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Research Project

RELAÇÃO COM PROFESSORES E GRUPO DE PARES COMO DETERMINANTES DO DESVIO NA ADOLESCÊNCIA

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Deviant behavior variety scale: Development and validation with a sample of portuguese adolescents
Publication . Sanches, Ana Cristina Pires; Pereira, Maria Gouveia; Maroco, João; Gomes, Hugo Miguel dos Santos; Silva, Filipa Maria Roncon de Vilhena e
This study presents the development and analysis of the psychometric properties of the Deviant Behavior Variety Scale (DBVS). Participants were 861 Portuguese adolescents (54 % female), aged between 12 and 19 years old. Two alternative models were tested using Confirmatory Factor Analysis. Although both models showed good fit indexes, the two-factor model didn’t presented discriminant validity. Further results provided evidence for the factorial and the convergent validity of the single-factor structure of the DVBS, which has also shown good internal consistency. Criterion validity was evaluated through the association with related variables, such as age and school failure, as well as the scale’s ability to capture group differences, namely between genders and school retentions, and finally by comparing a sub-group of convicted adolescents with a group of non-convicted ones regarding their engagement in delinquent activities. Overall, the scale presented good psychometric properties, with results supporting that the DBVS is a valid and reliable self-reported measure to evaluate adolescents’ involvement in deviance.
Experiências de (in)justiça com os professores e comportamentos de desvio na adolescência
Publication . Sanches, Ana Cristina Pires; Pereira, Maria Gouveia; Carugati, Felice
Apesar da extensa literatura na área do desvio juvenil, as evidências empíricas sobre a relação entre as experiências e julgamentos de (in)justiça procedimental relativos aos professores e o envolvimento dos adolescentes em comportamentos desviantes são escassas. Os estudos empíricos aqui apresentados pretendem contribuir para o preenchimento desta lacuna na literatura. Os adolescentes passam grande parte do seu tempo na escola e com os professores, que são a única figura de autoridade formal com quem têm um contacto direto e diário. Dado que as perceções e experiências de (in)justiça procedimental têm fortes implicações identitárias (Lind & Tyler, 1988; Tyler & Blader, 2003), é expectável que a qualidade e a justiça do tratamento recebido da parte dos professores tenha um forte impacto emocional e comportamental nos adolescentes. Conjugando a teoria da delinquência juvenil proposta por Emler e Reicher (1995, 2005) com os Modelos Relacionais de Justiça (Lind & Tyler, 1988; Tyler & Lind, 1992), no primeiro artigo apresentamos um estudo correlacional no qual analisámos a hipótese da relação entre os julgamentos de (in)justiça acerca dos professores e os comportamentos de desvio dos adolescentes ser mediada pela avaliação das autoridades institucionais. Os resultados confirmaram a nossa hipótese, indicando que quanto mais os adolescentes percecionam os seus professores como justos do ponto de vista procedimental e relacional, mais positivamente avaliam também outras autoridades institucionais. Por sua vez, quanto mais positiva é a avaliação dessas autoridades, menor é o seu envolvimento em condutas desviantes, mesmo depois de controlado o efeito do insucesso escolar. No segundo artigo apresentamos o desenvolvimento e o estudo das qualidades psicométricas da Escala de Variedade de Comportamentos Desviantes (EVCD), dada a inexistência de escalas portuguesas desta natureza publicadas e validadas. Os resultados confirmaram a validade fatorial, convergente e discriminante da EVCD, bem como a sua elevada consistência interna, indicando que este é um recurso válido e fiável de auto relato para avaliar a variedade de comportamentos desviantes cometidos por adolescentes portugueses. Dado que a investigação realizada com adultos indica que nem sempre as perceções e experiências de injustiça com as autoridades provocam reações desviantes (e.g. Aquino, Tripp, & Bies, 2006; Hershcovis, et al., 2007), o terceiro artigo apresenta os resultados de dois estudos experimentais que analisaram a influência de duas variáveis moderadoras da relação (in)justiça procedimental-desvio: os julgamentos prévios dos adolescentes acerca das autoridades institucionais (estudo 1) e as preocupações com a pertença e a aceitação pelos colegas de turma (estudo 2). Os resultados do primeiro estudo confirmaram a hipótese colocada, mostrando que os adolescentes têm uma maior tendência para se envolverem em condutas desviantes em resposta ao tratamento injusto do professor mas apenas quando os seus julgamentos prévios são negativos. Os resultados do segundo estudo confirmaram também as nossas hipóteses, mostrando que a injustiça procedimental do professor provocou sentimentos de zanga e de exclusão social independentemente das preocupações dos adolescentes com a pertença e a aceitação pelos colegas de turma, mas apenas aqueles cujas preocupações eram baixas apresentaram uma maior tendência para reagir envolvendo-se em condutas desviantes.

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Fundação para a Ciência e a Tecnologia

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SFRH/BD/40174/2007

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