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Authors
Advisor(s)
Abstract(s)
Este estudo insere-se em uma linha de investigação
que defende que as dificuldades da criança de 3 anos
na compreensão das crenças falsas não se devem ri
primazia que ela confere ao desejo quando em
conflito com a crença, ou a limitações conceptuais
da sua capacidade metarepresentativa, mas que se
devem, antes, ao facto de ela não partilhar o
significado linguístico das implicações assumidas pelo
investigador quando a questiona na questão-teste
mais utilizada nas chamadas tarefas de crenças falsas.
O seu principal objectivo foi testar a validade dessa
explicação proposta por Siegal e Beattie (1991), numa
amostra de crianças Portuguesas. Participaram 40
crianças, com idades compreendidas entre os 3 anos
e meio e os 4 anos e meio. Todas as crianças foram
confrontadas com uma tarefa de crenças falsas, tendo
metade das crianças sido submetidas a uma condição
de questão preditiva implícita; e a outra metade, a
uma condição de questão preditiva explícita. Os
resultados mostraram diferenças significativas entre
as duas condições, por um lado, manifestando as
crianças submetidas ?I condição de explicitação
linguística uma maior compreensão das crenças falsas, por outro. De modo global, estes resultados são
consistentes com os obtidos por Siegal e Beattie (1991)
e sugerem que o problema de sabermos quando e
como emerge na criança uma teoria da mente é ainda
uma questão empírica em aberto. ------ ABSTRACT ------ The main goal of this study was to test, in a
Portuguese sample of three to four-year-old children,
Siegal and Beattie’s (1991) explanation for the
frequently reported tendency for young children to
fail on faise-belief tasks. Our sample consisted of
40 children, ranging in age from 3 years, 6 months
to 4 years, 6 months. A11 of the children were
presented with a false-belief task. For half of them.,
the critica1 false-belief test question was presented
in an explicit way; for the other half, that questioin
was presented in an implicit way. Results showed .a
significant difference between the two conditions, oin
the one hand, with children performing better in the
explicitly presented test-question condition, on the
other. These results are consistent with Siegal anil
Beattie’s (1991) hypothesis and seem to show that
the problem of knowing when and how a theory of
mind emerges in the child still remains an open
empirical question.
Description
Keywords
Citation
Análise Psicológica, 10 (4), 431-442
Publisher
Instituto Superior de Psicologia Aplicada