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- Principais eventos da psicoterapia existencial: perspectiva dos clientesPublication . Krause, Carolina Teixeira; Sousa, Daniel Cunha Monteiro deObjetivo: Sabe-se pouco sobre os fatores que realmente agem para que ocorra a mudança terapêutica. O objetivo deste trabalho foi identificar quais os aspectos da psicoterapia existencial foram considerados pelos clientes, os mais significativos para o resultado do processo terapêutico. Há poucos estudos na literatura com o mesmo objetivo deste trabalho, sendo assim, espera-se que este trabalho acrescente dados à literatura existente e contribua para a compreensão do processo terapêutico da psicoterapia existencial. Método: Foram convidadas a participar deste estudo três pessoas que já haviam recebido alta ou estavam na etapa final da psicoterapia. Para recolha de dados, o instrumento utilizado foi o Client Change Interview (CCI; Elliott et al., 2001), adaptado para a língua portuguesa por Sales et al. (2007), como Entrevista de Mudança Psicoterapêutica do Cliente. Trata-se de uma entrevista qualitativa que registra as mudanças ocorridas, desde o início da terapia, e os aspectos que colaboraram com os resultados. A análise de dados foi feita de acordo com a metodologia fenomenológica de Giorgi (2009). Resultados: Foram identificados elementos invariantes nas entrevistas das três participantes que, segundo elas, colaboraram com o resultado do processo terapêutico. Estes elementos foram: sentimentos positivos quanto a psicoterapia e a terapeuta, bem como aspectos relacionados à postura da terapeuta de disponibilidade e aceitação incondicional e a capacidade empática. Todas mencionaram sentimentos de confiança na relação terapêutica e também que a intervenção terapêutica possibilitou novas perspectivas e estratégias na resolução dos seus problemas, trouxe melhoria na sua percepção interna e na elaboração de seus sentimentos.
- O papel das memórias autobiográficas na triangulação entre passado, presente e futuroPublication . Roque, Inês Marta Silva Soares; Pires, António Augusto PazoO objectivo desta investigação prende-se com a exploração da triangulação entre passado, presente e futuro, tendo por base as relações que a memória autobiográfica estabelece com diferentes variáveis, como a aceitação e reminiscência sobre o passado, a centralidade de evento, a identidade e a valência emocional. Foi aplicado um protocolo constituído pelo Questionário Sociodemográfico, Tarefa “Eu sou” e “Eu Serei”, Aceitação/Reminiscência sobre o Passado (ACPAST/REM), Escala de Centralidade de Evento (CES), Inventário de Ansiedade Estado e Traço (STAI – Y), Inventário de Depressão de Beck (BDI) e Escala de Desejabilidade Social de 20 Itens (EDS – 20), a uma amostra de 60 indivíduos (46 do género feminino – 76,7% e 14 do género masculino – 23,3%), com uma média de idades igual a 32,9 anos (DP = 13,2 anos). Os resultados demonstram que a reminiscência não estabelece relações significativas nem com a ansiedade-traço, nem com as valências emocionais do presente e do futuro. A aceitação do passado apresenta uma relação inversa com a sintomatologia depressiva e uma relação directa com a valência emocional do presente, mas não estabelece nenhuma relação significativa com a valência emocional do futuro. O impacto da centralidade de um evento stressante e/ou traumático nas expectativas futuras não apresenta uma relação significativa com a valência emocional do futuro; no entanto, quanto maior o impacto da centralidade desse tipo de evento na história de vida, menor a aceitação do passado. Concluímos que a influência do passado sobre o presente é mais directa do que a influência do passado sobre o futuro.