CIE-ISPA - Centro de Investigação em Educação
Permanent URI for this community
Browse
Browsing CIE-ISPA - Centro de Investigação em Educação by Field of Science and Technology (FOS) "Ciências Sociais::Ciências da Educação"
Now showing 1 - 6 of 6
Results Per Page
Sort Options
- O ajustamento escolar dos alunos na transição do 1º para o 2º ciclo do Ensino Básico : a relação entre o autoconceito, a motivação e as estratégias de apoio dos docentesPublication . Santos, Edite Rute dos Reis Mendes; Peixoto, Francisco José BritoA presente investigação teve como objetivo geral investigar as questões relacionadas com os fatores que estão subjacentes ao processo de transição de ciclo e a relação destes com o (in)sucesso escolar dos alunos. Neste sentido, os objetivos específicos definidos pretenderam analisar as perceções que os alunos têm em relação ao novo ciclo de ensino quando ainda frequentam o ciclo anterior, analisar os efeitos de transição no ajustamento escolar dos alunos, identificar as estratégias de apoio aplicadas pelos professores e investigar o seu envolvimento direto no processo de transição e adaptação do aluno ao novo ciclo. Esta investigação teve por base três estudos. O primeiro estudo incidiu nas representações sobre a transição do 1º para o 2º Ciclo do Ensino Básico em professores e alunos, centrando-se nas estratégias de apoio operacionalizadas por professores e escolas e nas expetativas dos alunos face ao novo ciclo. Participaram neste estudo 20 professores, 10 do 4º ano e 10 do 5º ano, e 12 alunos do 4º ano de escolaridade de escolas públicas. Os resultados mostraram que os professores de ambos os ciclos referem implementar estratégias que visam apoiar o aluno ao longo do processo de transição e adaptação ao novo ciclo, definindo-as como fundamentais no que ao processo de ajustamento do aluno diz respeito. Quanto aos alunos constata-se que têm uma ideia formada relativamente ao que será o novo ciclo, demonstrando expetativas positivas face ao mesmo, mas também algum receio face à incerteza do que os espera. Estas entrevistas estiveram na base da construção dos questionários utilizados no segundo e terceiro estudo. O segundo estudo teve como objetivo construir e validar três questionários, para aplicar na investigação principal sobre a transição de ciclo. Este estudo incluiu 405 participantes, sendo 141 alunos e 133 professores do 4º ano, e 131 do 5º ano de escolaridade. Os resultados da análise às propriedades métricas dos três instrumentos permitem concluir que os instrumentos apresentam uma estrutura fatorial e valores de fidelidade adequados. O terceiro e principal estudo teve como objetivo investigar as representações sobre a transição do 1º para o 2º Ciclo do Ensino Básico em professores e alunos, centrando-se nas estratégias de apoio operacionalizadas por professores e escolas e nas expetativas dos alunos face ao novo ciclo. Investigou-se também o impacto desta transição sobre o autoconceito e a motivação dos alunos. Sendo um estudo longitudinal incidiu, no primeiro ano de investigação, sobre uma amostra de 1003 alunos e 68 professores do 4º ano de escolaridade, e no segundo ano de investigação, sobre a mesma amostra reduzida a 848 alunos e 226 professores do 5º ano de escolaridade. Relativamente aos alunos e à perceção destes sobre o novo ciclo constata-se uma maior perceção relativamente ao novo espaço e às diferenças que existem nas dinâmicas escolares entre ciclos. No que se refere às expetativas em relação ao espaço escolar verifica-se que apenas parte da amostra apresenta uma maior motivação e que esta surge acompanhada por um misto de sentimentos face ao seu ingresso no novo espaço. Por fim, constatou-se ainda que os alunos demonstram uma menor perceção no que se refere aos aspetos ligados à aprendizagem. Quanto ao rendimento escolar, podemos apurar um decréscimo do rendimento às disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática na transição do 1º para o 2º Ciclo de ensino. Analisado o autoconceito, os resultados evidenciam uma diminuição do autoconceito académico e um aumento do autoconceito não académico e da autoestima. Relativamente às orientações motivacionais os resultados mostram um aumento nas orientações para a tarefa e para o evitamento e uma diminuição nas orientações de autovalorização e de autodefesa. No que se refere aos professores e às estratégias de apoio ao aluno em transição de ciclo, os resultados confirmam a implementação de um conjunto de estratégias relacionadas com o ensino e a transmissão da informação sobre o 2º Ciclo aos alunos, no entanto, constata-se que as práticas de articulação entre professores de ambos os ciclos são praticamente inexistentes. Os resultados mostram ainda que a articulação entre os professores dos dois ciclos de estudos varia consoante o agrupamento. Na transição do 4º para o 5º ano de escolaridade, a análise dos efeitos do nível de articulação entre professores sobre a motivação dos alunos mostra que nos agrupamentos onde a articulação é mais elevada, os alunos apresentam níveis mais elevados de orientação para a tarefa e níveis inferiores de orientação para o evitamento.
- Análise das práticas no âmbito das equipas locais de intervenção precoce e da educação especial: um estudo comparativoPublication . Duarte, Maria Dulce Tiago Moreira; Pimentel, Júlia van Zeller de SerpaAo longo das últimas décadas tem-se verificado uma grande evolução no âmbito da intervenção precoce na infância (IPI), e nos últimos anos, a educação e os cuidados na primeira infância ganharam uma posição de destaque na agenda europeia. A comunidade internacional reconheceu o valor da IPI para crianças vulneráveis e suas famílias. Em todo o mundo, famílias, profissionais, organizações da sociedade civil e governos defendem a melhoria dos serviços prestados à primeira infância em todos os setores – saúde, educação, proteção e ação social. Em Portugal, apesar de ser um dos poucos países com legislação específica para a IPI – Decreto-Lei n.º 281/2009, que criou o sistema nacional de intervenção precoce na infância – SNIPI a existência simultânea de dois normativos para as crianças dos 3-6 anos (Decreto-Lei n.º 3/2008), um longo e complexo caminho se tem vindo a verificar na implementação das práticas recomendadas O nosso trabalho enquadra-se nas linhas de investigação nacional e internacional, no âmbito dos estudos da avaliação de programas de intervenção precoce na infância, avaliação das perceções de pais e profissionais sobre os serviços de intervenção precoce e perspetiva de intervenção centrada na família e nos contextos, bem como a análise de práticas. O estudo foi realizado no distrito de Lisboa e nele participaram 36 profissionais e 36 famílias. A recolha de dados foi iniciada depois da autorização da Comissão Nacional de Proteção de Dados, e da declaração de consentimento informado assinada pelos pais. As questões de investigação colocadas no âmbito do estudo empírico decorrem de quatro objetivos: ! Comparar as perceções das famílias e dos profissionais sobre as práticas nos diferentes contextos de atendimento; ! Comparar as perceções sobre a importância que as famílias e os profissionais atribuem às práticas nos diferentes contextos de atendimento; ! Observar e analisar as práticas de IPI em diferentes contextos de prestação de serviços – equipa local de intervenção (domicílio, creche e jardim de infância) e educação especial do Ministério da Educação e Ciência (jardim de infância) ; Análise de Práticas no Âmbito das Equipas Locais de Intervenção e da Educação Especial Um estudo comparativo! ! x ! Avaliar em qual dos contextos, estas práticas se adequam ao modelo de intervenção centrado na família. Usamos como instrumentos a Family Focused Intervention Scale de Mahoney, O’Sullivan e Dennenbaum (1990) adaptada por Pimentel (2003a), para avaliar as perceções dos pais e a Inclusive Classroom Profile de Soukakou (2007), traduzida e adaptada provisoriamente por Corval et al, (2012), que serviu de base à grelha de observação. Os resultados obtidos revelam que, na generalidade, os nossos resultados são muito semelhantes aos obtidos por (Pimentel, 2003b, 2005), não se evidenciando práticas centradas na família, nem a participação da mesma no processo de intervenção. No estudo de observação, de caráter qualitativo, foram muito poucos os casos em que pudemos observar práticas que vão ao encontro destas recomendações internacionais. No que diz respeito à intervenção centrada nos contextos naturais, os dados obtidos permitiram-nos concluir que, mesmo quando o apoio é dado dentro da sala, nem sempre as atividades que aí decorrem nem as rotinas da sala/colegas são aproveitadas pelos profissionais de apoio, não podendo por isso falar-se em intervenção baseada nas rotinas e nos contextos naturais de aprendizagem.
- A aprendizagem significativa no Ensino Superior: A utilização de mapas de conceitos no curso de terapia ocupacionalPublication . Pestana, Susana Cristina Costa; Peixoto, FranciscoO presente trabalho inscreve-se na problemática da aprendizagem significativa em alunos do Ensino Superior. Centrámo-nos nos mapas de conceitos que representam uma estratégia de aprendizagem, assente na teoria da aprendizagem significativa de Ausubel, e que foram introduzidos no processo de ensino e aprendizagem dos alunos do Curso de Licenciatura em Terapia Ocupacional de um Instituto Politécnico. Como principais objetivos do presente trabalho pretendeu-se perceber se a introdução de mapas de conceitos como estratégia de aprendizagem, produzia mudanças no rendimento académico e na motivação intrínseca dos alunos. Pretendemos, também, perceber quais as competências de estudo mais utilizadas pelos alunos com a introdução dos mapas de conceitos como estratégia de aprendizagem. Concomitantemente, pretendeu-se perceber se a utilização dos mapas de conceitos interagia com as abordagens ao estudo, utilizadas pelos alunos, nos efeitos sobre o rendimento académico, a motivação intrínseca e as competências de estudo. Por último, pretendeu-se perceber a perceção de utilidade que os alunos tinham acerca deste instrumento de aprendizagem. O primeiro estudo incidiu na adaptação e análise das propriedades psicométricas dos instrumentos de medida utilizados, evidenciando propriedades psicométricas adequadas. O segundo estudo, consistiu num estudo quase-experimental com a participação de 60 alunos, 23 alunos num grupo experimental (que utilizaram mapas de conceitos como estratégia de aprendizagem) e 37 num grupo de controlo. No terceiro estudo participaram 17 alunos que fizeram parte do grupo experimental e que voltaram a utilizar os mapas de conceitos, como estratégia de aprendizagem, no ano letivo seguinte. Os resultados permitiram constatar que os mapas de conceitos produzem mudanças, ao longo do tempo, no rendimento académico dos alunos e que este efeito é independente das abordagens ao estudo utilizadas. Em ambos os estudos, verificou-se que os mapas de conceitos produzem mudanças nos níveis de motivação intrínseca dos alunos: no segundo estudo há uma diminuição nas quatro dimensões consideradas e, no terceiro estudo, a competência percebida e o prazer mantiveram-se ao longo do tempo, o valor aumentou e a escolha percebida diminuiu. Em ambos os estudos, constatou-se que foram as dimensões autorregulação comportamental e autorregulação cognitivo-motivacional as mais utilizadas pelos alunos na autorregulação da sua aprendizagem. Por último, em ambos os estudos, a perceção dos alunos é a de que a utilização dos mapas de conceitos é uma estratégia útil na sua aprendizagem, sob as mais diversas formas. Este estudo permitiu evidenciar que os mapas de conceitos representam uma estratégia de aprendizagem que pode ser utilizada pelos alunos do Ensino Superior, contribuindo para um melhor desempenho académico. No entanto, a sua introdução em anos iniciais, em que predomina a utilização de estratégias superficiais de aprendizagem, produz uma diminuição da motivação intrínseca, tendência que parece ser revertida com a utilização desta estratégia de aprendizagem no ano seguinte. Por outro lado, apesar da carga adicional de trabalho que os alunos referem como principal desvantagem, é também reconhecida por estes uma perceção de utilidade para a aprendizagem significativa.
- Estratégias utilizadas pelos profissionais para promover a inclusão no 1ºcicloPublication . Cerqueira, Carolina Faias; Morgado, JoséO presente relatório foi realizado no decorrer da Unidade Curricular de Prática Supervisionada em 1.ºCiclo do Ensino Básico, no ano letivo 2019/2020. A prática decorreu numa instituição de natureza jurídica privada, numa sala de 4ºano de escolaridade, composta por 15 crianças com idades compreendidas entre os 9 e os 11 anos, sendo 7 do sexo feminino e 8 do sexo masculino. A turma integrava uma criança com Necessidades Educativas Especiais, com Síndrome de Down, e todas as crianças tinham nacionalidade portuguesa. Tendo em conta este contexto percebi que todas as crianças tinham a oportunidade de aprender e que esta aprendizagem era realizada de forma diferenciada, com recurso a diferentes estratégias atendendo às necessidades individuais de cada uma. Assim, fiquei motivada por compreender as estratégias que os diversos profissionais utilizavam para promover a inclusão no 1.ºCiclo do Ensino Básico, nomeadamente que princípios e práticas foram desenvolvidos face a uma educação inclusiva e quais são os fatores indicadores e promotores de uma escola inclusiva. A metodologia utilizada para a realização deste relatório foi a metodologia qualitativa e os instrumentos foram a observação direta através dos registos do diário de bordo, dos registos fotográficos e do portfólio. Assim, a análise dos dados recolhidos pretendeu dar resposta às questões colocadas, na tentativa de compreender não só o papel dos diversos profissionais na resposta que dão às crianças com Necessidades Educativas Especiais, como também a forma como se exerce, na prática, uma educação inclusiva.
- A organização do ambiente educativo como promotora da motivação no processo de aprendizagem dos alunosPublication . Silva, Mariana Marques; Mata, Maria de Lourdes Estorninho NevesA presente investigação surgiu no âmbito do Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico e surgiu no decorrer da Prática de Ensino Supervisionada. Esta assenta num estudo sobre a motivação em educação e procura evidenciar a sua importância face ao processo de ensino e aprendizagem dos alunos. A Prática de Ensino Supervisionada foi realizada numa Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), com uma turma mista, constituída por 20 alunos com idade compreendidas entre os 6 e os 10 anos. Atualmente, é reconhecida a importância da motivação no processo de ensino e aprendizagem dos alunos, de modo a terem um desempenho académico melhor. Assim, o principal objetivo deste relatório foi compreender de que forma é que o ambiente educativo promove a motivação dos alunos no seu processo de ensino e aprendizagem. Na primeira fase de observação foi possível observar que a professora titular utilizava estratégias para promover a motivação dos alunos, assim a motivação era um fator que estava bastante presente na aprendizagem dos alunos. Nesta investigação, adotou-se uma metodologia de natureza qualitativa e as técnicas de investigação utilizadas para recolha de dados foram a observação, entrevistas e análise documental. No que se refere aos instrumentos recorreu-se às notas de campo e aos guiões de entrevista. A informação recolhida e a sua análise permitiram compreender melhor os fatores que promovem a motivação dos alunos, aferir como é que a participação e a autonomia estão relacionadas com a motivação e identificar as estratégias que a professora utiliza para fomentar a motivação. Desta forma, através do estudo realizado, compreendeu-se que a motivação é crucial para o processo de ensino e aprendizagem dos alunos, na medida em que permite que os mesmos estejam mais envolvidos e, consequentemente, haja um maior interesse, curiosidade e iniciativa na competência de novos saberes. As aprendizagens adquiridas tornam-se mais significativas e duradouras, contribuindo para o crescimento global e completo dos alunos.
- Promoção da educação inclusiva no ensino fundamental nos anos finais no Estado de Pernambuco, formação de professores: currículo, importância atribuída, necessidadesPublication . Carvalho, Márcia Rejane Almeida de; Morgado, JoséEsta pesquisa discute a formação de professores na perspectiva da inclusão escolar, esse é nosso objeto de estudo, considerando as representações sociais dos docentes da Educação Fundamental do estado de Pernambuco-Brasil. Nossa problemática está na tentativa de compreender a importância atribuída à inclusão por parte dos professores, no sentido de concretizar a educação inclusiva de todos os alunos no Ensino Regular. O problema de pesquisa busca investigar:Que modelo de formação inicial e continuada pode contribuir de forma significativa ao processo de inclusão de alunos com NEE? Com esse desafio, o objetivo geral: construir uma proposta de formação de professores que contribua com o processo de inclusão de alunos com NEE e como objetivos específicos: identificar as concepções dos professores a respeito de inclusão e formação; analisar as possibilidades de formação inicial e continuada que favoreçam de forma significativa o processo de inclusão de alunos com NEE de escolas públicas e privadas no estado de Pernambuco; refletir a formação inicial dos professores do Estado de Pernambuco numa perspectiva de inclusão; analisar os currículos dos cursos de formação (licenciatura) para professores das faculdades públicas e privadas de Pernambuco; identificar a importância atribuída pelos professores a respeito de sua formação continuada e analisar as necessidades que os professores enfrentam no processo de inclusão. A partir de uma revisão bibliográfica que destacou estudiosos da formação de professores e inclusão escolar como: Morgado(2003;2004), Garcia(1999), Nóvoa (1995), Peres(2001),Carvalho(2014), Gonzáles(2002), Mantoan(1997;2006),Tardif( 2002;2014), Schon(2000), Cunha( 2015), Ferreira(2017). Além desses autores, esse estudo tem como base, a teoria das representações sociais (Moscovici, 1978;2009), que nos auxiliou na coleta e análise das concepções de um grupo de professores de escolas públicas e privadas ao respeito das ideias sobre inclusão e formação de professores para inclusão. Uma pesquisa de abordagem qualitativa e como estratégia metodológica, optamos pela elaboração e aplicação de questionários e entrevistas semiestruturadas, utilizando também a análise documental e análise de conteúdo (Bardin,2011). Nossos dados revelam alguns resultados relevantes, no sentido de que a construção de um novo modelo de formação de professores para inclusão suscita romper com o paradigma da formação tradicional, que se baseia na homogeneidade e normalidade,superando a educação da mera integração para o paradigma da inclusão com base na diversidade e perspectiva de que todos aprenderam juntos, porém de formas diferentes.