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- A influência dos traumas infantis na adoção de padrões de evitamento nos relacionamentos íntimos de jovens adultosPublication . Djaló, Cláudia Sofia Rodrigues; Miguel, Marta TrindadeEste estudo investiga o impacto dos traumas infantis na adoção de padrões de vinculação inseguros, especialmente evitantes, nos relacionamentos íntimos de jovens adultos. Apesar da Teoria da Vinculação e pesquisas subsequentes sugerirem que experiências negativas na infância podem conduzir à insegurança nas relações interpessoais na vida adulta, existe ainda uma lacuna no que toca à compreensão de como diferentes tipos de traumas podem originar um comportamento evitante. Ao diferenciar os tipos de traumas e relacioná-los com estes comportamentos, o estudo contribui para uma compreensão mais discriminada dos mecanismos implícitos na formação de vínculos afetivos inseguros. O objetivo prende-se com a identificação e análise da relação entre os traumas infantis e a adoção de um estilo de vinculação evitante, considerando as possíveis variações por género, orientação sexual e situação relacional, que permite analisar de que forma os fatores socioculturais podem influenciar e moldar essa relação. A investigação inclui uma amostra constituída por jovens adultos dos 18 aos 29 anos, aos quais foram aplicados um Questionário Sociodemográfico, a Escala de Trauma de Infância (CTQ) e a Escala de Experiências em Relacionamentos Próximos (ECR). Os resultados confirmaram que as experiências traumáticas na infância têm uma forte correlação com os padrões de evitamento nos relacionamentos amorosos, especialmente no caso da negligência emocional e abuso emocional. No entanto, fatores como a orientação sexual e o género não revelaram ter impacto. Contrariamente, a situação relacional e a duração do relacionamento influenciam de maneira significativa o estilo de vinculação evitante.
- Voices of recovery: Exploring the therapeutic experiences of adult women with a history of nonsuicidal self-injuryPublication . Rebelo, Maria de Lancastre Montanha; Duarte, EvaNon-suicidal self-injury (NSSI) is the behavior in which one purposely hurts oneself without the intent of dying, resulting in physical damage to the body. Psychological support for NSSI is crucial for its reduction and cessation. However, research has shown that patients who engage in psychological support report therapeutic experiences in which they felt judged, ignored, misunderstood or disregarded by mental health professionals, leading to increased dropouts and further self-harm engagement. Thus, it is important to understand these experiences and to explore its impact on their self-harm behavior and emotional well-being. Objective: The present study aimed to explore how adult women with a history of NSSI perceive their experiences with psychological support, focusing on its impact on their NSSI and emotional well-being. Methods: To do this, a series of semi-directive interviews were conducted to 11 adult women, between the ages of 25 and 60 years old (31.1), who had previously engaged in psychological support in Portugal, and had a history of NSSI. Results: Through content analysis, results revealed that psychological support is crucial for reducing NSSI in which a positive therapeutic relationship as well as the strategies and tools used were considered vital for managing their NSSI. However, certain difficulties within the therapeutic relationship, like perceived stigma and judgement from the mental health professionals, were significant hurdles for the course of intervention and ultimately increased dropout behavior. Conclusion: This study offers key insights for clinical practice underlining the need for tailored and empathic psychological interventions for adult women with a history of NSSI.
- Insatisfação corporal: relação com bem-estar psicológico, perceção de peso e autoestigma relacionado com o peso.Publication . Agostinho, Margarida Maia; Dias Neto, DavidA satisfação corporal é reconhecida como um fator protetor importante para o bem-estar psicológico, sobretudo em mulheres expostas a padrões estéticos normativos e a experiências de discriminação relacionadas com o peso. Vários estudos têm relacionado insatisfação corporal com variáveis como bem-estar psicológico, perceção de peso e autoestigma relacionado com o peso, poucos abordam essas dimensões de forma integrada e comparativa entre mulheres com e sem excesso de peso. Este estudo teve como objetivo analisar a relação entre estas variáveis e a insatisfação corporal, considerando ainda o papel moderador do bem-estar psicológico. A amostra foi constituída por 319 mulheres adultas, recrutadas online. As participantes completaram um questionário composto por escalas que avaliaram bem-estar psicológico, perceção de ameaça associada ao peso, autoestigma baseado no peso e insatisfação corporal. Os resultados mostraram que uma perceção reduzida de controlo pessoal sobre o peso e níveis mais baixos de bem-estar psicológico estão associados com maior insatisfação corporal. Entre as mulheres com excesso de peso, o autoestigma revelou-se um preditor robusto da insatisfação corporal, sendo a auto-desvalorização a componente mais influente. A análise de moderação mostrou que o bem-estar psicológico tem um efeito direto na insatisfação corporal, mas não modera significativamente a relação entre estigma e imagem corporal. Este estudo contribui para a compreensão das dinâmicas psicossociais associadas à imagem corporal em diferentes grupos de mulheres, com implicações relevantes para a intervenção clínica e preventiva.
