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- Os discursos de género em educaçãoPublication . Nunes, Cristina Maria Fernandes; Morgado, JoséEsta investigação teve como principal desiderato verificar se existem diferenças de discurso por parte de educadores e por parte da família em relação aos meninos e meninas, ou seja, que conceções de género são manifestadas no seio da família e na escola e que implicações tem na socialização das crianças, que frequentam o pré-escolar ou o 1º ciclo do ensino básico em Lisboa e Santarém. A construção de género é iniciada antes do nascimento de cada criança no seio da respetiva família, trata-se de uma construção social que se rege por regras criadas também pela sociedade que acolhe a criança e que estabelece diferenças entre o que é próprio para homens e para mulheres. Por seu turno, as crianças iniciam na mais tenra idade a sua própria identidade de género, que lhe permite ser aceite pelos seus pares e pela sociedade que a rodeia. Quer isto dizer que cada sociedade impõe determinados estereótipos de género e que as crianças são influenciadas e produtos destes mesmos estereótipos. Com objetivo de investigar que discursos são frequentemente utilizados por educadores e pelas famílias no que respeita ao género foi desenhada uma entrevista para os educadores e professores do pré-escolar e do 1º ciclo e ainda um inquérito para ao pais e mães com crianças destas idades. Foram entrevistados 8 educadores de infância e 22 docentes do 1º ciclo e ainda validados 641 inquéritos. Os resultados apontam que as perceções dos professores e das famílias são diferentes nos companheiros de brincadeira das crianças, mas similares no que respeita ao tipo de brincadeiras. Por seu turno encontramos representações de feminilidade e masculinidade no tipo de vestuário, calçado, acessórios, brinquedos e no material escolar escolhido ou adquirido para as crianças. Não foram percecionadas diferenças no processo de aprendizagem das meninas e dos meninos, mas foram percecionadas diferenças no comportamento em sala de aula, sendo ainda necessário continuar a investigar as diferenças nos percursos que podemos ou não relacionar com o abandono a nível escolar, uma vez que existem desigualdades de género a este nível.
- O processo de luto na separação amorosaPublication . Macedo, David Manuel dos Santos; Pereira, Maria GouveiaAs relações com o outro moldam o ser humano em todos os aspetos, bem como o término das mesmas. Explorar mais aprofundadamente a vivência da separação amorosa pode, não só, possibilitar o desenvolver de uma melhor compreensão do processo de luto na relação amorosa, como também abrir caminho para novas técnicas de apoio à pessoa que o experiencia, viabilizando um acompanhamento mais eficaz de casos deste tipo em psicoterapia. Deste modo, o objetivo principal deste estudo é compreender ao nível individual, a partir da perspetiva teórica psicanalítica, o processo de luto após uma separação amorosa significativa. Nomeadamente, verificar como foi sentido o processo da perda, as estratégias utilizadas para lidar com o luto, e identificar as principais emoções e sentimentos existentes pós separação. Para o efeito foram realizadas entrevistas semiestruturadas a cinco sujeitos, entre os vinte e quatro e os trinta e quatro anos. Os resultados mostraram que todos os participantes sentiram algum tipo de pesar, tristeza ou dor, três dos cincos participantes sentiram alguma espécie de confusão, e dois dos participantes tiveram sentimentos de raiva. De destacar ainda que alguns dos participantes relatam ter cedido de mais na relação, um ceder tal, em prol da relação, que sentiram que deixaram de ser fiéis a si próprios, desviando-se consideravelmente da sua maneira de ser, ao ponto de quase não se reconhecerem, o que os levou, gradualmente, a um ponto de sofrimento e desgaste incomparável. No entanto, todos os participantes partilharam que sentiram sentimentos positivos como alívio, liberdade, maior realização, maior autoinvestimento e autoconhecimento, autossuficiência e um voltar a si próprios.