Browsing by Author "Pratas, Maria Helena Guerra"
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- Desenvolvimento pleno e harmonioso da personalidade: Utopia ou educação de qualidade?Publication . Pratas, Maria Helena GuerraEsta comunicação analisa alguns normativos, que apontam para um sistema educativo que deve favorecer “o desenvolvimento pleno e harmonioso da personalidade dos indivíduos”e “contribuir para a realização do educando, através do pleno desenvolvimento da personalidade, da formação do carácter e da cidadania, preparando-o para uma reflexão consciente sobre os valores espirituais, estéticos, morais e cívicos” (LBSE, art. 2º e alínea b do art. 3º). Também o Relatório da Unesco sobre a Educação para o século XXI, aponta 4 pilares da Educação, entendida como uma tarefa global a realizar ao longo da vida. Estes pilares são, como é sabido: “aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser” (Delors, 1996: 77). Embora a legislação e as orientações educativas tenham como objectivo o desenvolvimento integral da pessoa e uma educação de qualidade, - independentemente do contexto - na realidade, como salienta Fernandez (2001) – apesar das boas intenções, enunciadas nos projectos educativos - é duvidoso que esse objectivo corresponda a um plano homogéneo, bem estruturado, por parte da grande maioria das escolas. Reflecte-se criticamente sobre os objectivos enunciados, salientando lacunas evidentes: uma formação intelectual fragmentária, a educação da vontade frequentemente ignorada (Marina e Pujals, 1988), a educação ética quase ausente, a educação da afectividade e da liberdade deixadas à deriva.
- Parceria escola-família, contributo para a inclusão.Publication . Pratas, Maria Helena Guerra; Silva, FilomenaMuitas crianças e jovens imigrantes têm insucesso escolar porque os currículos e os professores não estão preparados para respeitar e valorizar as diferenças linguísticas e culturais (Marques, 1997). Como consequência dessa lacuna, surge a desmotivação, a ausência e o abandono escolar precoce. Do envolvimento das famílias depende, em boa parte, o aproveitamento escolar dos alunos (Henderson,1987, Epstein, 1997, Davies et al., 1997, Zenhas, 2006, Sanches, 2007, Villas–Boas, 2000, Carvalho et al., 2006). O presente trabalho desenvolve-se no âmbito da implementação de um projecto de mediação familiar em contexto escolar. O objecto deste estudo é a análise de um estudo de caso: um Projecto de mediação familiar numa escola de Lisboa, num Território Educativo de Intervenção Prioritária (TEIP) com alunos provenientes de famílias imigrantes de diversas nacionalidades e de vários níveis socioeconómicos e culturais. Teve como objectivo identificar e descrever as estratégias implementadas com vista à promoção do maior envolvimento das famílias na vida escolar dos alunos, especialmente dos que se encontravam em risco do insucesso escolar, e verificar o seu impacto. A metodologia incluiu a realização de entrevistas, a observação de campo e análises documentais. Os resultados mostraram que a implementação de projectos nas escolas funciona como um instrumento de inclusão e inserção da comunidade em geral e dos jovens em particular. O maior envolvimento familiar promove a coresponsabilização no desenvolvimento escolar e social dos filhos, minimiza o insucesso e o abandono escolar, e contribui ainda para uma efectiva melhoria na inclusão e no bem-estar das próprias famílias.
- A resolução de conflitos na formação de professores: Compreender as necessidades dos docentesPublication . Pratas, Maria Helena Guerra; Horta, Inês; Amado, NunoA problemática da violência escolar levanta questões sobre a preparação dos docentes para intervir em situações de conflito, uma vez que as crianças precisam de ser ajudadas neste sentido. Assim, a escola deve ter um papel importante na prevenção, reduzindo o risco de os alunos se tornarem violentos (Cowie, Dawn & Sharp, 2003). A resolução de conflitos pode ser definida como a resolução de um problema para que o conflito termine, considerando alguns autores a Educação para a Paz uma estratégia chave no estabelecimento consensual e duradouro da paz (Johnson & Johnson, 2005). Neste contexto, a presente comunicação insere-se num estudo que pretende desenvolver e implementar um programa de resolução de conflitos que permita aos docentes de Educação Pré-Escolar promover o desenvolvimento de competências sociais e emocionais em crianças em idade pré-escolar. Especificamente, pretende-se compreender: o que os docentes pensam sobre conflitos e resolução de conflitos, como resolvem os conflitos nas suas salas; que métodos ou estratégias usam e que dificuldades sentem na aplicação de estratégias de resolução de conflitos. Para alcançar estes objectivos foi desenvolvido um questionário, que está a ser aplicado em diversos países a docentes de Educação Pré-escolar. Apresentamos neste estudo os primeiros resultados que estão a ser recolhidos em Portugal e que pretendem contribuir para a elaboração de um programa de resolução de conflitos através da educação para a paz, que terá implicações significativas na formação de professores e nas escolas.