Browsing by Issue Date, starting with "2015-09"
Now showing 1 - 7 of 7
Results Per Page
Sort Options
- Representações de vinculação e qualidade do brincar interativo em crianças em idade pré-escolarPublication . Figueiredo, Mafalda; Gatinho, Ana Rita dos Santos; Torres, Nuno; Pinto, Alexandra; Santos, António J.; Veríssimo, ManuelaResumo: Durante o período pré-escolar as relações que a criança estabelece com os principais cuidadores e com os pares são de importância fundamental para o seu desenvolvimento socio emocional. Contudo, são poucos os estudos acerca da relação entre a qualidade da vinculação e a forma como as crianças brincam com os pares. Pretende-se com este estudo investigar a associação entre as representações de vinculação de crianças pré-escolares e diferentes dimensões do jogo interativo das mesmas. Participaram 66 crianças, entre os 4 e os 5 anos de idade, e respetivas educadoras, de duas escolas distintas. A qualidade das representações de vinculação foi acedida através do Attachment Story Completion Task (ASCT), cujas histórias foram codificadas por três investigadores “cegos”. Os comportamentos de jogo interativo em contexto pré-escolar foram reportados pelas educadoras através da Penn Interactive Peer Play Scale (PIPPS). Detetou-se uma associação positiva estatisticamente significativa entre a Segurança das representações de vinculação e a Interação Positiva com os Pares e associações significativas negativas entre a Segurança e a Disrupção e a Segurança e a Desconexão. Os nossos resultados evidenciam a associação entre relações seguras de vinculação e o modo como as crianças interagem ludicamente com os pares.
- Influência da familiaridade com procedimentos judiciais de interrogatório na sugestionabilidade interrogativa de reclusos reincidentesPublication . Penajoia, Marta Sofia; Pinho, Maria Salomé; Dias, Isabel TeixeiraResumo: Reconhecida a necessidade de um estudo mais rigoroso e fundamentado de factores que influenciam a exactidão dos testemunhos em contextos forenses, temos assistido a um interesse crescente, por parte da comunidade científica, pelas condições de ocorrência da sugestionabilidade interrogativa. O presente estudo teve como objetivo examinar se o contacto com procedimentos de inquirição usados pelo sistema de justiça criminal afeta a sugestionabilidade interrogativa, avaliada pela Escala de Sugestionabilidade de Gudjonsson 1 (GSS 1). Foi também analisada a relação entre a sugestionabilidade interrogativa e outras variáveis psicológicas, designadamente a inteligência não-verbal, neuroticismo, desejabilidade social e simulação ou esforço insuficiente. Recrutaram-se dois grupos de indivíduosadultos, sendo um deles constituído por 42 reclusos com várias condenações e o outro por 42 sujeitos que nunca foram submetidos a inquirições judiciais. A ambos os grupos foram administrados, individualmente, além da GSS 1, os seguintes instrumentos: Matrizes Progressivas Estandardizadas de Raven, Inventário dos Cinco Fatores NEO, Escala de Desejabilidade Social de Marlowe-Crowne e Test of Memory Malingering. Os reclusos reincidentes revelaram menor sugestionabilidade interrogativa comparativamente aos sujeitos sem contacto com inquirições judiciais. Foram apenas observadas correlações significativas entre sugestionabilidade interrogativa e inteligência não-verbal e desejabilidade social, apresentando características diferenciadas em ambos os grupos. Estes resultados sugerem que estas variáveis devem ser tidas em consideração no momento da avaliação da credibilidade de depoimentos e confissões.
- Representações sociais da velhicePublication . Daniel, Fernanda; Antunes, Anna; Amaral, InêsResumo: O estudo analisa as representações da velhice a partir de uma amostra de pessoas idosas e de cuidadores/as formais. Os instrumentos utilizados na recolha dos dados foram o Inquérito por Questionário e o Teste de Associação Livre de Palavras. A hipótese de trabalho que formulámos é a de que a representação da velhice, sendo uma construção social, traduz uma conceptualização negativa induzida pela consciência coletiva da sociedade marcadamente caracterizada por uma ideia negativa da velhice enquanto figuração do fim da vida ativa. Em concordância com a nossa hipótese de trabalho, os resultados revelam a prevalência de estereotipia idadista associando-se a velhice, em ambos os grupos investigados, a atributos de cariz negativo nomeadamente solidão, doença e dependência. As representações aferidas não serão alheias ao modelo societário que é maléfico para a velhice, onde se rejeita o que é velho (Bosi, 1983). É, contudo, nossa convicção que as melhorias verificadas na qualidade de vida, a par da nova narrativa discursiva do envelhecimento (produtivo, saudável, bem-sucedido, positivo e ativo), poderão vir a metamorfosear o campo representacional da “velhice” aligeirando a sua carga negativa.
- Conciliação família-trabalho vivida a dois : um estudo qualitativo com casais com filhos pequenosPublication . Mendonça, Mariana; Matos, Paula M.Resumo: O presente estudo, de caráter exploratório, pretende conhecer o modo como casais com crianças pequenas conciliam a vida profissional e familiar, recorrendo a uma metodologia qualitativa. A amostra foi constituída por 8 casais de duplo emprego, 16 participantes, com filhos na primeira infância ou em idade pré-escolar, com os quais foi realizada individualmente uma entrevista semiestruturada, construída para o efeito. Na análise de conteúdo utilizou-se o QSR NVivo 8. Os resultados apontam para a existência de experiências de compensação, segmentação e sobretudo de interferência na conciliação entre o trabalho e a família. Para além das estratégias mais funcionais, emergiram nos discursos outras do domínio da intimidade, nomeadamente, a importância da atenção e respeito pelo outro, da autenticidade e do self-disclosure para um equilíbrio positivo do envolvimento familiar e profissional. O parceiro romântico é descrito como base segura e porto seguro, sugerindo que a vinculação ao companheiro amoroso e a intimidade têm um papel relevante no processo de conciliação trabalho-família.
- The prevalence of personality disorders in Portuguese male prison inmates : implications for penitentiary treatmentPublication . Brazão, N.; da Motta, Carolina; Rijo, Daniel; Pinto-Gouveia, JoséAbstract: Prison inmates are known to be a population with a high prevalence of mental disorders. Most of these disorders are chronic and difficult to treat, particularly in what concerns Cluster B Personality Disorders, which prevalence in forensic samples are even higher than in the general population. This study assesses the prevalence of Personality Disorders in a sample of 294 Portuguese male prison inmates, interviewed with the Structured Clinical Interview for DSM-IV Axis II Personality Disorders (SCID-II). The results showed a global prevalence rate of 79.9%, with 42.8% of the participants diagnosed with Antisocial Personality Disorder as the main diagnosis. Paranoid, Passive-Aggressive, Borderline, and Narcissistic Personality Disorders were the most common comorbid diagnosis associated with Antisocial Personality Disorder. These results strongly suggest that Personality Disorders should be taken into account when deciding and planning the intervention inside prison.
- A confiança em testemunhas : o papel das diferenças individuaisPublication . Fundinho, João; Luna, Karlos; Albuquerque, Pedro B.Resumo: Por vezes, a confiança com que uma testemunha recorda um crime relaciona-se com a exatidão da recordação. A investigação sugere que esta relação é complexa e pode ser influenciada por diferenças individuais. Neste estudo procurou-se perceber qual a influência da autoestima, impulsividade e tipo de tomada de decisão nesta relação. No procedimento apresentou-se um vídeo de um assalto, questões sobre este, e pediu-se a atribuição de julgamentos de confiança sobre as respostas. Os participantes responderam e julgaram também questões de conhecimento geral e responderam a escalas de autoestima (Rosemberg Self-esteem Scale), impulsividade (Barratt Impulsiveness Scale) e tipo de tomada de decisão (Cognitive Reflection Test). Os resultados revelam não haver influência das variáveis estudadas na calibração, sobreconfiança e exatidão das respostas, e também mostram maior subconfiança em questões de conhecimento geral comparativamente com as questões de testemunho. Os resultados indicam também que os participantes que utilizam um processo mais racional nas suas tomadas de decisão (sistema 2) apresentam maior exatidão e confiança do que os participantes que utilizam um processo mais intuitivo (sistema 1).
- Implicações da vinculação amorosa e suporte social na autoestima em jovens universitáriosPublication . Freitas, Vânia; Mota, Catarina PinheiroResumo: O estudo debruça-se sobre a vinculação amorosa e a perceção de suporte social no desenvolvimento da autoestima dos jovens. A amostra é composta por 334 jovens universitários, de ambos os géneros, com idades entre os 18 e os 25 anos. O método utilizado para recolha de dados foi uma análise quantitativa. Os instrumentos utilizados, o Social Support Appraisals, o Questionário de Vinculação Amorosa e o Rosenberg Self-Esteem Scale revelaram qualidades psicométricas adequadas. Os resultados sugerem correlações positivas e negativas entre as principais variáveis de vinculação amorosa, suporte social e autoestima. A ambivalência e a dependência (na vinculação ao par romântico) sugerem um efeito negativo sobre a autoestima, ao invés da perceção de apoio dos professores que apresenta um efeito positivo na autoestima. Constatou-se também que a vinculação amorosa exerce o seu papel moderador na associação entre a perceção de suporte social e a autoestima.