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Research Project
Modulating vigilance: The differential contributions of fear chemosignals and group contexts
Funder
Authors
Publications
Mapping human vigilance: The influence of conspecifics
Publication . Gomes, Nuno; Semin, Gün R.
A considerable volume of animal research on detecting threat and foraging reveals that the co-presence of
conspecifics reduces vigilance and enhances foraging. Monitoring threat is an adaptive process and is of considerable
relevance to humans. It is therefore important to understand how the presence of others influences
threat monitoring - namely vigilance - and consequently the capacity to detect threats. We examine this with a
novel paradigm, that simulates a “foraging under threat” situation, with an eye-tracker (allowing the examination
of the allocation of attention). Our results show, as predicted, that participants in the individual
condition (versus co-presence) allocated more attentional resources to scanning the environment and thereby
sacrificing foraging, which increased their likelihood of detecting threatening events. Thus, the presence or
absence of others modulates vigilance strategies in humans. These findings highlight the heuristic value of
animal vigilance models to understand humans threat monitoring with considerable applied relevance.
The function of fear chemosignals: Preparing for danger
Publication . Gomes, Nuno; Semin, Gün R.
It has been shown that the presence of conspecifics modulates human's vigilance strategies as is the case with animal species. Mere presence has been found to reduce vigilance. However, animal research has also shown that chemosignals (e.g., sweat) produced during fear-inducing situations modulates individuals' threat detection strategies. In the case of humans, little is known about how exposure to conspecifics' fear chemosignals modulates vigilance and threat detection effectiveness. The present study (N= 59) examined how human fear chemosignals affect vigilance strategies and threat avoidance in its receivers. We relied on a paradigm that simulates a "foraging under threat" situation in the lab, integrated with an eye-tracker to examine the attention allocation. Our results showed that the exposure to fear chemosignals (vs. rest chemosignals and a no-sweat condition) while not changing vigilance behavior leads to faster answers to threatening events. In conclusion, fear chemosignals seem to constitute an important warning signal for human beings, possibly leading its receiver to a readiness state that allows faster reactions to threat-related events.
Modulating vigilance : the differential contributions of fear chemosignals and group contexts
Publication . Gomes, Nuno Miguel de Jesus; Semin, Gün R.; Soares, Sandra C.; Smeets, Monique A. M.
Noutras espécies sociais que não a humana, as estratégias individuais de monitorização de risco (i.e. vigilância) e a capacidade de detetar e evitar estímulos ameaçadores são moduladas pelos co-específicos. Por um lado, a presença de co-específicos resulta numa diminuição dos recursos atencionais alocados pelo indivíduo à vigilância, permitindo um maior investimento noutras atividades (e.g., procura de alimento). Por outro lado, co-específicos expostos a uma fonte de perigo, emitem pistas sensoriais (e.g., sons ou odores corporais) que alertam/preparam o indivíduo para lidar com eventos ameaçadores. Pretende-se, no presente trabalho, explorar o papel direto (pela presença) e indireto (através de odores corporais de medo) que os co-específicos assumem ao modular estratégias individuais de vigilância e deteção de ameaça na espécie humana.
No primeiro estudo, investigou-se se os humanos usariam estratégias de vigilância semelhantes a outras espécies sociais. Com recurso a um paradigma que permite o estudo das estratégias de vigilância mediante a utilização de um eye-tracker, demonstrou-se que a presença de co-específicos (vs. condição individual), tal como noutras espécies sociais, diminui os recursos alocados à vigilância, permitindo um investimento maior noutras atividades, embora prejudicando a capacidade de detetar/evitar ameaças.
No segundo estudo foi investigado se, tal como noutras espécies, a redução de vigilância poderia estar associada a um sentimento acrescido de segurança despoletado pela presença dos outros. Os resultados obtidos parecem confirmar este efeito, na medida em que para um indivíduo, imaginando-se na presença de co-específicos (2 amigos ou 2 estranhos vs. sozinho), era menor o sentimento de ameaça assim como a probabilidade percebida de sair magoado de situações ambíguas de perigo.
O terceiro estudo centrou-se nos efeitos modulatórios de diferentes contextos de grupo nas estratégias de vigilância. Os resultados obtidos indicam que perceber co-específicos como cooperadores ou competidores (vs. mera presença) não modula, de forma distinta, o comportamento de vigilância. Sob a égide de literatura anterior, é possível especular que o efeito destes contextos de grupo poderá ser observado tão-somente perante situações em que indivíduo e co-específicos presentes podem observar-se e interagir entre si.
No quarto estudo, que visou compreender de que forma a exposição a odores corporais de medo poderia modular estratégias de vigilância e a capacidade de detetar e evitar eventos ameaçadores, concluímos que esta pista sensorial (vs. odores corporais neutros e ausência de odores) não modula diretamente as estratégias de vigilância, mas parece induzir um estado de preparação/prontidão nos seus recetores, levando-os a detetar e reagir mais rapidamente a eventos ameaçadores.
O último estudo replica literatura anterior, demonstrando que a exposição a odores corporais de medo ativa mecanismos associados a um aumento da aquisição sensorial. Evidenciou-se ainda que amostras de suor podem ser reutilizadas após uma primeira utilização de 20 minutos, permitindo especular sobre as propriedades de volatilidade das moléculas que transportam informação associada ao medo.
Em conclusão, os resultados obtidos nesta tese sugerem que co-específicos modulam, direta e indiretamente, as estratégias individuais de vigilância e deteção de ameaça. Destaca-se assim a importância de variáveis sociais para o estudo e aprimoramento da monitorização do risco nas sociedades contemporâneas.
Modulating vigilance : the differential contributions of fear chemosignals and group contexts
Publication . Nuno Miguel de Jesus Gomes; Semin, Gün R.; Soares, Sandra C.; Smeets, Monique A. M.
Noutras espécies sociais que não a humana, as estratégias individuais de monitorização de risco (i.e. vigilância) e a capacidade de detetar e evitar estímulos ameaçadores são moduladas pelos co-específicos. Por um lado, a presença de co-específicos resulta numa diminuição dos recursos atencionais alocados pelo indivíduo à vigilância, permitindo um maior investimento noutras atividades (e.g., procura de alimento). Por outro lado, co-específicos expostos a uma fonte de perigo, emitem pistas sensoriais (e.g., sons ou odores corporais) que alertam/preparam o indivíduo para lidar com eventos ameaçadores. Pretende-se, no presente trabalho, explorar o papel direto (pela presença) e indireto (através de odores corporais de medo) que os co-específicos assumem ao modular estratégias individuais de vigilância e deteção de ameaça na espécie humana.
No primeiro estudo, investigou-se se os humanos usariam estratégias de vigilância semelhantes a outras espécies sociais. Com recurso a um paradigma que permite o estudo das estratégias de vigilância mediante a utilização de um eye-tracker, demonstrou-se que a presença de co-específicos (vs. condição individual), tal como noutras espécies sociais, diminui os recursos alocados à vigilância, permitindo um investimento maior noutras atividades, embora prejudicando a capacidade de detetar/evitar ameaças.
No segundo estudo foi investigado se, tal como noutras espécies, a redução de vigilância poderia estar associada a um sentimento acrescido de segurança despoletado pela presença dos outros. Os resultados obtidos parecem confirmar este efeito, na medida em que para um indivíduo, imaginando-se na presença de co-específicos (2 amigos ou 2 estranhos vs. sozinho), era menor o sentimento de ameaça assim como a probabilidade percebida de sair magoado de situações ambíguas de perigo.
O terceiro estudo centrou-se nos efeitos modulatórios de diferentes contextos de grupo nas estratégias de vigilância. Os resultados obtidos indicam que perceber co-específicos como cooperadores ou competidores (vs. mera presença) não modula, de forma distinta, o comportamento de vigilância. Sob a égide de literatura anterior, é possível especular que o efeito destes contextos de grupo poderá ser observado tão-somente perante situações em que indivíduo e co-específicos presentes podem observar-se e interagir entre si.
No quarto estudo, que visou compreender de que forma a exposição a odores corporais de medo poderia modular estratégias de vigilância e a capacidade de detetar e evitar eventos ameaçadores, concluímos que esta pista sensorial (vs. odores corporais neutros e ausência de odores) não modula diretamente as estratégias de vigilância, mas parece induzir um estado de preparação/prontidão nos seus recetores, levando-os a detetar e reagir mais rapidamente a eventos ameaçadores.
O último estudo replica literatura anterior, demonstrando que a exposição a odores corporais de medo ativa mecanismos associados a um aumento da aquisição sensorial. Evidenciou-se ainda que amostras de suor podem ser reutilizadas após uma primeira utilização de 20 minutos, permitindo especular sobre as propriedades de volatilidade das moléculas que transportam informação associada ao medo.
Em conclusão, os resultados obtidos nesta tese sugerem que co-específicos modulam, direta e indiretamente, as estratégias individuais de vigilância e deteção de ameaça. Destaca-se assim a importância de variáveis sociais para o estudo e aprimoramento da monitorização do risco nas sociedades contemporâneas.
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Fundação para a Ciência e a Tecnologia
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Funding Award Number
SFRH/BD/116653/2016