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- Validação do questionário sobre abuso sexual de crianças na população portuguesaPublication . Nabais, Inês Filipa Esteves; Ornelas, José H.Este estudo avalia a sensibilidade, fiabilidade e validade do Questionário Sobre Abuso Sexual de Crianças (QASC), na população portuguesa. O abuso sexual de crianças (ASC) é considerado um problema de saúde pública mundial, com impacto a vários níveis, pessoal, familiar, social e político. Ao validarmos esta escala, procuramos contribuir, para os estudos de ASC, tendo um instrumento que meça e operacionalize o ASC em Portugal. A nossa amostra é constituída por 190 jovens adultos portugueses, com idades compreendidas entre os 18 e 25 anos. Uma análise fatorial confirmatória foi realizada para observar a validade relacionada com o constructo do QASC, avaliou-se a fiabilidade para provar a consistência interna e também se analisou a sensibilidade. A análise fatorial confirmatória corroborou que o modelo de ajuste é configurado por dois fatores e oito itens, com as seguintes características: χ2/df = 2,531; GFI = 0,959; CFI = 0,977; e RMSEA = 0,090. A versão em português do QASC apresentou uma fiabilidade compósita boa em ambos os fatores (FC “ASC Genital” = 0,820; e FC “ASC Corpo” = 0,870). Também a validade convergente foi confirmada: VEM “ASC Genital” = 0,602468 e a VEM “ASC Corpo” = 0,71209. A sensibilidade da escala é baixa. A escala foi considerada válida e fiável, de acordo, com um modelo suportado por dois fatores na nossa amostra, e é um contributo para os investigadores ou profissionais que pretendam avaliar o abuso sexual de crianças, em contexto português.
- Avaliação do pocesso terapêutico numa perspetiva sistémicaPublication . Sílvia, Cristina Barroso de Sousa; Pereira, Maria GouveiaO presente estudo de caso tem como objetivo olhar sistemicamente para a estrutura e comunicação de duas famílias e perceber o impacto destas dimensões na construção da aliança terapêutica, nos recursos e nas dificuldades que evidenciam. Pretende-se ainda avaliar se alguns fatores observáveis no início de um processo terapêutico, tais como a coerência do pedido, a motivação para a mudança e a expectativa face à terapia, poderão influenciar a adesão ao processo terapêutico. A sua pertinência prende-se com a escassez de informação acerca do conhecimento científico na área da psicologia clínica sistémica. Para tal caracterizou-se e analisou-se um casal para quem a terapia foi considerada com sucesso e uma família que desistiu do seu processo terapêutico. O referencial teórico que sustentou este estudo foi a Teoria Estrutural de Minuchin, a Teoria da Comunicação de Watzlawick e o Modelo Circumplexo dos Sistemas Conjugais e Familiares de David Olson. Os instrumentos usados foram a Grelha de Caracterização das Famílias, o Genograma, o Systemic Clinical Outcome Routine Evaluation - SCORE-15 e o SOFTA-o Sistema Observação da Aliança em Terapia Familiar - (versão observacional). Os resultados demonstraram que níveis mais elevados de coesão e flexibilidade familiar potenciam a construção de uma aliança terapêutica e níveis mais baixos de coesão e flexibilidade familiar oferecem grande resistência à construção da mesma. As famílias cuja comunicação seja mais funcional dispõem de mais recursos e superam mais facilmente as dificuldades por oposição a quadros familiares com comunicações mais disfuncionais. A estrutura e a comunicação são fulcrais no processo terapêutico na medida em que estruturas familiares mais equilibradas, com processos comunicacionais mais funcionais, têm mais facilidade em potenciar os seus recursos, ultrapassar as dificuldades e construir a aliança terapêutica que aumenta a probabilidade de sucesso terapêutico. Sistemas familiares estruturalmente mais desequilibrados, com padrões comunicacionais pouco funcionais, têm mais dificuldade na otimização dos recursos, na superação das dificuldades e na construção da aliança terapêutica potenciando a rutura ou o abandono do processo terapêutico.
- Prevalência de abusos sexuais de crianças em PortugalPublication . Carsane, Patrícia Alexandra Pais; Ornelas, José H.O presente estudo tem como objetivo estudar a prevalência de abusos sexuais de crianças na população portuguesa. O estudo conta com 135 participantes, com uma idade compreendida entre os 18 e os 25 anos. Os participantes preencheram o questionário demográfico e o “Childhood Sexual Experiences Questionaire” (CSQE) de Altman (2005). Os resultados obtidos demonstram uma prevalência de abusos sexual de crianças de 23%. A taxa de prevalência no género feminino (19,3%) foi superior à taxa de prevalência no género masculino (3,7%). A idade de ocorrência do abuso varia entre os 5 e os 10 anos, sendo a idade média de 8,94 anos. Em relação à idade de fim do abuso, a média de idades é de 10,19 anos. Relativamente à idade do agressor, esta varia entre os 10 e os 68 anos, sendo a média de idades de 27,3 anos. Ao nível da ligação da criança com o agressor, uma percentagem de 48,4% dos agressores eram conhecidos pela criança. Constatou-se também que as situações sexuais mais identificadas foram: “Ser apalpado por cima da roupa” (94%) e “Alguém lhe mostrar os genitais” (74,2%).