PBIO - Tese de Doutoramento
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- Social modulation of androgens in humans : Psychological mechanisms and adaptative functionPublication . Gonçalo, Aires de Oliveira; Oliveira, Rui FilipeEsta tese procura clarificar os processos subjacentes às discrepâncias entre a direcção da resposta de androgénios à competição encontrada em estudos empíricos e as predicções das teorias para a modulação social de androgénios. Sugerimos que estes resultados imprevistos podem resultar de interacções com variáveis cognitivas e elegemos especificamente a avaliação cognitiva como um forte candidato a moderador da resposta de testosterona (T) aos desafios sociais. Várias experiências foram realizadas para testar esta hipótese. No Capítulo II e III, testou-se o efeito da familiaridade do oponente e da avaliação do resultado da competição como ameaça/desafio, na resposta de T a uma competição contra um membro do mesmo sexo. Nas mulheres foi encontrado um maior aumento dos níveis de T quando eram derrotadas por um oponente não familiar e quando o resultado era avaliado como ameaçador. Este efeito de moderação não foi detectado para os homens. Continuou-se a investigação sobre os efeitos da familiaridade do oponente e avaliação de ameaça no Capítulo IV, mas com um ciclídeo. Num paradigma de repetidas invasões territoriais por machos estranhos e familiares, encontrou-se uma maior resposta de androgénios no macho residente para as intrusões realizadas por um estranho, comparada com as de um macho familiar. O efeito do componente de expectativas da avaliação cognitiva, na resposta de T à competição em mulheres, foi testado através da manipulação das expectativas dos participantes em relação ao resultado da competição antes da tarefa competitiva (Capítulo V). Os vencedores inesperados baixaram os níveis de T depois da competição, mostrando uma inversão da resposta predicta pelos modelos teóricos. No Capítulo VI, testou-se o efeito directo das alterações afectivas nos níveis de T usando excertos de filmes emocionais. Um decréscimo significativo de T foi observado nos participantes da condição de tristeza, numa direcção congruente com as predicções da literatura. Finalmente, no Capítulo VII, abordou-se a função adaptiva das mudanças de androgénios induzidas pela competição proposta pelos modelos teóricos. Especificamente, testou-se o efeito do resultado da competição e dos níveis pós-competitivos de T na capacidade do individuo detectar faces emocionais ameaçadoras. Os nossos resultados sugerem que os vencedores foram mais rápidos e melhores a discriminar faces de raiva do que os perdedores. A discriminação de raiva foi também melhorada quando os níveis de T pós-competição eram elevados. No geral, estes resultados apoiam a hipótese de uma moderação cognitiva da resposta de T em mulheres. As implicações destes resultados para as teorias de modulação social de andrógenios são discutidas numa perspectiva comparada e integrativa.