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Research Project

INFLUÊNCIA DA ANSIEDADE PARENTAL NA ANSIEDADE INFANTIL

Authors

Publications

Causal factors of anxiety symptoms in children
Publication . Dias, Filomena Valadão; Campos, Juliana Alvares Duarte Bonini; Oliveira, Raquel Lara Velez; Mendes, Rosário; Leal, Isabel Pereira; Maroco, João
Aim: The present work aimed to investigate the impact of the child’s cognitions associated with ambiguous stimuli that refer to anxiety, both parents’ fears and anxiety, and parents’ attributions to the child’s interpretations of ambiguous stimuli on child anxiety. The influence of parental modelling on child’s cognitions was also analyzed. Method: The final sample was composed of 111 children (62 boys; 49 girls) with ages between 10 and 11 years (M = 10.6, SD = 0.5) from a community population, and both their parents. The variables identified as most significant were included in a predictive model of anxiety. Results: Results revealed the children’s thoughts (positive and negative) related to ambiguous stimuli that describe anxiety situations. Parents’ fears and mothers’ anxiety significantly predict children’s anxiety. Those variables explain 29% of the variance in children general anxiety. No evidence was found for a direct parental modeling of child cognitions. Conclusion: Children’s positive thoughts seem to be cognitive aspects that buffer against anxiety. Negative thoughts are vulnerability factors for the development of child anxiety. Parents’ fears and anxiety should be analyzed in separate as they have distinct influences over children’s anxiety. Mothers’ fears contribute to children’s anxiety by reducing it, revealing a possible protective effect. It is suggested that the contribution of both parents’ fears to children’s anxiety may be interpreted acknowledging the existence of “psychological and/or behavioral filters”. Mothers’ filters seem to be well developed while fathers’ filters seem to be compromised. The contribution of mothers’ anxiety (but not fathers’ anxiety) to children’s anxiety is also understood in light of the possible existence of a “proximity space” between the child and parents, which is wider with mothers than with fathers.
A ansiedade infantil : vulnerabilidades da criança e influência dos pais
Publication . Dias, Filomena Valadão; Leal, Isabel Pereira; Maroco, João
Objetivo: Investigar a ansiedade infantil considerando a influência das seguintes variáveis: cognições das crianças e atribuições dos pais, relativas a estímulos ambíguos; medos e ansiedade dos pais. Disponibilizar instrumentos de medida da ansiedade das crianças e dos medos dos adultos, oriundos de populações comunitárias. Método: Procedeu-se à análise e avaliação das qualidades psicométricas das escalas: SCARED-R (n = 1238, idade 10-13); FSS III (n = 1980, idade 18-80). Foi realizada a análise confirmatória das duas escalas. Estas foram sujeitas a adaptações para a população do estudo e foi proposto um fator de 2ª ordem para cada instrumento. Foram realizadas 274 entrevistas, com 719 participantes (274/crianças/274mães/171pais) e preenchidos três instrumentos (SCARED-R; FSS III; STAI). Foram anotadas as respostas verbalizadas pelos participantes às questões colocadas, relativas ao instrumento Nine Ambiguous Stories. Realizou-se uma análise de conteúdo às respostas e procedeu-se à sua categorização. A fiabilidade da análise de conteúdo foi avaliada pelo nível de concordância entre os três avaliadores. As análises dos dados quantitativos foram realizadas com recurso a testes do Qui-Quadrado e t-Student; Correlação de Pearson; e, Modelos de Equações Estruturais. As análises estatísticas foram desenvolvidas com o IBM SPSS Statistics; IBM AMOS e MPlus. Resultados: A análise fatorial confirmatória confirmou a validade e fiabilidade das medidas obtidas da SCARED-R e da FSS-III na amostra do estudo. A codificação das respostas verbais das crianças apresentou 6633 unidades de registo, sendo 2570 positivas, 4063 negativas e 32 neutras. A exploração dos conteúdos originou 76 subcategorias. As positivas (25) englobaram conteúdos de interesse, confiança e segurança da criança perante as situações e conteúdos de emoção expressa. As negativas (32) juntaram conteúdos de emoção expressa, conteúdos de dificuldade, inibição, incapacidade, de danos físicos e materiais. Os pensamentos positivos das crianças e os medos das mães são preditivos da menor ansiedade das crianças. Os pensamentos negativos das crianças, os medos dos pais (homens) e ansiedade das mães são variáveis preditivas de maior ansiedade nas crianças. Os pensamentos positivos das crianças e as atribuições positivas das mães apresentaram uma relação positiva significativa. Conclusões: Esta investigação validou dois instrumentos de medida (da ansiedade e dos medos) a aplicar na promoção da saúde. Foi sugerida a reinterpretação e reavaliação dos conceitos de medos e ansiedade em populações normativas. O recurso à investigação destas populações e à perspetiva da criança permitiu concluir: os pensamentos positivos e negativos são características cognitivas do desenvolvimento normal das crianças com 10-11 anos; e, a expressão da emoção nos pensamentos deve ser considerada na investigação e intervenção. As características e perceções da criança sobre o seu funcionamento sugeriram crenças protetoras e crenças preditivas de níveis perturbados da ansiedade. A ansiedade e os medos dos pais devem ser analisados separadamente pois apresentam influências distintas na explicação da ansiedade das crianças. A correlação positiva das atribuições maternas e os pensamentos positivos das crianças, aliado à contribuição dos medos das mães para a redução da ansiedade da criança, sugeriu a existência de um mecanismo protetor materno ao desenvolvimento de níveis patológicos da ansiedade infantil.

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Fundação para a Ciência e a Tecnologia

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Funding Award Number

SFRH/BD/63377/2009

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