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A CONGRUÊNCIA AFECTIVA OU EMOCIONAL. DELIMITAÇÃO DO NÍVEL DO EFEITO E ESTUDO DOS SEUS MODERADORES
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À procura de efeitos de congruência emocional específica de appraisal em estimação de probabilidades
Publication . Dias, Inês Galhardas Vicente da Cruz
As emoções que sentimos modelam a forma como percebemos o mundo que nos
rodeia. Nesta tese abordámos como as emoções afetam as estimativas de probabilidade de
acontecimentos emocionais. A investigação prévia salienta que tendemos a sobrestimar
acontecimentos com congruência de valência (Johnson & Tversky, 1983; MacLeod &
Campbell, 1982; Mayer et al., 1992) e que indivíduos num dado estado emocional tendem a
sobrestimar acontecimentos do mesmo tonus emocional do que de outros (DeSteno et al.,
2000). Com base na evidência que sugere que as emoções partilham dimensões avaliativas de
appraisal (Smith & Ellsworth, 1985; Roseman, 2011) e num estudo piloto (Dias, 2008)
estabelecemos a hipótese de que a estrutura de appraisal dum estado emocional pode definir
um nível intermédio de congruência entre valência (nível dimensional) e emoção (nível
específico). Focámos o appraisal de certeza/incerteza por ser uma variável relevante para os
julgamentos de probabilidade em contexto de incerteza. Realizámos cinco estudos, nos quais
manipulámos tanto a dimensão de certeza/incerteza isolada da emoção como os estados
emocionais que diferiam no appraisal de certeza/incerteza. Verificámos os efeitos destas
manipulações sobre as estimativas de probabilidade referentes a acontecimentos neutros e
acontecimentos emocionais (quer instâncias quer categorias emocionais). Testámos o efeito de
congruência quando se manipula puramente a dimensão de certeza/incerteza tanto em 1)
acontecimentos neutros emocionalmente (ambíguos ou não em certeza, Estudo 1), como em
2) acontecimentos que variam por serem associados a emoções com appraisals de certeza vs
incerteza, Estudo 2. Testámos se a manipulação de emoções, variáveis em níveis de
certeza/incerteza, influencia a forma como avaliamos a probabilidade de acontecimentos
neutros emocionalmente (ambíguos ou não em certeza), Estudo 3. Testámos se a manipulação
de emoções, variáveis em níveis de certeza/incerteza, influencia 1) a forma como avaliamos a
ocorrência de efeitos de emoções idênticas e não idênticas (efeitos de congruência especifica)
e 2) a forma como avaliamos a estimação de probabilidade de acontecimentos associados a
emoções com uma congruência específico ao nível do appraisal, Estudos 4, 4b e 5.
A evidência recolhida ao longo de todos os estudos não replicou quer o efeito de
congruência emocional específico (DeSteno et al., 2000), nem sustenta a existência de um
efeito emocional intermédio (Dias, 2008). Discutimos estes dados tendo em perspetiva as
razões metodológicas e teóricas que podem ter concorrido para a não obtenção dos padrões de
dados publicados na literatura, e focando a relevância de se testarem novas hipóteses
suscitadas pelos dados obtidos.
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Funding agency
Fundação para a Ciência e a Tecnologia
Funding programme
OE
Funding Award Number
SFRH/BD/73248/2010