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Browsing Educação by advisor "Peixoto, Francisco"
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- A aprendizagem significativa no Ensino Superior: A utilização de mapas de conceitos no curso de terapia ocupacionalPublication . Pestana, Susana Cristina Costa; Peixoto, FranciscoO presente trabalho inscreve-se na problemática da aprendizagem significativa em alunos do Ensino Superior. Centrámo-nos nos mapas de conceitos que representam uma estratégia de aprendizagem, assente na teoria da aprendizagem significativa de Ausubel, e que foram introduzidos no processo de ensino e aprendizagem dos alunos do Curso de Licenciatura em Terapia Ocupacional de um Instituto Politécnico. Como principais objetivos do presente trabalho pretendeu-se perceber se a introdução de mapas de conceitos como estratégia de aprendizagem, produzia mudanças no rendimento académico e na motivação intrínseca dos alunos. Pretendemos, também, perceber quais as competências de estudo mais utilizadas pelos alunos com a introdução dos mapas de conceitos como estratégia de aprendizagem. Concomitantemente, pretendeu-se perceber se a utilização dos mapas de conceitos interagia com as abordagens ao estudo, utilizadas pelos alunos, nos efeitos sobre o rendimento académico, a motivação intrínseca e as competências de estudo. Por último, pretendeu-se perceber a perceção de utilidade que os alunos tinham acerca deste instrumento de aprendizagem. O primeiro estudo incidiu na adaptação e análise das propriedades psicométricas dos instrumentos de medida utilizados, evidenciando propriedades psicométricas adequadas. O segundo estudo, consistiu num estudo quase-experimental com a participação de 60 alunos, 23 alunos num grupo experimental (que utilizaram mapas de conceitos como estratégia de aprendizagem) e 37 num grupo de controlo. No terceiro estudo participaram 17 alunos que fizeram parte do grupo experimental e que voltaram a utilizar os mapas de conceitos, como estratégia de aprendizagem, no ano letivo seguinte. Os resultados permitiram constatar que os mapas de conceitos produzem mudanças, ao longo do tempo, no rendimento académico dos alunos e que este efeito é independente das abordagens ao estudo utilizadas. Em ambos os estudos, verificou-se que os mapas de conceitos produzem mudanças nos níveis de motivação intrínseca dos alunos: no segundo estudo há uma diminuição nas quatro dimensões consideradas e, no terceiro estudo, a competência percebida e o prazer mantiveram-se ao longo do tempo, o valor aumentou e a escolha percebida diminuiu. Em ambos os estudos, constatou-se que foram as dimensões autorregulação comportamental e autorregulação cognitivo-motivacional as mais utilizadas pelos alunos na autorregulação da sua aprendizagem. Por último, em ambos os estudos, a perceção dos alunos é a de que a utilização dos mapas de conceitos é uma estratégia útil na sua aprendizagem, sob as mais diversas formas. Este estudo permitiu evidenciar que os mapas de conceitos representam uma estratégia de aprendizagem que pode ser utilizada pelos alunos do Ensino Superior, contribuindo para um melhor desempenho académico. No entanto, a sua introdução em anos iniciais, em que predomina a utilização de estratégias superficiais de aprendizagem, produz uma diminuição da motivação intrínseca, tendência que parece ser revertida com a utilização desta estratégia de aprendizagem no ano seguinte. Por outro lado, apesar da carga adicional de trabalho que os alunos referem como principal desvantagem, é também reconhecida por estes uma perceção de utilidade para a aprendizagem significativa.
- As crenças dos professores sobre a motivação dos alunos no ambiente de sala de aula : estudo no 3º ciclo de escolas públicas brasileiras e portuguesasPublication . Silva, Rita Martins da; Peixoto, FranciscoO presente estudo investiga as crenças dos professores sobre a motivação dos alunos no ambiente de sala de aula e teve como objetivo principal fazer um levantamento das crenças dos professores sobre a motivação dos alunos e relacioná-las com as perceções de clima de sala de aula e a motivação dos alunos. Este objetivo subdividiu-se em objetivos mais específicos, nomeadamente: Estudar as crenças dos professores sobre a motivação dos alunos; Construir e validar um questionário sobre as crenças dos professores, acerca da motivação dos alunos; Analisar a relação entre as crenças dos professores sobre a motivação dos alunos e a perceção que os alunos têm do ambiente de sala de aula; Analisar a relação entre as crenças dos professores sobre a motivação dos alunos e a motivação dos alunos; Comparar as crenças dos professores brasileiros e portugueses sobre a motivação dos alunos. Atendendo ao problema que se propõe estudar e à questão de partida à qual se procura responder recorreu-se a abordagens quantitativas e qualitativas. Desta forma, através dos resultados obtidos constatou-se uma conexão entre a componente prática e a componente teórica desta investigação, onde é possível verificar que os profissionais de educação identificaram o fator “Estratégias de Ensino” como sendo uma das principais causas para a motivação do aluno em sala de aula. Concluiu-se ainda que os professores entrevistados consideraram a motivação como elemento fundamental para a aprendizagem em sala de aula e se reconheceram como maior responsável por motivar o aluno nesse contexto. Do ponto de vista da comparação entre os professores brasileiros e portugueses e das variáveis desta pesquisa, a variável “Relação professor aluno”, mostrou uma diferença, por ser considerada pelos professores brasileiros, um fator mais significativo para a motivação dos alunos no ambiente de sala de aula. Esta dimensão é, no entanto, a mais valorizada por ambos os grupos. Nas outras duas dimensões, apesar de as diferenças não serem estatisticamente significativas, verifica-se um padrão de respostas diferente entre os professores portugueses e os professores brasileiros. A análise da relação entre as crenças dos professores sobre a motivação dos alunos e a motivação destes permitiu verificar que os alunos dos professores que se atribuem mais responsabilidade pela motivação destes, apresentam tendencialmente níveis mais elevados de motivação intrínseca.