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- Faz bem, faz mal, afinal o que faz? Efeito das atividades extracurriculares, sucesso académico e motivação em estudantes do ensino superiorPublication . Guerreiro, Frederico Abel Alves Dias de Oliveira; Peixoto, FranciscoA presente investigação teve como objetivo analisar os efeitos das Atividades Extracurriculares relativamente às variáveis sucesso académico, estilo de aprendizagem e motivação académica em estudantes do ensino superior. Participaram no estudo 249 estudantes do ensino superior Português a frequentarem diferentes cursos. De forma a medir o sucesso académico recorremos à média ponderada dos alunos no momento da entrega do questionário; a Escala de Motivação para Aprender de Boruchovitch (2008) de forma a medir os índices de Motivação académica e o IPE, Inventario de Processos de Estudo de Rosário, Mourão, Núñez, González-Pienda, Solano e Valle (2007) para analisar a variável estilo de aprendizagem. Quanto aos resultados obtidos, quando analisado o impacto da prática de Actividades Extracurriculares no sucesso académico, estilo de aprendizagem e Motivação académica, não foi possível encontrar qualquer efeito introduzido pela prática de Actividades Extracurriculares. No entanto, quando analisado o comprometimento com as Atividades Extracurriculares, surgem diferenças na motivação extrínseca, e em alguns dos itens relacionados com a abordagem profunda ao estudo. Face a estes resultados procuramos identificar motivos para os mesmos levantando questões quanto à forma de olhar para o estudo destes constructos.
- A reconstrução do EU de Kim Noble através do objeto artísticoPublication . São Boaventura, Sara Filipa Lago de; Delgado, Luís Manuel RomanoKim Noble é uma artística britânica diagnosticada com a Perturbação Dissociativa de Identidade, que até a data tem conhecimento de 20 alter-egos. Embora esta perturbação tenha vindo a ser estudada, existem algumas lacunas no modo de compreender como se repara/reconstrói o Eu, e por sua vez o objeto interno através do objeto artístico. Como tal, este estudo pretende compreender como a arte ajudou, terapeuticamente, na reconstrução do Eu fragmentado de Kim Noble. De forma a estudar o funcionamento psíquico de Kim Noble, realizou-se um estudo de caso segundo uma perspetiva psicodinâmica, com a realização de três análises: entrevista, autobiografia e 17 quadros por ordem cronológica de 14 alter-egos da artista. Nas análises verificamos a reparação do objeto interno e a reconstrução do Eu. Porém esta reconstrução não se revelou total, coesa e constante, dado que surgem, ainda, algumas defesas primitivas como a negação da realidade e a dissociação, dificultando a aceitação de si mesma, incluindo os traumas sexuais experienciados. Posto isto, obteve um Eu em mosaico, com uma ligação do uno e do múltiplo, na qual a Kim (uno) apenas consegue adaptar-se e viver com o auxilio dos alter-egos (múltiplo). Esta ligação e reconstrução do Eu apenas se revelou possível pela manutenção e coesão do ego corporal de Kim Noble, dado que verificou-se que durante o processo de fragmentação do Eu, Kim conseguiu manter estável o ego corporal, base esta para simbolizar, subliminar e reparar o Eu com o objeto artístico.
- Violência sexual no campus universitário portuguêsPublication . Passos, Daienne Silva; Ornelas, José H.A violência sexual no campus universitário é algo que tem vindo a aumentar com os anos, deste modo o presente estudo tem como objectivo caracterizar a incidência da violência sexual nas universidades portuguesas, visto os estudos nessa área serem escassos. A presente investigação contou com 144 participantes, com idades compreendidas entre os 18 e 25 anos. Os resultados obtidos foram elaborados com base nos casos que relataram algum tipo de actividade sexual não desejada, o que remete para uma percentagem de 27%, sendo na sua grande maioria do sexo feminino 77%. Com essa amostra percebemos que a maioria dos perpetrados são conhecidos das vítimas e que as mesmas nunca pediram ajuda aos órgãos competentes. No que diz respeito as consequências a nível académico 66,7% dos participantes referem ter tido algum impacto nesse contexto. Com as informações obtidas neste estudo fica claro a necessidade de intervenção juntos aos jovens, para que percebam os riscos que correm e como podem lidar com essas situações.
- A violência filioparental: Violência exercida pelos filhos contra os seus progenitoresPublication . Oliveira, Raquel Silva de; Ornelas, José H.Com o crescimento da incidência dos casos de violência filioparental, a comunidade científica tem se mostrado interessada em investigar esta problemática. Neste sentido, pretende-se estudar se determinadas características sociodemográficas têm maior influência em desenvolver comportamentos agressivos contra os seus progenitores e, se o facto de os jovens testemunharem direta ou indiretamente violência têm maior probabilidade de exercerem violência filioparental. A presente investigação envolveu 176 participantes, 116 do sexo feminino e 60 do sexo masculino, entre os 18 e os 25 anos de idade. Aos participantes foi pedido que respondessem ao Questionário de Agressão Parental (Calvete, Gamez-Guadix, Orue, Gonzalez-Diez, Lopez de Arroyabe, Sampedro, Pereira, Zubizarreta & Borrajo, 2013). Os resultados obtidos na investigação mostram que 10,8% dos participantes exercem violência filioparental; 52,6% afirma que vive numa família nuclear, ou seja, vive com ambos os pais. A forma de violência que prevalece é a violência psicológica. Tem maior incidência nas mães, mas as diferenças não são significativas entre os pais. Relativamente ao consumo de substâncias e à presença de problemas psicológicos não se verificaram diferenças significativas entre os participantes que exercem violência contra os seus progenitores. Ter testemunhado tem um efeito estatisticamente significativo na violência filioparental, enquanto que ter sido vítima de violência não tem um efeito estatisticamente significativo na violência filioparental. Pode-se concluir que é importante a divulgação desta problemática, existirem mais investigações para obter um conhecimento mais completo e rico, para poder criar medidas e programas preventivos.