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- Tempo de estudo autónomo e conselho de cooperação educativa como impulsionadores da autonomia das criançasPublication . Soares, André Gonçalo Nascimento; Martins, Margarida AlvesO presente Relatório Final da Prática de Ensino Supervisionada teve como objetivo compreender o papel que o tempo de estudo autónomo e o conselho de cooperação educativa desempenham no desenvolvimento da autonomia de um grupo de 17 crianças que frequentavam o 2º ano de escolaridade. A escola em que esta turma se insere segue o modelo pedagógico do Movimento da Escola Moderna. Trata-se de um estudo qualitativo em que foram realizadas observações de diversos momentos de tempo de estudo autónomo, com a ajuda de uma grelha construída para o efeito, efetuadas gravações de Conselhos de Cooperação Educativa e realizadas entrevistas individuais às crianças. Foi possível verificar discrepâncias nos níveis de autonomia das crianças durante o tempo de estudo autónomo assim como diferenças na sua perceção sobre os objetivos deste tempo. Enquanto algumas crianças demonstraram autonomia na escolha e na realização das tarefas e mostraram percecionar este momento como importante para a sua aprendizagem, outras solicitaram frequentemente o adulto para as orientar na seleção e realização das atividades a desenvolver e não mostraram compreender a função deste tempo da agenda semanal. Foi igualmente possível perceber a importância do trabalho a pares para o envolvimento das crianças menos autónomas nas tarefas propostas. Estas diferenças na autonomia das crianças revelaram-se igualmente nos conselhos de cooperação educativa e na perceção sobre a sua relevância. Diremos em conclusão, que o tempo de estudo autónomo e o conselho de cooperação educativa são importantes na promoção da autonomia, desde que exista um acompanhamento pedagógico intencional e contínuo.
- Dinâmicas de questionamento, diálogo e mediação na filosofia para criançasPublication . Mendonça, Maria Benedita Nogueira Aranha Furtado de; Montiel, AntónioO presente relatório resulta da Prática de Ensino Supervisionada realizada no âmbito do Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico. A investigação desenvolvida decorreu numa cooperativa de ensino com uma turma do 4.º ano, tendo como foco a Filosofia para Crianças (FpC), com especial atenção ao papel do questionamento. Desta forma, pretendeu-se compreender o papel do questionamento nesta prática pedagógica, bem como o impacto da mediação do professor no desenvolvimento do pensamento crítico, criativo e cuidadoso dos alunos. Neste sentido, formularam-se três questões de investigação: (1) Qual a função do questionamento na dinâmica das aulas de filosofia? (2) Qual o papel do professor? e (3) Qual o impacto observado nas crianças? Para a concretização desta investigação, assumiu-se uma metodologia qualitativa, recorrendo-se à observação participante e não participante e à realização de uma entrevista aberta. Os dados foram recolhidos através de notas de campo e da transcrição da entrevista ao professor responsável pelas sessões. A análise centrou-se nas dinâmicas de Filosofia para Crianças observadas e implementadas. A análise reflexiva das sessões observadas e da intervenção realizada permitiu reconhecer a riqueza do questionamento como prática promotora de pensamento de ordem superior, bem como o papel essencial do professor enquanto facilitador do diálogo e da construção coletiva de sentido. Através da confrontação entre os dados recolhidos e os referenciais teóricos, foi possível identificar múltiplas formas de mediação e estratégias que valorizam a escuta ativa, o respeito pelas ideias dos alunos e a construção de uma comunidade de investigação viva e participativa. As conclusões evidenciaram que o questionamento não é apenas um recurso, mas uma postura pedagógica que transforma a sala de aula num espaço de pensamento partilhado, potenciando a autonomia intelectual, a empatia e o envolvimento ético dos alunos com o mundo que os rodeia. Esta investigação constituiu, assim, um contributo para a compreensão da Filosofia para Crianças, do seu impacto e do seu comprometimento com uma educação crítica, criativa e cuidadosa.
- Das feridas da infância aos impulsos da vida adulta: Ansiedade na vinculação e interocepção como mediadores na adversidade e impulsividadePublication . Fonseca, Joana Gabriel Olas Leite da; Oliveira, GonçaloAs experiências adversas na infância têm sido consistentemente associadas a diferentes comportamentos impulsivos e tem sido evidenciado que determinados estilos de vinculação e consciência interoceptiva parecem mediar esta relação. São poucos os estudos que analisam a relação destas variáveis, nomeadamente entre interocepção e impulsividade. Para clarificar estas associações foi testado um modelo de mediação em série onde foi hipotetizado que indivíduos que tenham uma maior vivência de adversidades na infância e que tenham um estilo de vinculação mais ansioso, tenderão a uma maior sensibilidade interoceptiva e maior urgência negativa. A amostra final foi constituída por 333 participantes que completaram o questionário online que consistia no Questionário Sociodemográfico, Escala de Vinculação para Adultos, Avaliação Multidimensional da Consciência Interoceptiva, Questionário de Avaliação de Trauma de Infância e Escala de Comportamento Impulsivo UPPS. Os resultados do Modelo A suportam a hipótese demonstrando que uma maior reatividade sobre estados de afeto negativo é derivada por maior ansiedade na vinculação e menor percepção de sinais internos, sendo estes fatores mediadores do impacto que estas experiências de adversidade têm na impulsividade. Não foram encontradas diferenças significativas em análises complementares. Este estudo proporciona evidências para o papel central da ansiedade na vinculação e interocepção na relação entre experiências de adversidade na infância e comportamento impulsivo.
- Benefícios, práticas e desafios no envolvimento parental: Perspetivas das famílias, das crianças e da professoraPublication . Nunes, Bárbara Sofia Carvalho; Mata, LourdesEste relatório tem como foco um trabalho de investigação, construído no decorrer de uma Prática de Ensino Supervisionada (PES) no 1º Ciclo do Ensino Básico. Pretendeu-se assim, compreender e aprofundar qual o tipo de envolvimento e relação que o contexto tinha com as suas famílias, neste caso junto de uma turma de 3º ano, constituída por vinte e duas crianças. A investigação foi orientada por três objetivos principais associados às questões de investigação, sendo eles direcionados para os benefícios, as estratégias e os principais desafios no envolvimento das famílias e relação entre escola-família. Para a realização do trabalho, utilizou-se uma metodologia qualitativa recorrendo a observação não-participante, registos do diário de bordo, um focus group com dois grupos de crianças, um questionário de respostas abertas à professora cooperante e um questionário realizado às famílias do grupo. Este relatório de investigação possibilitou a reflexão e análise das conceções das famílias, das crianças e da professora relativamente ao envolvimento que vivenciavam no contexto, demonstrando assim que todos reconheciam a importância e os benefícios de um bom envolvimento, no entanto existiam alguns desafios que estavam a ser mais difíceis de ultrapassar e, que segundo a literatura constituem fatores condicionantes ao envolvimento parental, nomeadamente a comunicação. Com este trabalho, foi possível compreender a importância e o investimento necessário que se deve fazer para obter uma boa relação com as famílias, para que as crianças possam usufruir e tirar o maior proveito de uma boa relação escola-família, visto que elas mesmas desejam esta relação.
- Psychometric properties of the hypoglycemia fear survey—Parents (HFS-P) in the Portuguese ContextPublication . Costa, Vasco; Patton, Susana R.; Vale, Sónia do; Sampaio, Lurdes; Limbert, Catarina; Brandão, TâniaBackground/Objectives: Hypoglycemia occurs when blood glucose levels drop significantly below the normal range leading to unpleasant symptoms and a greater risk of acute complications. Fear of hypoglycemia (FH) is a conditioned psychological response to hypoglycemia frequently experienced by people with type 1 diabetes (T1D) and their loved ones. The present study aimed to examine the psychometric properties of a Portuguese translation of the Hypoglycemia Fear Survey—Parents (HFS-P) for the parents of youths with T1D. Methods: The sample consisted of 102 parents (M = 44.58 years old; SD = 5.01; mothers = 92.2%) of youths with T1D (8 to 17 years of age; M = 12.67; SD = 2.58). Confirmatory Factor Analysis (CFA) and convergent validity were performed to examine the factor structure and the construct validity of the HFS-P. Results: CFA supports a refined two-factor 18-item version of the HFS-P. The results indicate good psychometric properties (χ2 [129] = 220.47.; p ≤ 0.001; χ2/DF = 1.71; RMSEA = 0.08; SRMR = 0.07; CFI = 0.93; TLI = 0.91; GFI = 0.93) along with good to excellent internal consistency coefficients (behavior subscale: α = 0.81, total: α = 0.93, and worry: α = 0.94). Conclusions: Our Portuguese version of the HFS-P appears reliable for assessing FH in parents of youths with T1D, and is ready for use in clinical research and to evaluate psychological interventions targeting parental FH in the Portuguese context.