Browsing by Author "Benavente, Renata"
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- Delinquência juvenil: Da disfunção social à psicopatologiaPublication . Benavente, RenataNo presente artigo fazemos uma revisão de literatura acerca da Delinquência Juvenil, analisando o fenómeno à luz das interpretações sociológicas e psicológicas, nomeadamente no que concerne à sua etiologia, prevenção e tratamento. Consideram-se as várias dimensões do problema, contemplando as relações normativas entre a adolescência e os comportamentos de transgressão enquanto estratégias de resolução de conflitos no sentido da adaptação. Discriminamos os comportamentos delinquentes normativos dos patológicos, analisando-os segundo os modelos de controlo social, da identidade/subcultura e da teoria psicanalítica. Reforça-se a necessidade de intervenção preventiva primária, partindo da identificação de factores de risco que tornam determinados grupos vulneráveis. Expõem- se algumas das principais estratégias de tratamento: institucional (ligado ao sistema de justiça) e não institucional (ligado aos serviços de saúde). Por fim, fazemos algumas propostas de investigação sobre a Delinquência Juvenil em Portugal.
- Os efeitos dos maus-tratos e da negligência sobre as representações da vinculação em crianças de idade pré-escolarPublication . Benavente, Renata; Justo, João Manuel; Veríssimo, ManuelaA presente investigação tem como objectivo esclarecer a influência dos maus-tratos e da negligência, ocorridos durante a infância, sobre as representações da vinculação em crianças de idade pré-escolar (3 a 6 anos). Com este trabalho, pretende-se também contribuir para o esclarecimento da influência do género da criança sobre a adopção de estratégias não seguras de vinculação e determinar a importância, na minimização dos efeitos que os maus-tratos ou a negligência (perpetrados pelos cuidadores), que a relação com um adulto significativo não maltratante ou negligente pode ter sobre o sistema de vinculação. As crianças vítimas de maus-tratos (N=20) ou de negligência (N=40) foram identificadas através de Comissões de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) da periferia de Lisboa. As crianças do grupo “controlo” frequentavam o ensino pré-escolar ou Actividades de Tempos Livres (ATL) em Instituição Particular de Solidariedade Social do concelho de Almada. Procurou-se o emparelhamento das amostras em relação ao nível socio-económico, às competências verbais, ao género e à idade. A distinção, em termos do tipo de abuso sofrido, foi feita com o recurso ao Questionário de Maus-tratos e de Negligência (Calheiros, 1996) adaptado para este estudo. A garantia de homogeneidade das amostras em termos de competências verbais foi assegurada pelo uso da Escala de Audição e Fala da Prova de Desenvolvimento de Griffiths (1970). O instrumento de avaliação das representações da vinculação utilizado foi a Tarefa de Completamento de Histórias (ASCT) concebida por Bretherton, Ridgeway ,e Cassidy (1990), classificada de acordo com a metodologia Q-Sort proposta por Miljkovitch, Pierrehumbert, Karmaniola, e Halfon (2003). Os resultados obtidos neste estudo indicam que as crianças maltratadas ou negligenciadas em idade préescolar tendem a adoptar estratégias inseguras de vinculação (desactivadas, hiperactivadas ou desorganizadas), recorrendo menos à estratégia segura, quando comparadas com crianças que não foram vítimas de maus-tratos ou de negligência. Não se encontraram diferenças, entre o grupo de crianças maltratadas e o grupo de crianças negligenciadas. Também não se verificaram diferenças significativas, em função do género das crianças nem em função da existência de relações com outros adultos significativos não maltratantes ou não negligentes, no desenvolvimento de estratégias de vinculação inseguras. Os resultados são discutidos com base na Teoria da Vinculação, sendo também feitas algumas propostas de investigação futura.
- Perturbação de comportamento na infância: Diagnóstico, etiologia, tratamento e propostas de investigação futuraPublication . Benavente, RenataA presente reflexão pretende abordar, de forma resumida, algumas questões relativas às perturbações de comportamento na infância. Havendo diversos estudos que relacionam este tipo de psicopatologia com criminalidade, perturbações psiquiátricas, toxicodependência e dificuldades de iiiserção social na idade adulta, importa tentar compreender e diagnosticar o fenómeno com a maior precocidade possível de modo a iniciar-se tratamento adequado atempadamente. Aprofunda-se o diagnóstico de acordo com a DSM-III- -R, abordando a importância das relações com os pares e os significados de alguns tipos de comportamento como a mentira o furto. Apresentamos algumas das teorias explicativas da etiologia desta perturbação, numa linha psicanalítica. Por fim, fazemos algumas propostas concretas no que se refere ao tratamento, considerando as influências da família, da escola e do grupo de pares, propondo intervenções no âmbito da terapia familiar com recurso a programas de orientação parental. O afastamento da criança da família pela colocação institucional ou em famílias de acolhimento, é considerado como alternativa facilitadora do processo terapêutico em que a criança deverá ser enquadrada. Colocamos, por fim, algumas hipóteses de investigação futura sobre esta perturbação.