia de aprendizagem. Concomitantemente, pretendeu-se perceber se a utilização dos mapas de conceitos interagia com as abordagens ao estudo, utilizadas pelos alunos, nos efeitos sobre o rendimento académico, a motivação intrínseca e as competências de estudo. Por último, pretendeu-se perceber a perceção de utilidade que os alunos tinham acerca deste instrumento de aprendizagem. O primeiro estudo incidiu na adaptação e análise das propriedades psicométricas dos instrumentos de medida utilizados, evidenciando propriedades psicométricas adequadas. O segundo estudo, consistiu num estudo quase-experimental com a participação de 60 alunos, 23 alunos num grupo experimental (que utilizaram mapas de conceitos como estratégia de aprendizagem) e 37 num grupo de controlo. No terceiro estudo participaram 17 alunos que fizeram parte do grupo experimental e que voltaram a utilizar os mapas de conceitos, como estratégia de aprendizagem, no ano letivo seguinte. Os resultados permitiram constatar que os mapas de conceitos produzem mudanças, ao longo do tempo, no rendimento académico dos alunos e que este efeito é independente das abordagens ao estudo utilizadas. Em ambos os estudos, verificou-se que os mapas de conceitos produzem mudanças nos níveis de motivação intrínseca dos alunos: no segundo estudo há uma diminuição nas quatro dimensões consideradas e, no terceiro estudo, a competência percebida e o prazer mantiveram-se ao longo do tempo, o valor aumentou e a escolha percebida diminuiu. Em ambos os estudos, constatou-se que foram as dimensões autorregulação comportamental e autorregulação cognitivo-motivacional as mais utilizadas pelos alunos na autorregulação da sua aprendizagem. Por último, em ambos os estudos, a perceção dos alunos é a de que a utilização dos mapas de conceitos é uma estratégia útil na sua aprendizagem, sob as mais diversas formas. Este estudo permitiu evidenciar que os mapas de conceitos representam uma estratégia de aprendizagem que pode ser utilizada pelos alunos do Ensino Superior, contribuindo para um melhor desempenho académico. No entanto, a sua introdução em anos iniciais, em que predomina a utilização de estratégias superficiais de aprendizagem, produz uma diminuição da motivação intrínseca, tendência que parece ser revertida com a utilização desta estratégia de aprendizagem no ano seguinte. Por outro lado, apesar da carga adicional de trabalho que os alunos referem como principal desvantagem, é também reconhecida por estes uma perceção de utilidade para a aprendizagem significativa.
- Revisão sistemática dos programas terapêuticos autoadministrados para a ansiedade e depressãoPublication . Ferreira, Maria João Luís Abrantes; Neto, David DiasAs perturbações da ansiedade e depressão são as mais comuns e para as quais existem diversas aplicações eletrónicas (apps) que visam facultar apoio. Embora promissoras, existem poucos estudos que as analisem à luz da qualidade, tipo de intervenção, investigação e adesão, e são normalmente disponibilizadas aplicações que, sendo direcionadas para a saúde mental, não são alvo de qualquer tipo de controlo de qualidade. Este estudo faz uma revisão sistemática dos programas autoadministrados (PA) existentes, para a ansiedade e depressão, e a existência ou não de sustentação científica. Registou-se uma lista de aplicações da Play Store e App Store. Das 1936 aplicações encontradas, apenas 99 foram ao encontro dos critérios de inclusão e analisadas. Criaram-se categorias de análise que permitiram assinalar a presença ou ausência de determinados elementos na descrição das aplicações. Da amostra recolhida, verificou-se que as aplicações para a depressão são em maior número que as da ansiedade, e apenas uma pequena porção da amostra é sustentada por investigação científica. Comparando as aplicações para a ansiedade e depressão, e as estudadas e não estudadas, face às quatro dimensões, são observadas semelhanças (e.g., base teórica) e diferenças pertinentes (e.g., caraterísticas dos PA). Apesar do potencial dos PA, são necessários parâmetros para a sua criação e para a avaliação da qualidade e do rigor, já que são direcionadas a uma população em estado de vulnerabilidade. De futuro, é importante definir que componentes são mais eficazes para determinadas perturbações.
- Deprimido e menos humano: o estudo da infrahumanização no contexto da depressãoPublication . Silva, Diogo Carvalho da; Martins, Ana Cristina CarvalhoAtualmente a depressão é uma das perturbações mentais mais comuns, tanto em Portugal, como globalmente. Sabendo que uma significativa percentagem de sujeitos sofre de depressão, torna-se relevante perceber como estes são percecionados pela restante sociedade. A literatura apresenta inúmeros resultados que nos deixa clara a existência de uma elevada estigmatização e discriminação perante a doença mental e, especificamente na depressão, os dados existentes na literatura, sugerem que são inúmeras as atitudes discriminantes perante o sujeito que sofre desta perturbação, desde atribuições de diversas características negativas, até ao elevado distanciamento social existente perante o mesmo. Tal sugere que, a possibilidade de negar essência humana a outros grupos que não o seu, ou seja, de considerar outgroups como menos humanos que o seu ingroup, através da atribuição diferencial de emoções unicamente humanas (infrahumanização), independentemente da sua valência, pode ser um processo de discriminação que exista perante o sujeito deprimido. Sabendo que os sujeitos, tanto da população clínica como da não-clínica, percecionam a depressão, como sendo uma perturbação emocional de carácter negativo, levanta-se a hipótese da existência de infrahumanização perante o sujeito deprimido, mas, com esta a ser dependente da valência das emoções. Com a exposição de dois distintos cenários (sujeito com depressão; sem depressão), previamente pré-testados, procurámos analisar essa hipótese. Os resultados provenientes dos 174 participantes indicaram que, para além de um maior distanciamento social, existiu, também, um efeito de infrahumanização perante o sujeito deprimido, dependente da valência das emoções. Estes e outros resultados são posteriormente discutidos à luz da literatura sobre distanciamento social, familiaridade com a depressão e, à luz do estudo da infrahumanização na esquizofrenia. Limitações do estudo são também discutidas, tal como, futuras investigações são fornecidas.