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- Crenças sobre práticas de saúde: Razões de recurso a medicinas alternativas e complementares (mac) e autoeficáciaPublication . Arruda, Maria Helena Furtado; Leal, Isabel PereiraAs crenças sobre as diferentes práticas de saúde é uma temática que ainda carece de investigação, nomeadamente em Portugal. É relevante estudar estas crenças e as razões de recurso às MAC de forma a otimizar a utilização das diferentes práticas e a promover uma melhor comunicação entre profissionais de saúde e pacientes. A autoeficácia, apesar de ter uma função motivacional e influenciar as escolhas comportamentais na área da saúde, ainda não foi estudada enquanto possível fator influente na utilização de MAC. Este estudo exploratório tem como principais objetivos avaliar as crenças sobre práticas de saúde e comparar as mesmas entre utilizadores e não utilizadores de MAC. Pretende-se comparar o nível de autoeficácia percebida entre estes dois grupos e entre utilizadores de MAC regulares e os ocasionais, os que utilizaram apenas uma vez e os antigos utilizadores. A amostra é constituída por 369 participantes, entre os 18 e os 82 anos, incluindo utilizadores e não utilizadores de MAC. Para a realização deste estudo foi necessário a construção de uma Escala de Crenças sobre Práticas de Saúde. Os resultados demonstraram diferenças significativas entre as crenças dos utilizadores de MAC e as dos não utilizadores, tendo os primeiros apresentado um maior número de crenças relativamente aos benefícios das MAC. Ambos os grupos não evidenciaram, no geral, preocupações em relação aos tratamentos das MAC. Apesar de não se verificar, no global, diferenças significativas no nível de autoeficácia entre utilizadores e não utilizadores de MAC, as mesmas foram observadas entre utilizadores regulares e antigos utilizadores.
- A diferenciação pedagógica no contexto de sala de aulaPublication . Raposo, Mariana Ribeiro Telles Andrade; Morgado, JoséO atual relatório foi realizado no âmbito da Prática Supervisionada em 1º Ciclo do Ensino Básico, no ano letivo 2018/2019. A prática decorreu numa instituição privada, numa sala de 2º ano do Ensino Básico. A turma era composta por 19 alunos – 10 rapazes e 9 raparigas, todos eles de nacionalidade portuguesa. Neste contexto, percebi que todas as crianças tinham oportunidade para aprender, independentemente das suas diferenças. Eram estas diferenças que moviam as aprendizagens da sala para apoiar um ensino de qualidade no dia a dia. Assim, fiquei motivada para compreender quais eram os elementos essências a ter em conta numa sala de aula que acolhe a diferenciação pedagógica no seu processo de ensino e aprendizagem e perceber como era o papel do professor, como promotor e regulador dessas diferenças. A metodologia utilizada para a realização deste relatório é a investigação qualitativa. Os instrumentos utilizados foram a observação livre e sistemática, através de grelhas de observação. Assim, a análise dos resultados, pretende dar resposta às questões colocadas, numa perspetiva de entender não só o papel do professor na resposta às necessidades de cada aluno no contexto de aprendizagem, como também as diferentes perspetivas que devem ser tidas em conta para alcançar um ensino de qualidade aceitando e respeitando as diferenças que cada criança trás para dentro da sala.
- Motivação para a matemática: sua relação com as necessidades básicas psicológicas de autonomia, suporte e competênciaPublication . Taborda, Carolina Menezes Ferreira; Monteiro, VeraO presente estudo tem como objectivos analisar as relações entre a motivação para a matemática e as necessidades psicológicas básicas de Autonomia, Competência e Proximidade/Suporte do professor, e ainda analisar a relação entre a Motivação Intrínseca nesta disciplina com o género e o desempenho académico dos alunos. Participaram neste estudo 123 alunos que frequentavam o 8º ano de escolaridade de várias escolas privadas do distrito de Lisboa. Os instrumentos utilizados foram a escala “Porque é que eu faço as coisas” (SRQ-A), “O que sinto em relação à matemática” (BPNS) e o “Suporte do professor em sala de aula” (LCQ). Os resultados obtidos revelam correlações significativas e positivas entre a Motivação Instrínseca e as necessidades psicológicas básicas de Percepção de Competência, Percepção de Autonomia e Percepção de Proximidade/Suporte. Relativamente ao género, as raparigas apresentaram níveis mais elevados de Motivação Intrínseca comparativamente aos rapazes. No que respeita ao desempenho, foram encontradas diferenças significativas entre esta variável e a Motivação Intrínseca sendo que os melhores alunos apresentaram valores motivacionais intrínsecos mais elevados do que os piores alunos.
- Crescimento pós-traumático e crenças centrais em mulheres com cancro da mama : Um programa de intervençãoPublication . Ramos, Ana Catarina Marques Barge; Leal, Isabel Pereira; Tedeschi, Richard G.O cancro da mama, compreendido como um acontecimento traumático, pode potenciar diversas reacções negativas como respostas individuais ao processo de doença. Porém, na literatura, aumenta a evidência de mudanças positivas que ocorrem como resultado do coping individual com o cancro da mama - Crescimento Pós-Traumático (CPT). Diversos factores contribuem para o desenvolvimento de CPT, tais como, stress do acontecimento, disrupção de crenças centrais, ruminação intrusiva e deliberada, suporte social e expressão emocional. A intervenção em grupo potencia a reconstrução cognitiva, a expressão emocional e a percepção de crescimento individual após a doença oncológica. A presente investigação foi desenvolvida com os seguintes objectivos: a) implementação e avaliação de uma intervenção em grupo para facilitar o CPT; b) estudo do modelo de CPT, introduzindo novas variáveis: o stress do acontecimento e a percepção de doença; c) exploração dos factores que predizem a disrupção de crenças centrais. A amostra foi constituída por 205 mulheres (M = 54,32 anos; DP = 10,05) com diagnóstico de cancro da mama não metastático, divididas em grupo de controlo (n = 147) e grupo experimental (n = 58). A intervenção em grupo teve uma duração de 8 semanas e periodicidade semanal, e teve como principal objectivo a promoção de CPT. A avaliação das variáveis psicossociais (CPT, stress do acontecimento, sintomas de Perturbação Pós-Stress Traumático, disrupção de crenças centrais, ruminação, suporte social e expressão emocional) ocorreu em três momentos: baseline, 6 meses (após intervenção) e 12 meses depois (followup). Os instrumentos não aferidos para a população portuguesa foram validados no presente estudo. Os resultados do Modelo de Crescimento Latente evidenciaram um crescimento significativo de CPT desde o primeiro para o terceiro momento de avaliação, sendo que a participação no grupo de intervenção determina o aumento de CPT. Os resultados do Modelo de Equações Estruturais demonstraram que o stress do acontecimento e a percepção de doença contribuem para o modelo de CPT. A disrupção de crenças centrais é o principal preditor de CPT, sendo mediado pela ruminação intrusiva e deliberada. No âmbito da análise dos factores preditores da disrupção de crenças centrais, os resultados demonstraram que o stress do acontecimento, sintomas de Perturbação Pós-Stress Traumático, percepção de doença e realização de mastectomia são factores que conduzem à disrupção de crenças centrais. Em conclusão, esta investigação com desenho longitudinal proporciona importantes evidências empíricas sobre a eficácia desta intervenção em grupo no aumento de CPT, repercutindo-se em possíveis implicações sobre a viabilidade da aplicação desta intervenção em contexto hospitalar. A inclusão do stress e da representação emocional e cognitiva da doença no modelo de CPT evidencia a relevância de considerar estas variáveis em futuros estudos sobre CPT.
