Browsing by Author "Matos, Marlene"
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- Crenças e atitudes dos atletas universitários face à violência sexual no namoroPublication . Peixoto, Judite; Machado, Carla; Matos, MarleneNos últimos anos tem aumentado o interesse da investigação empírica pelo papel dos atletas universitários na perpetração de atos de violência sexual contra as mulheres. Estudos internacionais apontam consistentemente para a sobre representação dos atletas universitários como perpetradores frequentes de agressões sexuais nas relações de namoro. Assim, a participação atlética parece desempenhar um papel significativo na adesão a mitos socioculturais e a atitudes estereotipadas de género, assumindo-se como um importante preditor para a prática de atos sexualmente abusivos. Com este estudo exploratório procurámos analisar as diferenças entre dois grupos de estudantes universitários do sexo masculino, atletas e não atletas, quanto ao grau e tipo de crenças de tolerância/aceitação face à violência sexual no contexto das suas relações amorosas não conjugais (namoro). Para tal, utilizámos a Escala de Crenças sobre a Violação, que foi administrada a uma amostra total de 100 participantes do sexo masculino (50 atletas - praticantes de modalidades desportivas de contacto -, e 50 não atletas). Os resultados obtidos indicam que os atletas universitários não apresentam níveis globais superiores de legitimação da violência sexual na intimidade, embora evidenciem, tal como os não atletas, um nível médio superior de legitimação da violência sexual em torno do fator consentimento feminino. Este dado corrobora a asserção de que há uma dificuldade significativa em se perceber os contactos sexuais ocorridos na intimidade como podendo ser não consentidos e em se culpabilizar as mulheres pela sua ocorrência, aumentando assim a probabilidade de perpetração de atos sexuais abusivos. É, assim, importante desenvolver-se, futuramente, programas educativos de prevenção da violência sexual no namoro focados nas dimensões cognitivo-atitudinais, dirigidos à população universitária atlética.
- Interacção terapêutica em momentos de ambivalência : Um estudo exploratório de um caso de insucessoPublication . Gonçalves, Miguel M.; Loura, Joana; Ribeiro, Antonio P.; Ribeiro, Eugénia; Santos, Anita; Matos, MarleneNo processo psicoterapêutico a mudança constrói-se através da emergência e expansão de excepções ao funcionamento problemático do cliente. Contudo, o potencial de mudança destas excepções ou inovações pode ser abortado através da atenuação do seu significado quando o cliente as desvaloriza, trivializa ou nega. Quando este processo se repete ao longo da terapia estamos na presença de ambivalência, na medida em que ocorre uma oscilação recorrente entre duas posições opostas (inovação-retorno ao funcionamento problemático). O presente estudo exploratório tem como principal objectivo descrever a interacção terapêutica nestes momentos de ambivalência, num caso de insucesso psicoterapêutico, recorrendo ao Sistema de Codificação da Colaboração Terapêutica. Os resultados sugerem que a ambivalência emerge maioritariamente no seguimento de intervenções em que a terapeuta desafia a perspectiva habitual da cliente. Os resultados mostram ainda que a terapeuta tende a responder à ambivalência da cliente com um novo desafio, sendo que a cliente tende a expressar novamente ambivalência ou a discordar da terapeuta. Deste modo, quando a terapeuta persiste no desafio verifica-se frequentemente uma escalada no desconforto da cliente, que se manifesta na evolução de uma resposta de ambivalência para uma resposta de invalidação por parte da cliente.
- Intervenção em grupo com vítimas de violência doméstica : Uma revisão da sua eficáciaPublication . Matos, Marlene; Machado, Andreia; Santos, Anita; Machado, CarlaApós o reconhecimento social, a violência doméstica tem adquirido progressivamente uma expressão significativa nas estatísticas criminais no nosso país. Paralelamente, atendendo aos elevados custos que habitualmente estão associados a esta experiência (e.g., saúde física e psicológica), a actuação de profissionais especializados nesta área foi assumindo cada vez mais relevância, constituindo-se a mulher vítima como um dos principais alvos da intervenção. Nesse contexto, assistiu-se nos últimos anos ao desenvolvimento de diferentes modalidades psicoterapêuticas dirigidas a essa população, entre as quais a intervenção em grupo. O objectivo deste trabalho consiste, pois, em sistematizar o conhecimento actual sobre a eficácia da intervenção em grupo com mulheres vítimas desse tipo de violência, reflectindo criticamente sobre as suas potencialidades. Após uma revisão da literatura internacional (e.g., Cox & Stolberg, 1991; McBride, 2001; Rinfret-Raynor & Cantin, 1997; Tutty, Bidgood, & Rothery, 1993), constata-se que essa é uma das mais comuns modalidades de intervenção facultadas às vítimas, revelando-se útil e com grande impacto junto dessas mulheres (e.g., Trimpey, 1989, citado por McBride, 2001; Tutty et al., 1993). Finalmente, a partir dos estudos disponíveis, apontamos os principais desafios no desenvolvimento de estudos empíricos neste contexto, bem como algumas implicações práticas para a implementação de intervenções em grupo com esta população.
- Número de homenagem a Carla Machado : Nota de aberturaPublication . Matos, Marlene; Gonçalves, Rui AbrunhosaAtravés deste número especial, pretendemos homenagear Carla Machado, uma autora de referência incontornável na sua área de conhecimento, a Psicologia da Justiça. Fortemente empenhada com a ciência nacional, a Carla marcou a agenda académica e científica dos últimos 20 anos e os seus contributos permanecerão no trabalho de todos aqueles que se dedicam a esta área do saber. É da sua autoria um conjunto de publicações nacionais pioneiras no domínio da Vitimologia (“Novas formas de vitimação criminal”) e na Psicologia Forense (“Manual de Psicologia Forense”).
- Vitimação por stalking: Preditores do medoPublication . Matos, Marlene; Grangeia, Helena; Célia, FerreiraEste artigo pretende reflectir sobre uma realidade ainda pouco conhecida no contexto nacional – o stalking – e analisar os factores que concorrem para o sentimento de medo face a esta experiência de vitimação. O estudo foi conduzido junto de uma amostra de 236 participantes que relataram ter sido alvo de stalking em algum momento das suas vidas. O sexo e a idade da vítima, assim como ser alvo de vigilância pelo stalker emergiram como preditores do medo face a este tipo de vitimação. Os resultados sugerem que os efeitos deste tipo de violência devem ser compreendidos e localizados no tecido sócio-cultural, sendo necessário um maior investimento ao nível da investigação e das práticas para fazer face a este fenómeno.