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- Estudo transcultural de validação do Workplace PERMA-Profiler : um instrumento de bem-estarPublication . Pereira, Keline Mara Medina; Gouveia, Maria João Pinheiro MoraisO presente estudo tem como objetivo validar a versão portuguesa do instrumento de bem-estar no trabalho, Workplace PERMA Profiler, numa amostra de 618 trabalhadores portugueses e angolanos. Participaram, voluntária e anonimamente, 294 portugueses (70.1% mulheres, 29.9% homens), entre os 19 e 65 anos de idade (M=38, DP=11) e 324 angolanos (67.3% mulheres e 32.7% homens), entre 21 e 67 anos (M=37; DP=7). O Workplace PERMA Profiler (WPP) é uma versão adaptada ao contexto de trabalho da escala de bem-estar PERMA Profiler. O objetivo da escala WPP é avaliar o bem-estar no trabalho de maneira multidimensional, que medem as cinco dimensões do florescimento psicológico com base na teoria de Martin Seligman (2011), emoções positivas, envolvimento, relações, significado, realização, que acresce mais duas dimensões de emoções negativas, saúde, um item para solidão e um item para a felicidade. A validade do instrumento foi feita através da sensibilidade dos itens, fiabilidade, validade fatorial confirmatória, validade convergente e discriminante. As subescalas apresentaram boa fiabilidade (α > 0.7), exceto a subescala de realização (amostra portuguesa) e a de envolvimento (amostra angolana). A variância extraída média (<0.5) e a fiabilidade compósita (<0.7) revelaram problemas nestas subescalas respetivamente. A Análise Fatorial Confirmatória demonstrou um ajustamento sofrível do modelo de 7 fatores com a amostra portuguesa (X2df: 2.067; CFI: 0.954; PCFI: 0.754; GFI: 0.900; PGFI: 0.647; RMSEA: 0.060, p= 0.031) e um ajustamento aceitável do modelo de 5 fatores com a amostra angolana (X2df: 2.902; CFI: 0.949; PCFI: 0.714; GFI: 0.917; PGFI: 0.603; RMSEA: 0.77, p= 0.000). A validade discriminante apresentou problemas pois as subescalas não se discriminam entre si, nas duas amostras.Futuras investigações devem explorar com trabalhadores os significados de realização e envolvimento nessas culturas.
- Estilos e estratégias parentais numa população de jovens com obesidade : estudo diádicoPublication . Filipa Sofia Miranda Pancada Fonseca , Maurício; Pimenta, FilipaA obesidade infantil e o excesso de peso afetam mais de um quarto das crianças e adolescentes portugueses e é influenciada por inúmeros fatores. Vários estudos têm tentado perceber o impacto dos estilos e estratégias parentais na obesidade dos filhos, mas em menor número são comparadas as discrepâncias entre pais e filhos relativamente aos mesmos. Este estudo explora os estilos e estratégias parentais praticados pelos pais e percebidos pelos filhos, num grupo de adolescentes com excesso de peso e obesidade (N=40, 57,5% sexo feminino; 80% com obesidade; idade média =14 anos). No total, 40 díades preencheram o protocolo de investigação que incluiu as versões portuguesas do Parenting Styles & Dimensions Questionnaire: Short Version na versão auto e heterorrelato e as versões exploratórias do The Parenting Strategies for Eating and Activity Scale – PEAS na versão para pais e para adolescentes. Verificou-se que não existiam relações significativas entre IMC do jovem e os estilos e as práticas parentais reportados por pais e jovens. Observou-se uma discrepância nos estilos e estratégias parentais, descrevendo-se os pais como mais autoritários (t(38)=3.392; p=.002), democráticos (Z=-2.587; p=.010), impondo mais limites (Z=-2.997; p= .003), mais disciplina (Z=-4.056; p< .001)) e usando mais estratégias de reforço (Z=-3.995; p<.001), do que os jovens os percepcionaram. Este estudo salienta a necessidade de existirem estudos longitudinais que permitam perceber quando e de que forma as discrepâncias entre pais e jovens vão surgindo e reforça a necessidade de se comparar a perceção dos adolescentes e pais para optimizar intervenções em saúde.
- Variabilidade da frequência cardíaca em repouso e orgasmo feminino : resultados preliminaresPublication . Soares, Leonor Roque Farinha Lopes; Costa, Rui Miguel dos Santos AmaroA variabilidade da frequência cardíaca (VFC) é caracterizada pelas variações dos intervalos entre batimentos cardíacos que resultam da influência exercida pela actividade do sistema nervoso simpático (SNS) e do sistema nervoso parassimpático (SNP). Maior VFC em repouso tem sido correlacionada com melhor desempenho sexual. O presente estudo teve como objectivo analisar a relação da VFC com o tipo de orgasmo feminino – vaginal (coital sem estimulação directa do clítoris) ou coital com estimulação directa do clítoris – e a associação dos mesmos com a satisfação sexual feminina. A amostra foi constituída por 69 mulheres. A VFC em repouso foi medida com electrocardiograma (ECG), enquanto que os dados referentes à consistência de orgasmo foram obtidos pelo cálculo da proporção de orgasmos de cada tipo nas relações coitais. Adicionalmente, utilizaram-se o Female Sexual Function Index (FSFI) e o Female Sexual Distress Scale (FSDS) – Revised. Observou-se que menor VFC se associou a maior consistência de orgasmo vaginal e que maior satisfação se associou a maior consistência de orgasmo coital com estimulação directa do clítoris. Estes resultados são contraditórios com a literatura existente, mas espelham os resultados contraditórios que existem relativamente à relação entre o funcionamento sexual e a ansiedade (um correlato de baixa VFC). Os resultados são discutidos em termos de diferenças individuais na interpretação (appraisal) da activação fisiológica e da ansiedade com interpretações positivas levando a melhor função sexual e interpretações negativas levando a dificuldades sexuais. É importante um maior esclarecimento sobre a complexidade da resposta sexual feminina e suas relações com a VFC.