Name: | Description: | Size: | Format: | |
---|---|---|---|---|
127.06 KB | Adobe PDF |
Authors
Advisor(s)
Abstract(s)
A teoria dos modelos mentais (Johnson-Laird,
1983, 2006; Johnson-Laird & Byrne, 1991) tem,
recentemente, investido na compreensão do processo
de modulação (semântica e pragmática) do raciocínio
condicional (Johnson-Laird & Byrne, 2002; Quelhas &
Byrne, 2003; Quelhas & Johnson-Laird, 2004, 2005;
Quelhas, Johnson-Laird, & Juhos, 2010). O presente
estudo insere-se nesse âmbito, nomeadamente na
compreensão da modulação pragmática que deriva de
conhecimentos relacionados com o modo de vida das
pessoas. Para esse efeito seleccionamos uma amostra
de participantes que cumpriam pena num
estabelecimento prisional (reclusos), e fomos avaliar o
seu modo de compreender frases condicionais
deônticas (e.g., “Se o jovem votar, então tem de ter
completado 18 anos”), e de raciocinar com esse tipo de
frases. Como grupo de controlo usamos uma amostra
sem qualquer contacto com o sistema judicial, e
avaliámos o juízo moral em ambas as amostras.
Os resultados replicam efeitos de modulação
semântica, i.e., frases condicionais idênticas na forma
(Se p, então q), mas de diferentes conteúdos, são
interpretadas de modo diferente. Como consequência
de as pessoas considerarem diferentes possibilidades,
congruentes com cada frase, irão também representar
diferentes modelos mentais e assim ter diferentes
padrões nas inferências condicionais. Mas, no que
respeita à modulação pragmática, que nos fazia esperar
diferenças no grupo de reclusos, nenhum resultado vai
nesse sentido, i.e., os reclusos interpretam as frases
deônticas do mesmo modo, fazem os mesmos padrões
inferenciais, e também não se diferenciam pelo nível
de juízo moral do grupo de controle.----- ABSTRACT ----- Within the mental model theory (Johnson-Laird,
1983, 2006; Johnson-Laird & Byrne, 1991), there has
been an effort to account for the modulation processes
(semantic and pragmatic) involved in conditional
reasoning (Johnson-Laird & Byrne, 2002; Quelhas &
Byrne, 2003; Quelhas & Johnson-Laird, 2004, 2005;
Quelhas, Johnson-Laird, & Juhos, 2010). The present
study explores these same processes, envisaging the
role of pragmatic modulation as a result of knowledge
associated with certain life experiences. A sample of
individuals sentenced to imprisonment were selected,
and asked to evaluate and reason from a set of deontic
conditional sentences (e.g., If a young man can vote,
then he has to be at least 18 years old). For the
control group, individuals with no previous contact
with the legal system were selected. Results corroborate the effects of semantic
modulation, i.e., conditional sentences of the same
form (if p, then q) but of different content are
differently interpreted. This means that a set of
different possibilities are considered congruent by
our participants according to the conditional sentences
that were presented. Furthermore, individuals seemed
to represent different mental models depending on the
content of the conditional sentence and, therefore, show distinct inferential patterns in a conditional
reasoning task. However, as far as pragmatic
modulation is concerned, no differences were detected.
Inmates interpret deontic sentences similarly to the
control group, and also show the same inferential
patterns, with no differences in a moral reasoning task.
Description
Keywords
Condicionais deônticas Juízo moral Modelos mentais Raciocínio Deontic conditionals Mental models Moral judgement Reasoning
Citation
Análise Psicologica, 28(4), 597-618.
Publisher
Instituto Superior de Psicologia Aplicada