Name: | Description: | Size: | Format: | |
---|---|---|---|---|
2.33 MB | Adobe PDF |
Authors
Advisor(s)
Abstract(s)
A psicopatologia, como entendemos e descrevemos o sofrimento
mental, é hoje em dia algo que se recebe, como um produto acabado.
Nem sempre foi assim. Karl Jaspers viveu num período histórico
semelhante ao nosso. Davam-se grandes avanços a nível das
neurociências, com a descoberta de fundamentos biológicos para a
doença de Alzheimer e a paralisia geral, por exemplo, e vivia-se um
espírito de confiança de se poderem finalmente mapear, controlar e
sobretudo curar as tão fugidias doenças psíquicas (Mundt, 2014). Uma
época, tal como a nossa, plena de notáveis mudanças a nível cultural e
social em que se chegou a afirmar “a doença mental é a doença do
cérebro”, algo que ainda hoje, e cada vez com maior frequência,
muitos advogam. Em resposta aos problemas conceptuais e empíricos
que a psiquiatria atravessava na época, nomeadamente a cisão entre
quem via esta área como fundamentalmente pertencente à ciência
física/biológica, e quem rejeitava qualquer aplicação positivista ao ser
humano, Jaspers propôs uma psicopatologia integrando dois caminhos,
o dos significados e o das causas, ou seja, baseada nos métodos
empíricos e na fenomenologia (Fulford, Thorton, Graham, & Walker,
2006). Jaspers quis trazer a psiquiatria de volta ao âmbito das ciências
humanas.
Description
Keywords
Citation
In J. A. C. Teixeira (Org.), 100 anos da 'psicopatologia geral' de Karl Jaspers : Actas do Colóquio 100 anos da 'psicopatologia geral' de Karl Jaspers (pp. 43-63). Lisboa: Instituto Superior de Psicologia Aplicada