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- O uso de sistemas de feedback em psicoterapia: Um estudo sobre a perspectiva da díade terapêuticaPublication . Cacilhas, Lígia de Freitas da Silva; Sousa, Daniel Cunha Monteiro deObjetivo: O uso de sistemas de feedback pode promover melhores resultados clínicos (Lambert & Shimokawa, 2011). As características e atitudes dos terapeutas e dos clientes moderam os efeitos dos sistemas de feedback (Lutz et al., 2015). Assim este estudo visa investigar a perspetiva da díade terapêutica face à utilização dos sistemas de feedback ao longo do acompanhamento psicológico. Método: Entrevistaram-se três díades terapêuticas, em acompanhamento psicológico com periodicidade semanal. Os dados foram recolhidos através da Entrevista de Mudança Psicoterapêutica do Cliente (Sales et al., 2007) e da Entrevista de Mudança Psicoterapêutica do Terapeuta. O estudo é qualitativo, e a análise dos dados seguiu a metodologia fenomenológica de Giorgi (2009). Resultados: Clientes e clínicos destacaram o impacto dos sistemas de feedback no processo terapêutico. Para os clientes, os sistemas promovem o diálogo; para os clínicos promovem maior compreensão dos clientes e favorecem o julgamento clínico e a tomada de decisão. Conclusões: Os sistemas de feedback parecem ser um instrumento útil no processo terapêutico. Também os psicólogos clínicos e psicoterapeutas em formação, bem como os supervisandos parecem beneficiar com o uso de sistemas de feedback.
- Pelo olhar da díade: O terapeuta, o sistema de feedback e a sua interacção no processo de mudançaPublication . Almeida, Catarina Silva Serrano De; Sousa, Daniel Cunha Monteiro deProblema: Os benefícios gerais da psicoterapia têm sido consistentemente comprovados na literatura. Apesar da variabilidade dos resultados terapêuticos se dever mais ao terapeuta do que à abordagem utilizada, esta tem sido apontada como a variável negligenciada na investigação. Os sistemas de feedback têm demonstrado a sua eficiência em promover melhores resultados terapêuticos. Contudo, a literatura tem enfatizado problemas de implementação, em particular, alguns terapeutas não tiram o melhor partido desta ferramenta. Apesar de alguns factores do terapeuta se correlacionarem com melhores resultados terapêuticos, ainda não é claro como contribuem para o atingir de mudanças, nem como moderam os sistemas de feedback. Objectivo: Esta investigação visa aceder à perspectiva do terapeuta e do cliente sobre factores potenciadores da mudança terapêutica, focando-se no terapeuta, no sistema de feedback e na sua interacção. Método: Foram seleccionadas três díades terapêuticas, que realizaram um processo terapêutico semanal de catorze sessões. Os principais instrumentos para recolha de dados foram o protocolo da Entrevista de Mudança Psicoterapêutica do Cliente (Sales et al., 2007) e a Entrevista de Mudança Psicoterapêutica do Terapeuta. Os dados foram analisados segundo a metodologia qualitativa e fenomenológica de Giorgi (2009). Resultados: A comunicação, disponibilidade e presença do terapeuta associada à comunicação, monitorização e adaptação ao cliente facilitada pelo sistema de feedback foram considerados importantes para a mudança. Conclusões: O sistema de feedback utilizado por um terapeuta com competências relacionais parece auxiliar na mudança do cliente.
- Um olhar sobre as perspectivas do cliente e do terapeuta acerca do uso dos sistemas de feedback em psicoterapiaPublication . Sousa, Joana Iglésias Fonseca de; Sousa, Daniel Cunha Monteiro deObjectivo: Várias investigações científicas, incluindo meta-análises, já demonstraram os benefícios do estudo dos sistemas de feedback. Ainda assim, há uma escassez de informação no que diz respeito aos factores que possam influenciar o efeito dos sistemas de feedback. Por existirem estudos que indicam que os resultados possam também ser influenciados pelos efeitos do terapeuta, propomos investigar as perspectivas do cliente e dos terapeutas em relação ao uso dos sistemas de feedback. Método: Foram realizadas entrevistas qualitativas a dois clientes e os seus respectivos terapeutas, perfazendo um total de quatro participantes. Com o intuito de analisar em profundidade estas entrevistas, recorreu-se a uma metodologia qualitativa, mais precisamente o método fenomenológico de investigação de Giorgi (2009). Resultados: Como resultado da análise das entrevistas, fora encontradas dimensões comuns aos participantes. Apesar de existirem discrepâncias acerca da atitude perante os sistemas de feedback os clientes estão de acordo ao referirem os sistemas de feedback como sendo pouco fiáveis mas, ainda assim, servem como um guia da evolução clínica. Quanto aos terapeutas, é igualmente notória a sua diferença na atitude perante os sistemas de feedback, o que influencia também a maneira diferente como ambos o utilizavam em terapia. Conclusões: Os nossos resultados apontam para o facto da atitude dos terapeutas perante os sistemas de feedback predizerem a utilização dos mesmos em terapia. Foram ainda apontados a falta de experiência, falta de prática e incapacidade para transmitir uma cultura de feedback ao cliente, como barreiras para o sucesso na utilização dos sistemas de feedback.
- Angústia perante a morte: um estudo com agentes funeráriosPublication . Santos, Wilson Ferreira; Rodrigues, Vitor AmorimO tema da morte e da ansiedade perante a morte remete para uma preocupação universal. Inicialmente pouco explorado, surge hoje em dia como um dos temas mais abordados na investigação, embora com resultados contraditórios, devidos em parte à dificuldade na definição do conceito e na explicação da origem do mesmo. Ao mesmo tempo, a ansiedade perante a morte situa-se no âmago da teoria existencialista definida como angústia e é encarado o poder transformador da mesma. No sentido de aceder a uma compreensão mais rica do fenómeno na forma como o mesmo se manifesta em agentes funerários, bem como colmatar a ausência de estudos qualitativos em Portugal com esta população foram efetuadas cinco entrevistas a agentes funerários e analisadas segundo o método IPA. Foram analisados os resultados e confrontados com a literatura, salientando-se os temas da autenticidade, do evitamento e do ser-para-a-morte.