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- A prática do psicólogo em contexto escolar: A construção de uma escola inclusivaPublication . Botelho, Margarida Duarte; Gaitas, SérgioA inclusão é prioridade política a nível internacional na sequência do investimento na construção de uma escola para todos, e por isso, responsabilidade de todos os implicados na vida escolar das crianças. O acolhimento de todos e cada um dos alunos nas escolas regulares trouxe novas exigências à prática de todos os profissionais que trabalham em contexto escolar, sobretudo os psicólogos. As exigências da educação inclusiva convergiram em desafios à prática da psicologia nas escolas, porque converteram numa nova prioridade para estes profissionais e implicaram mudanças estruturais no seu trabalho. Este estudo teve como principal objetivo caracterizar as práticas dos psicólogos a trabalhar em contexto escolar. Neste sentido, procurou-se investigar com que frequência os psicólogos mobilizam as práticas consideradas e que eficácia lhes atribuem. Foram consideradas algumas variáveis de análise como o tempo de serviço, a especialidade de formação base e a especialidade reconhecida pela Ordem dos Psicólogos Portugueses e pretendeu-se ainda identificar perfis profissionais em função da frequência de mobilização de práticas de intervenção. O estudo conta com a participação de 464 psicólogos a trabalhar em contexto escolar que responderam ao questionário Práticas dos Psicólogos em Contexto Escolar (PPCE), construído especificamente para este estudo. Os resultados sugerem que, de um modo geral, os psicólogos mobilizam com maior frequência e consideram mais eficazes práticas orientadas para um trabalho com as famílias. Contudo, e tendo em conta as variáveis de análise mencionadas, os resultados apontam para uma maior mobilização e eficácia atribuída de práticas orientadas para o trabalho com as famílias, mas também para o trabalho com os alunos em atendimento individual. O estudo identifica ainda 3 perfis profissionais em função da frequência, sendo que o primeiro mobiliza mais frequentemente práticas orientadas para o trabalho com os alunos em atendimento individual, o segundo mais frequentemente práticas orientadas para o trabalho com as famílias e um terceiro que se divide entre os dois anteriores, o que manifesta um baixo investimento no trabalho com os docentes e equipas educativas das escolas e se traduz num trabalho ineficaz na resposta à educação inclusiva.