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- Como pensam as equipas de teatro : um estudo longitudinal sobre o desenvolvimento do modelo mental de tarefa de uma equipa de teatroPublication . Henriques, João Pedro Antunes Capela; Quinteiro, Pedro MarquesO presente estudo teve como objetivo compreender como é que o modelo mental de tarefa evolui ao longo do tempo, e quais os fatores que levam a um aumento ou decréscimo do nível de semelhança e precisão do modelo. Este estudo foi realizado no contexto teatral, visto tratar-se de um setor que trabalha somente em projetos, sendo esta forma de trabalhar mais predominante nas empresas que enfrentam o mundo VUCA (Bennet & Lemoine, 2014). Sendo que o foco do estudo é compreender a realidade e não fazer confirmações de hipóteses, foi realizado um estudo de caso com um elenco de teatro composto por 10 atores da peça “Hamlet” da companhia “Filho do Meio”. De forma a avaliar a trajetória de crescimento do modelo mental de tarefa foi utilizado o instrumento da Escala Multidimensional através da metodologia de comparação de pares de conceitos (Langan-Fox, Code, & Langfield-Smith, 2000). Outras variáveis foram analisadas para compreender os fatores que implicam e são implicados pelo modelo mental, entre elas: a coesão avaliada através da adaptação da escala de Carless e Paola (2000); a familiaridade avaliada através da adaptação da escala de Maynard, Mathieu, Gilson, Sanchez e Dean (2019); a eficácia do coletivo avaliada com a escala de Vicente, Rodrigues e D’Oliveira (2014); a qualidade do espetáculo avaliada através da adaptação de um item da escala de Angelova e Zeiriki (2011) e da adaptação do item de Reichheld (2003); a produtividade da equipa através do número de bilhetes vendidos; a eficiência da equipa através da comparação entre o número de bilhetes vendidos e o número de bilhetes por se vender. De forma a complementar a análise, realizou-se três entrevistas (2 atores e o encenador) e utilizou-se o jornal de campo. Relativamente aos resultados do estudo, verificou-se que o aumento da similaridade e precisão do modelo mental de tarefa devia-se ao nível de interação, comunicação e ao foco mental do grupo. Ou seja, em momentos onde todo o grupo estava reunido, comunicando e partilhando as suas perspetivas sobre a atarefa e onde o foco do trabalho estava no objetivo comum, o modelo mental de tarefa apresentou níveis de similaridade de precisão elevados. Pelo contrário, quando o foco dos elementos estava no desenvolvimento do seu próprio trabalho, na especialização da sua tarefa, levava a uma separação do restante grupo e a uma diminuição da comunicação, nestes momentos a divergência cognitiva assentou-se.