Browsing by Author "Fuertes, Marina"
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- Contributos para a auto-regulação do bebé no paradigma face-to-face still-facePublication . Seixas, Íris; Barbosa, Miguel; Fuertes, MarinaResumo: Logo apos o nascimento o recém-nascido apresenta comportamentos instintivos de autorregulação que lhe permitem controlar as suas respostas motoras e vegetativas isolando-se de estímulos perturbadores, organizando-se face ao stress e iniciando ou terminando a interação com os pais. Estes comportamentos evoluem ao longo do primeiro ano de vida. A partir dos 3 meses estes comportamentos parecem organizar-se em estilos comportamentais e ter um peso moderado na qualidade da vinculação mãe-filho(a). No intuito de estudar os processos de autorregulação do bebé e o papel materno na interação, observámos 98 bebés (46 meninas, 51 primíparos, nascidos com mais de 36 semanas de gestação) e as suas mães, na situação experimental Still-Face aos 3 e aos 9 meses. O comportamento dos bebés foi classificado ou descrito quanto à sua forma de organização comportamental (e.g., capacidade de recuperação após o episódio do Still-Face) e o comportamento materno quanto à qualidade do envolvimento e ao nível de intrusividade. Os resultados indicam diferenças individuais na autorregulação do bebé, das quais descrevemos e apresentamos 3 padrões de organização de resposta subdivididos em sub-padrões comportamentais associados. Estas formas de autorregulação apresentam uma elevada associação com as respostas maternas, género do bebé e paridade. Os dados deste estudo suportam a tese de que a autorregulação infantil resulta da capacidade de mobilização dos recursos do bebé e da resposta que recebe para apoiar os seus esforços.
- Estudo comparativo acerca do comportamento e comunicação materna e paterna em atividade conjunta com os seus filhos de idade pré-escolarPublication . Fernandes, Isabel; Barroso, Isabel; Ferreira, Andreia; Branco, Miguel; Ladeiras, Ana; Veloso, Catarina; Pinto, Filipe; Osório, Tiago; Relvas, Mário; Sousa, Otília; Brandes, Holger; Fuertes, MarinaResumo: A investigação tende a descrever o pai como parceiro de jogo que favorece a liberdade de ação; enquanto a mãe, tende a reforçar a comunicação nas interações, envolvendo afetivamente a criança. Nos casos em que a mãe brinca e o pai presta cuidados básicos à criança, a qualidade da interação pai-filhos aumenta consideravelmente. Neste estudo, observamos pai e mãe independentemente na mesma situação experimental como parceiros da criança numa atividade lúdica de construção. Comparamos os seus comportamentos quando colocados no mesmo papel. Para o efeito, foi pedido a 19 díades mãe-filho(a) e 17 díades pai-filho(a) que realizassem, em 20 minutos, um produto à sua escolha com os materiais e ferramentas disponibilizados. As crianças tinham entre 3 e 5 anos, sem atrasos de desenvolvimento identificados. Pretendemos descrever e comparar os pais (mães e pais considerados em conjunto) quanto: (i) à empatia, atenção, reciprocidade, cooperação, elaboração/fantasia e desafio proposto; (ii) à qualidade da comunicação; e (iii) aos produtos realizados e escolhas de materiais. Os nossos resultados indicam poucas diferenças entre pais e mães. Em termos de comunicação, as mães realizam mais perguntas de processo do que os pais. As diferenças mais relevantes correspondem à forma como os pais e as mães reagem com os meninos e as meninas, dando maior liberdade de ação às meninas, mais feedback positivo e revelando-se mais sensíveis a responder às suas emoções. Os meninos perderam mais interesse durante a atividade e revelaram mais sinais de aborrecimento do que as meninas. O sexo das crianças afetou mais os resultados do que o dos pais, ou seja, os pais interagiram e comunicaram distintamente com meninas e meninos. Adicionalmente, a escolaridade dos pais correlacionou-se com comportamentos mais atentos, pacientes e cooperativos dos pais. Relativamente à idade dos progenitores, os pais mais novos e com mais filhos usaram mais materiais e ferramentas.
- Reactividade infantil e a qualidade da interacção mãe-filhoPublication . Faria, Anabela; Fuertes, MarinaNo quadro dos estudos sobre o relacionamento mãe- -filho, procurámos averiguar a relação entre a reactividade infantil observada em condições de stress e a qualidade do comportamento interactivo infantil e materno de 40 díades mãe-filho cujos bebés tinham cerca de 3 meses e não apresentavam nenhuma condição declarada de risco. A qualidade da interacção mãe-filho foi avaliada em jogo livre através da escala CARE-Index. Para testar a reactividade infantil submetemos os bebés à situação experimental Still-Face. Os resultados mostram que a reactividade infantil expressa naquela situação laboratorial não é independente do comportamento dos bebés em jogo livre. Com efeito, os bebés com maior dificuldade em conformar-se com a ausência de resposta materna apresentam um comportamento menos cooperativo e difícil em jogo livre. Em sentido inverso, os bebés que em jogo livre são menos participativos apresentam menores índices de reactividade negativa quando a mãe mantém a cara inexpressiva. Em termos diádicos, verificamos que existe uma forte correlação entre o comportamento cooperativo do bebé e a sensibilidade materna em jogo livre. Os resultados são discutidos no quadro do desenvolvimento dos processos de interacção mãe e filho.