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Violence in juvenile dating relationships
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Práticas de prevenção da violência nas relações de intimidade juvenil : Orientações gerais
Publication . Caridade, Sónia; Saavedra, Rosa; Machado, Carla
A prevenção da violência nas relações de intimidade juvenil foi, durante muito tempo, negligenciada
no âmbito da intervenção e investigação sobre este tema. Todavia e não obstante o adiamento na
proliferação destes esforços, o quadro científico internacional apresenta-nos hoje programas de
prevenção exemplares, dirigidos à população juvenil, numa óptica de prevenção primária do problema,
e com resultados muito promissores. Com este artigo, pretendemos precisamente analisar o estado da
arte em termos das práticas internacionais e nacionais, em matéria de prevenção da violência nas
relações de intimidade juvenil. Pretendemos ainda, e tendo por base aquele que é o conhecimento
científico nesta área, esboçar algumas recomendações gerais neste âmbito e mais especificamente, as
componentes a privilegiar na elaboração dos programas de prevenção. Por último, procuraremos ainda
debater sobre os desafios futuros em matéria de prevenção.
O envolvimento na luta armada política em Portugal : A perspectiva dos seus actores
Publication . Raquel, Beleza Pereira da Silva; Machado, Carla
Este estudo analisa o envolvimento em movimentos de luta armada política em Portugal, através da
perspectiva dos seus participantes. Assim, explorou-se a iniciação/entrada no grupo; as dinâmicas
interpessoais dentro do grupo; a vida dentro do grupo versus vida quotidiana; a gestão da
clandestinidade; o papel das mulheres no movimento; as justificações de ordem ética, moral,
psicológica, ideológica para as acções empreendidas; a gestão de momentos e acções percebidos como
desconfortáveis; a gestão da dúvida e questionamento; o suporte popular; e o sentido das acções e do
envolvimento, no passado e no presente.
Recorreu-se a uma metodologia de natureza qualitativa, realizaram-se entrevistas semiestruturadas a
participantes em movimentos de luta armada política em Portugal no passado, permitindo, deste modo,
uma apresentação e discussão dos resultados que espelham o posicionamento e a opinião daqueles
aos tópicos supracitados, comparados, quando possível, com os dados recolhidos na literatura.
Escala de crenças sobre violência sexual (ECVS)
Publication . Martins, Sonia; Machado, Carla; Gonçalves, Rui Abrunhosa; Manita, Celina
A incorporação e partilha das concepções culturais dominantes acerca da sexualidade, da violência,
da violação e de outras formas de violência sexual têm consequências tanto para a vida dos indivíduos
como para a vida em sociedade. Atitudes sexistas e crenças legitimadoras da violação têm
consistentemente sido associadas com uma maior probabilidade de agressão e violência sexual. As
atitudes face à violência sexual parecem também estar associadas com os papéis tradicionais de género,
sobretudo os que se prendem directamente com o comportamento sexual. A ECVS mede o grau de
tolerância/aceitação do sujeito quanto ao uso de violência desta natureza. Quanto mais elevada for a
pontuação total da escala, mais elevado será o grau de tolerância/aceitação do sujeito quanto ao uso
de violência sexual. A ECVS foi administrada a uma amostra nacional de 1000 estudantes
universitários, analisando-se as suas características psicométricas. A análise factorial de componentes
principais (com rotação varimax) permitiu obter cinco factores. A consistência interna da escala, obtida
através do coeficiente alpha de cronbach, é de 0.91. Discutem-se as implicações dos resultados
obtidos, quer em termos da análise da capacidade da ECVS para detectar atitudes e crenças associadas
com a violência sexual, quer em termos da análise do seu contributo na construção e implementação
de programas de intervenção e prevenção.
Repertórios interpretativos sobre o amor e as relações de intimidade de mulheres vítimas de violência : Amar e ser amado violentamente?
Publication . Dias, Ana Rita Conde; Machado, Carla; Gonçalves, Rui Abrunhosa
O presente estudo procura compreender como as mulheres vítimas de violência falam sobre o amor e as
relações de intimidade e como experienciam e significam o fenómeno da violência sofrida. Explora-se
também o recurso à violência por parte destas mulheres, em que contextos o fazem e como significam
a violência perpetrada. O estudo envolve 12 mulheres vítimas de violência, de diferentes grupos etários
e com diferentes trajectórias de vida, com as quais se conduziu uma entrevista individual acerca da
história de amor da sua vida. Conclui-se que tanto os relatos de vitimação como os de perpetração se
inscrevem em discursos socioculturais mais amplos sobre o amor e as relações de intimidade – que
sustentam a vitimação sofrida no feminino e limitam a agressividade feminina. Concluímos que a
violência feminina assume características idiossincráticas e tem implicações práticas diferentes,
relacionadas com as desigualdades e assimetria de género, não havendo similaridade na violência
entre homens e mulheres na intimidade. A agressividade feminina surge como estratégia para lidar com
a adversidade, no sentido de conseguir algum controlo sobre a relação e o sentido de si próprias,
revelando a capacidade de luta, sobrevivência e resiliência destas mulheres.
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Funders
Funding agency
Fundação para a Ciência e a Tecnologia
Funding programme
5876-PPCDTI
Funding Award Number
PTDC/PSI/65852/2006