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- O papel das escolas em caso de maus-tratos intrafamiliares contra criançasPublication . Santos, Margarida de Brito Barbosa dos; Almeida, Telma Sofia de SousaA presente dissertação teve como principal objetivo compreender a perceção dos funcionários das escolas acerca do fenómeno dos maus-tratos infantis que ocorrem em contexto intrafamiliar e, em conjunto com a escola, que resposta conseguem dar nestas situações. Na investigação participaram 31 funcionários de escolas do Distrito de Lisboa. Os participantes são maioritariamente do género feminino e têm idades compreendidas entre os 24 e os 60 anos. Para a concretização do estudo empírico recorremos a uma metodologia de investigação de natureza qualitativa, a análise de conteúdo simples, cujos pressupostos subjacentes orientaram todo o processo de recolha, análise e tratamento de dados. No que diz respeito à recolha de dados, a Entrevista Qualitativa foi o método que se revelou mais adequado quer aos objetivos do estudo, quer à metodologia adotada, e teve por base um guião de entrevista semiestruturado, construído no âmbito da presente investigação, no qual constam os temas gerais e os tópicos específicos a abordar. Da investigação resultou a confirmação de que a resposta das escolas enquanto estrutura e a capacidade de resposta dos funcionários que trabalham diretamente com as crianças não é suficiente, sendo necessário abordar o tema de uma maneira mais consistente e diária nas escolas, integrando toda a comunidade escolar, isto é, pais, alunos e todos os funcionários da escola. Por fim, procedemos à discussão dos resultados obtidos, refletindo sobre as suas implicações, consequências na vida das crianças e jovens sugerindo possíveis alterações e novas estratégias para aplicar nas escolas.
- O desengajamento moral nas diferentes fases do ciclo de vidaPublication . Camelo, Mariana de Almeida Saraiva; Pereira, Miguel BastoO desengajamento moral consiste na dissociação dos próprios valores morais através de mecanismos que possibilitam o envolvimento em comportamentos que infringem as normas impostas pela sociedade, sem que se sinta qualquer tipo de culpa. Uma vez que é um campo pouco estudado, o presente estudo pretende: 1) Avaliar as propriedades psicométricas da Civic Moral Disengagement Scale (CMD) numa amostra comunitária portuguesa; 2) Compreender a evolução do desengajamento moral ao longo de diferentes faixas etárias e perceber se vai de encontro à evolução do comportamento delinquente, já estudada. A amostra é constituída por 598 indivíduos da comunidade, com idades compreendidas entre os 18 e os 89 anos, divididos por quatro grupos etários: fim da adolescência, início da idade adulta, meia idade e terceira idade. Os participantes preencheram um protocolo que incluía um questionário sociodemográfico, a Civic Moral Disengagement Scale e a Antisocial Spectrum. A validade de construto foi testada através de uma análise fatorial confirmatória, resultando numa estrutura unidimensional de 30 itens, revelando boas propriedades psicométricas. Os níveis de desengajamento moral não diferiram entre todos os grupos, existindo apenas diferenças estatisticamente significativas entre o final da adolescência e o início da idade adulta. Contrariamente ao esperado, o desengajamento moral não diminuiu progressivamente com o avançar da idade. Por fim, o sexo masculino apresenta níveis de desengajamento moral superiores ao feminino, como previsto. O contributo deste estudo é particularmente importante, uma vez que é uma temática com suporte teórico e empírico bastante limitado.
- Relação entre traumas na infância,empatia e altruísmoPublication . Monteiro, Joana Margarida Ramos; Almeida, Telma Sofia de SousaTodos os anos, milhões de crianças são vítimas de maus-tratos infantis. Só em Portugal, no ano 2020, foram instaurados cerca de 70 000 processos de promoção e proteção de crianças e jovens que se encontravam em situação de risco ou perigo. É de extrema importância estudos sobre esta problemática, para que se consiga eficazmente prevenir este fenómeno e minimizar assuas consequências. No presente estudo exploramos a relação entre a experiência maus-tratos na infância e as atitudes e comportamentos altruístas, assim como a relação destas duas variáveis com a empatia, na população adulta portuguesa. Assim, neste estudo participaram 507 indivíduos de nacionalidade portuguesa. A recolha de dados deve por base instrumentos de autorrelato, nomeadamente o Questionário de Avaliação de Trauma de Infância – Versão breve, o Índice de Reatividade Interpessoal, a Escala de Atitudes Altruístas e um instrumento de desempenho – Ler a mente nos olhos (RMET). Os resultados revelaram várias associações estatisticamente significativas entre as diferentes componentes de cada variável. Das regressões lineares realizadas destaca-se que a negligência emocional é um preditor negativo de todas as dimensões da escala de Atitudes e Comportamentos Altruístas. Verificámos ainda que diferentes formas de abuso (sexual, física e emocional) são preditores positivos de diversas dimensões da escala de Comportamentos e Atitudes Altruístas e a Empatia mostrou ser um motivador de comportamentos e atitudes altruístas.
- As estratégias da autorregulação na aprendizagem da matemática em alunos do Ensino BásicoPublication . Nascimento, Marta Simplício do; Monteiro, VeraA presente investigação teve como objetivo analisar as estratégias de autorregulação associadas à aprendizagem da Matemática. O nosso objetivo é compreender se existiam correlações entre as diferentes estratégias (cognitiva e metacognitiva, comportamental e motivacional) e verificar o efeito das variáveis género, ano escolar e desempenho escolar dos alunos na autorregulação para a aprendizagem da matemática. A amostra utilizada para o estudo tem como fator a frequência dos alunos no 6º e 9º ano de escolaridade e deste modo participaram voluntariamente 318 alunos. Foram aplicadas três escalas, uma que avaliava as estratégias cognitivas e metacognitivas da autorregulação, outra que avaliava as estratégias comportamentais e por fim, uma que avaliava a autorregulação motivacional dos alunos. Os dados recolhidos comprovaram a correlação esperada, sendo significativa, entre as três dimensões de autorregulação analisadas: cognitiva e metacognitiva, comportamental e motivacional. No que diz respeito às análises comparativas efetuadas, foram encontradas diferenças significativas entre as estratégias de autorregulação e o ano de escolaridade, constatando que os alunos de 6º ano estavam mais autorregulados nas três dimensões analisadas comparativamente aos alunos de 9º ano. Foram também encontradas diferenças significativas entre todas as dimensões da autorregulação e o desempenho académico, resultados concordantes com a literatura, concluindo-se assim que os alunos mais autorregulados tinham um desempenho académico superior. E por fim, quanto à variável género, as diferenças apenas se apresentam significativas na dimensão cognitiva e metacognitiva, concluindose que as raparigas apresentam estratégias de autorregulação cognitiva e metacognitivas mais ajustadas relativamente aos rapazes. Na discussão serão debatidas as implicações práticas destes resultados e no último capítulo serão tecidas algumas considerações finais.