Browsing by Author "Marques, Teresa Marques Pereira Faria dos Santos"
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- A avaliação do stresse: A propósito de um estudo de adaptação da escala de percepção de stressePublication . Ribeiro, José Luís Pais; Marques, Teresa Marques Pereira Faria dos SantosO objectivo do presente estudo é discutir a avaliação do stresse. Utilizamos como pretexto o estudo de adaptação da Perceived Stress Scale e, na continuação da discussão iniciada há mais de 20 anos, contribuir para a discussão do conceito de stresse e do modo de o avaliar. A escala estudada, é uma das mais utilizadas quer em Portugal quer no mundo, mas, em Portugal são escassos os dados de validação. Na sua versão portuguesa, a escala perde um dos itens ficando com 13 dos 14 itens. As propriedades métricas apresentam características idênticas à original podendo considerar-se que avalia do mesmo modo o mesmo construto. No entanto o presente estudo tem um número de participantes reduzido, o que limita os resultados sobre as propriedades da versão em estudo. De qualquer modo os resultados são muito semelhantes aos de outras versões em Português e de outras versões publicadas noutros idiomas. Permanece a questão básica de avaliação deste construto que é: estamos a avaliar o stresse? ------ ABSTRACT ------ The aim of the present study is to discuss the assessment of stress.We use as a pretext the study of the adaptation of the Perceived Stress Scale. The study of the Portuguese version keeps 13 of the 14 original items. Results show that metric properties of the Portuguese version are similar to the original version. Then we can consider that the Portuguese version assesses the same construct as the original scale. However, it continues to be an important issue the way psychologists use to assess the stress, frequently ignoring the conceptual support of the stress measure used.
- Relação entre variáveis psicológicas: Exaustão vital, stress, fadiga e depressãoPublication . Marques, Teresa Marques Pereira Faria dos Santos; Ribeiro, José Luís PaisA Exaustão Vital é um estado caracterizado por uma fadiga fora do comum, um aumento da irritabilidade e sentimentos de desmoralização, que tem vindo a ser evidenciado como sendo preditivo, a curto prazo, de enfarte do miocárdio e de morte súbita. Este conceito relativamente recente toca-se em muitos aspectos com outros conceitos, como por exemplo o stress, a fadiga e a depressão, de tal forma, que muitos autores que o investigam têm questionado a delimitação da sua identidade. No entanto, encontramos várias investigações, na literatura, no sentido de averiguar como podemos discriminar a Exaustão Vital destes outros conceitos, e outros. A verdade é que, a maioria dos pacientes de enfarte miocárdio e. morte súbita, foi a uma consulta de Cardiologia no mês que antecedeu o acontecimento cardíaco, mas, por a sintomatologia apresentada ser muito inespecífica, muitas vezes é desconsiderada pelo Cardiologista... A necessidade de se identificar o conceito e de perceber as suas relações com as variáveis que lhe estão próximas é então fundamental para que adequados diagnósticos e intervenções possam ser conseguidos. O presente estudo propõe-se responder ao problema relativo a esta dificuldade de identificar o conceito de exaustão vital e de perceber formas de relacionamento com algumas variáveis psicológicas, nomeadamente a fadiga, o stress e a depressão. Para o efeito, recolheu-se uma amostra de 181 participantes e esta foi dividida em três sub-amostras: uma respondeu à Escala de Exaustão Vital, e à Escala de Auto-Avaliação da Depressão de Zung, outra respondeu à Escala de Exaustão Vital e à Escala de Gravidade da Fadiga e a terceira sub-amostra respondeu à Escala de Exaustão Vital e à Escala de Percepção de Stress. Com uma amostra total de 181 respondentes à Escala de Exaustão Vital foi possível verificar que o formato e a tradução para língua portuguesa conferiram à escala uma boa consistência interna, avaliada pelo coeficiente de Alpha de Cronbach. Relativamente à Exaustão Vital a análise estatística dos resultados permitiu verificar que o sexo feminino se encontra significativamente mais exausto do que o sexo masculino e ainda que o grupo dos participantes com idade superior a 35 anos se encontra significativamente mais exausto que o grupo de participantes com idade inferior ou igual a 35 anos. Relativamente à relação entre variáveis, a análise dos resultados evidenciou a existência de correlações significativas entre elevados scores de exaustão e elevados níveis de stress e de fadiga. Relativamente à relação entre depressão e exaustão vital não foi evidenciada uma correlação significativa entre elevados scores de exaustão vital e elevados scores de depressão, tal como era esperado pelos investigadores do presente estudo. Os resultados parecem sugerir que na população portuguesa a exaustão vital tenha uma distribuição diferente da descrita na literatura para outras populações como nomeadamente a holandesa, relativamente às variáveis sexo e idade. A análise das correlações parece ainda sugerir que a Exaustão Vital se trate de um momento privilegiado, a nível de intervenção clínica, para prevenção do enfarte do miocárdio. Este estudo sugere uma interpretação inovadora, com base na teoria psicanalítica, para este estado e propõe uma estratégia de intervenção.