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- A relação entre a doença crónica e as vivências afetivas e sexuais na idade avançadaPublication . Ferreira, Izabel Cristina de Paula; Von Humboldt, SofiaEste estudo explora a relação entre envelhecimento, doenças crónicas e sexualidade na população idosa, destacando a importância de compreender a sexualidade de forma ampla, indo além da mera atividade sexual e integrando os desejos e vivências afetivas. As alterações corporais e o aparecimento de doenças crónicas impactam a sexualidade e a afetividade dos idosos, destacando a necessidade de estudos sobre a forma como estas doenças influenciam negativamente tais experiências. Assim, o presente estudo propõe analisar a hipótese de que a presença de doenças crónicas está associada a um impacto negativo nas vivências afetivas e sexuais dos idosos. Deste modo, pretende-se responder à hipótese com os objetivos: (1) Analisar as Vivências Afetivas e Sexuais que ocorreram na vida dos idosos e a importância que estas têm ou tiveram para os mesmos; (2) Examinar a relação entre Doenças Crónicas e as Vivências Afetivas e Sexuais. Método: O estudo segue um delineamento quantitativo transversal, no qual contempla uma amostra por conveniência. A amostra do estudo é constituída por 95 participantes cognitivamente saudáveis, com idade compreendida entre os 65 e os 93 anos. Após o consentimento das instituições e dos participantes, foram administrados o questionário sociodemográfico, a Avaliação Breve do Estado Mental (MMSE), e alguns itens da Escala de Vivência Afetivas e Sexuais do Idoso (EVASI). Foi efetuada a correlação de Spearman´s e por apontar dados não significantes nas suas correlações, não foi aplicado a análise de Regressão Linear. Resultados: O primeiro objetivo aponta que a maioria dos participantes têm uma perceção positiva sobre a influência da sexualidade em sua autoestima, assim como, no seu sentimento de estar vivo e no seu bem-estar. De salientar que a maioria tem mais de duas Doenças Crónicas, e estas não impossibilitam a sua sexualidade. No que se se refere ao segundo objetivo os resultados apontaram correlações de diferentes magnitudes entre as variáveis de cada subescala: na subescala da prática da sexualidade a autoestima e o bem-estar, apresentam uma significância positiva (sig. = 0,050), enquanto que as correlações com as Doenças Crónicas não são significativas, concernindo em correlações negativas entre moderada e fracas. Logo decidiu-se por não fazer a Análise da Regressão Linear. Conclusão: Apesar de a literatura apontar para uma relação significativa entre as doenças crónicas e as vivências afetivas e sexuais dos idosos, este estudo não corroborou estas ideias. Os resultados mostraram que a doença crónica não interfere significativamente nestas vivências, não havendo associação negativa entre elas na população estudada