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É como se nos víssemos ao espelho : As narrativas de auto-consciência dos psicoterapeutas antes e depois do confronto com o desempenho real

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Abstract(s)

A investigação na área da psicoterapia tem enfatizado a relevância do papel do terapeuta, e nomeadamente os benefícios da auto-reflexão e auto-consciência em termos de eficácia clínica. Para além da resistência que os psicoterapeutas parecem fazer em adotar estratégias de desenvolvimento de auto-consciência, este processo pode ser dificultado pelo seu enviesamento que os leva a sobrestimar significativamente as suas capacidades. O presente estudo tem como objetivo explorar os processos da auto-consciência através das narrativas dos psicoterapeutas, e averiguar a existência de diferenças antes e depois de ouvirem uma gravação de uma das suas psicoterapias. Numa amostra de vinte psicoterapeutas em formação cognitivocomportamental e integrativa, foram realizadas a cada participante duas entrevistas semiestruturadas baseadas em cinco domínios concretos da auto-consciência: reconhecimento da experiência emocional, avaliação das próprias competências, reconhecimento dos preconceitos e enviesamentos implícitos, e consciência acerca dos valores pessoais. Os resultados mostram que tanto os domínios como os processos de AC parecem ser distintos e independentes entre si. Ao nível dos processos, as narrativas dos terapeutas vão no sentido de um elevado nível de AC, mas isto verifica-se quando associado a descrições dos aspetos mais positivos da sua prática. O presente estudo discute a fraca expressão das diferenças entre as narrativas anterior e posterior dos terapeutas, assim como a dificuldade em aceder aos aspetos mais negativos da sua prática. Embora o confronto com o desempenho real tenha promovido a auto-reflexão e o ganho subjetivo de consciência, será esta estratégia suficiente para o aumento geral da auto-consciência dos psicoterapeutas?
Research in the field of psychotherapy has emphasized the relevance of the therapist's role, and in particular the benefits of self-reflection and self-awareness in terms of clinical effectiveness. In addition to the resistance that psychotherapists seem to make to adopt strategies for developing self-awareness, this process can be hampered by their bias that significantly overestimates their abilities. This study aims to explore the processes of self-awareness through the narratives of psychotherapists, and to ascertain the existence of differences before and after listening to a recording of one of their psychotherapies. In a sample of twenty psychotherapists in cognitive behavioral and integrative training, each participant was given two semi-structured interviews based on five concrete domains of self-awareness: recognition of emotional experience, assessment of one's skills, recognition of prejudices and implicit biases, and awareness. about personal values. The results show that both SA domains and SA processes appear to be distinct and independent of each other. At the process level, therapists' narratives move towards a high level of SA, but this is coupled with descriptions of the most positive aspects of their practice. The present study discusses the weak expression of the differences between the therapists' anterior and posterior narratives, as well as the difficulty in accessing the most negative aspects of their practice. Although confrontation with actual performance has promoted self-reflection and subjective awareness, is this strategy sufficient for the general increase of psychotherapists' self-awareness?

Description

Dissertação de Mestrado apresentada no ISPA – Instituto Universitário para obtenção de grau de Mestre na especialidade de Psicologia Clínica

Keywords

Picoterapeutas Auto consciência Auto reflexão Desempenho Gravação de sessões Psychotherapists Self-awareness Self-reflection Performance Session recording

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